Matthew Norman diz exatamente isso, o mundo está como a Inglaterra depois que Chamberlain declarou guerra a Alemanha em setembro de 1939. Tudo mundo sabe que vai acontecer um desastre mais na frente, mas todos continuam seu dia-a-dia como se nada fosse acontecer. Eu comprei o jornal histórico deste período quando morei na Inglaterra. Via-se a calma dos ingleses, mas também a apreensão e preocupação daqueles mais bem informados, como Churchill, que no jornal tenho tinha sido chamado para o governo (depois assumiria o comando).
James Delingpole recomenda o artigo de Norman e apresenta 10 "idéias estúpidas" que levaram à crise mundial. O foco dele são questões econômicas. Eu acho que é uma crise muito mais moral do que econômica, mas aqui vão as 10 idéias idiotas que ele mostra:
- Guerras de intervenção sem sentido, como a invasão da Líbia, na qual quem ganhar será péssimo para o Ocidente;
- A idéia de mudança climática provocada pelo homem que é um erro científico e que provocou leis que prejudicam o desenvolvimento econômico;
- A idéia de que é preciso limitar o crescimento econômico para conter o uso de recursos naturais;
- A União Européia que prejudica a economia dos países membros com extensas limitações;
- Cientistas que são ativistas políticos, que usam a ciência para enriquecer, deturpando a atividade de um pesquisador;
- A idéia de administrador político que gerencia as crises, mas não lidera na busca de soluções reais;
- A noção de que um debate científico pode diagnosticado e resolvido para sempre, sem que haja questionamentos;
- Energia eólica, que consome muito dinheiro público, sem gerar energia e ainda enfeia a paisagem;
- A ideía de recursos escassos que precisam ser controlados para a próxima geração sem que se observe a capacidade tecnológica humana;
- O Estado do bem-estar social. As pessoas passaram a depender e a se escorar no estado, que não consegue suprir as demandas.
A Europa, berço da civilização cristã, não defende mais sua fé. Como disse Hilaire Belloc: "A Europa é a Fé, e a Fé é a Europa". Sem isso, não existe Europa.
Vivemos o que o Papa Bento XVI chama de Ditadura do Relativismo. Tudo é relativo, a começar pela vida, não há certeza, não há princípios a serem defendidos. Vejamos o que disse o Papa (traduzo em azul):
How many winds of doctrine we have known in recent decades, how many ideological currents, how many ways of thinking… The small boat of thought of many Christians has often been tossed about by these waves – thrown from one extreme to the other: from Marxism to liberalism, even to libertinism; from collectivism to radical individualism; from atheism to a vague religious mysticism; from agnosticism to syncretism, and so forth. Every day new sects are created and what Saint Paul says about human trickery comes true, with cunning which tries to draw those into error (cf Eph 4, 14). Having a clear faith, based on the Creed of the Church, is often labeled today as a fundamentalism. Whereas, relativism, which is letting oneself be tossed and “swept along by every wind of teaching”, looks like the only attitude (acceptable) to today’s standards. We are moving towards a dictatorship of relativism which does not recognize anything as for certain and which has as its highest goal one’s own ego and one’s own desires. (Quantos ventos de doutrina nós temos conhecido nas últimas décadas, quantas correntes ideológicas, quantas maneiras de pensar...O pequeno barco de pensamento de muitos Cristãos tem sido sacudido por essas ondas - jogado de um extremo a outro: do Marxismo para o liberalismo, mesmo para o libertinismo; do coletivismo para o individualismo radical; do ateísmo para um misticismo vago; do agnosticismo para o sincretismo, e assim por diante. Todo dia novas seitas são criadas e o que São Paulo disse sobre as artimanhas humanas se torna realidade, com astúcia elas nos conduzem ao erro (Éfesios 4, 14). Tendo a fé clara, baseada no Credo da Igreja é por vezes hoje rotulado de fundamentalismo. Enquanto, relativismo, que é deixar você mesmo ser conduzido pelas correntes e "jogado por todos os ventos de ensinamento" aparece como a única atitude (aceitável) dos padrões de hoje. Nós estamos nos movendo para a ditadura do relativismo o qual não reconhece nada como certo e qual seu maior objetivo é elevar o próprio ego e alcançar os próprios desejos)
5 comentários:
Olá, Pedro Erik!
Muito acertadas suas palavras, Pedro. O perigoso império do relativismo golpeia o coração do fundamento mais importante da ética, a vida. Entre o fim da semana passada e o começo desta, ONGs imorais de fora e de dentro do INCRA, mais a conivência deste, conseguiram esvaziar um projeto que tramitava na Câmara Federal que permitiria que fossem responsabilizados criminalmente os funcionários públicos (agentes do estado) que não impedissem o assassinato de crianças entre determinadas tribos, cuja prática vitima bebês "malditos" (deficientes, gêmeo, filhos de mãe solteira etc.). Os multiculturalistas, como gostam de ser chamados os desprovidos de consciência, alegam que isso interfere negativamente na dinâmica social do grupo por confrontar sua crença. Todo idiota tem direito a ter uma opinião, mas, quando falamos de práticas como enterrar os bebês vivos e o abandono na floresta, não falamos mais de meros pontos de vista, mas da vida, ela mesma, que deveria ser uma unanimidade! Se esse princípio é relativizado, quebra-se o liame da consciência de espécie e tudo o que restará será a escuridão no fim do túnel. Um abraço
Exatamente, Vânia. Você tem toda razão.
Para mim, essas ONGs são simplesmente agentes do inferno, são demoníacas.
Meu Deus do céu, quanta estupidez.
Olá, Pedro Erik!
Permita-me a tréplica, por favor, pois estou muito contente em voltar a comentar no seu blog, tão agradavelmente peculiar. As ONGs já são, na minha opinião, um quarto poder e, devido à promiscuidade com que elas e Governo-PT se relacionam, deveriam tirar o N (de NÃO) da sigla. Esse relativismo ou multiculturalismo abjeto leva seus adeptos a defender as crenças indígenas, exigindo que sejam respeitadas, ao mesmo tempo em que, se pudessem, crucificariam Jesus novamente! As poucas e boas exceções de ONGs decentes só confirmam a regra. Mais uma vez, refugio-me nas palavras de minha mãe: mais ataquem nossa fé, com mais fé responderemos. Um abraço
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Certa vez, eu disse que as ONGs deveriam tiram o N do nome para um professor na Inglaterra. Todos ficaram assustados comigo na sala.
Poucas, pouquíssimas, têm o direito de usar o N. As que não têm apoio do governo, desejam ter.
Então, para estas últimas, deveriam escrever OPESAG(Organizações Por Enquanto Sem Apoio do Governo). Ou em inglês SESGO (Still Without Governamental Support Organizations)
Abraço,
Pedro Erik
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