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No vídeo que segue, Newt Gingrich (foto acima) responde sobe o que ele afirmou na semana passada, quando disse que o povo palestino é um "povo inventado". A resposta foi dada no sábado, durante o debate presidencial entre os candidatos republicanos nos Estados Unidos.
Primeiro, o jornalista resolve perguntar o que Ron Paul acha disso. Paul é um deputado famoso por achar que os Estados Unidos devem ficar de fora dos conflitos no mundo. Ron Paul responde que tecnicamente e historicamente Gingrich tem razão, palestinos são um povo inventado, pois não havia estado palestino antes, mas ele lembra também que não havia estado de Israel. Assim ele diz que não concorda com a caracterização de Gingrich, e acha que eles, os palestinos e os israelenses, é que devem resolver seus problemas e que os Estados Unidos não devem intervir. Em suma, Paul torceu o assunto para falar o que sempre diz: defender a não-intervenção
Então, o jornalista pede que Gingrich explique, dizendo que o chefe de negociação da Palestina disse que as palavras de Gingrich irão estimular a crfiação de novos Bin Ladens e extremistas por um longo tempo.
Gingrich começa sua resposta com perguntas (tradução minha livre):
"Como saberemos a diferença? O que eu disse sobre palestinos ser um povo inventado é factualmente correto? Sim é. É historicamente correto? Sim. Nós estamos em uma situação de que todos dias foquetes são lançados contra Israel, enquanto a administração Obama tenta forçar Israel a entrar em negociação de paz com palestinos. O Hamas não admite a existência de Israel e costuma dizer publicamente que nenhum israelense ficará na região. A Autoridade Palestina disse no mês passado que não há nenhuma diferença entre Fatah e Hamas, os dois partidos concordam que Israel não tem o direito de existir.
Alguém deve ter a coragem de dizer a verdade: estas pessoas são terroristas, eles ensinam terrorismo nas suas escolas. Eles têm livros-texto que dizem: "se há 13 judeus e 9 foram mortos, quantos sobraram?" E nós pagamos por estes livros por meio de nossa ajuda humanitária. Nós temos que nos levantar e dizer que já basta de mentiras no Oriente Médio"
O que eu acho disso?
Bom, é verdade que não existia este negócio de povo palestino antes de existir Israel, na região tinha árabes, jordanianos, egípcios (povos muçulmanos) e também judeus e mesmo cristãos. A etmologia da palavra Palestina é antiga para refletir uma região, mas não há um povo antigo chamado palestino, com cultura definida na antiguidade. Além disso, Jerusalém nunca foi capital de nenhum império muçulmano.
Então o que se tem são árabes da palestina, não palestinos.
No entanto, acho que Gingrich erra ao negar uma cultura diferente ao povo árabe que convive de perto com os judeus de Israel. Eles certamente, se não têm ainda, estão na direção de formar uma nova cultura, diferente do povo da Jordânia, ou da Arábia Saudita. Apesar da religião muçulmana assegurar a todos o ódio a judeus (basta ler o Corão).
Concordo que Fatah e Hamas alimentam o terrorismo e ameaçam Israel diariamente e que as escolas da Palestina muitas vezes ensinam o terror às crianças. Mas Gingrich deveria pensar também naqueles palestinos que vivem sob o jugo do Hamas e do Fatah e que não são terroristas nem apóiam o terror. Muitos convivem muito bem com os israelenses. Israel sabe muito bem disso.
Não se pode chamar o povo árabe da região de terrorista de forma indiscriminada, é como chamar os moradores das favelas brasileiras de traficantes de droga. O tráfico de droga tem apoio de muitos nas favelas, mas a maioria que mora nas favelas não consome nem concorda com o tráfico de drogas.
Para mim, as palavras de Gingrich dão uma dimensão interessante ao debate e não as desprezo, saem do politicamente correto que é sempre usado para discutir o conflito Israel-Palestina. Mas o candidato deveria lembrar o povo pacífico que convive diariamente com terroristas.
(Agradeço o vídeo do debate ao blog Weasel Zippers)
Um comentário:
A melhor proposta seria: Qualquer "palestino" que não aceita o israelense o judeu, que vá pra qualquer outro pais muçulmano, e qualquer "palestino" que não seja antissemita fique em israel com a possibilidade de nacionalização. E permaneça um único Estado.
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