Colin: A produção industrial na china caiu para o menor nível em três anos, a Rússia está preocupada com os investimentos, a Austrália tem feito corte de gastos, tudo por causa da crise na Europa. Seja bem-vindo George Friedman. Parece que tudo mudou.
George: Bem, todos estão focados na crise financeira na Europa, mas eu estou preocupado com os problemas mais profundos, como a idéia de livre comércio. Do meu ponto de vista, um dos problemas que causou esta crise financeira foi o fato de que a União Europeia foi construída em torno do segundo maior exportador mundial, a Alemanha. Ao invés de ter saldo positivo do comércio, os países periféricos na Europa tinham saldo negativo do comércio porque a Alemanha estava enviando metade de suas exportações para esses países. Alemanha depende desses países. A menos que esses países se tornem competitivos, eles ficarão oprimidos pelo fluxo comercial. Então todo mundo tem falado sobre como absurdo o gasto social do sul da Europa foi, a outra maneira de olhar para ele é ver o tamanho da economia deles. Poderá a Europa continuar, em outras palavras, com o livre comércio puro? É possível resolver a crise financeira subjacente, o desequilíbrio entre despesas e do tamanho da economia, sem algum grau de proteção. Temos que lembrar que os alemães se desenvolveram em um ambiente protegido. Assim fizeram os japoneses. Os chineses, hoje, fazem da mesma forma. Nós não vivemos em um mundo de livre comércio, ou pelo menos não temos vivido em um, você sabe, por muito tempo.
Colin: É verdade, há sindicatos defendendo protecionismo. Mas se isso acontecer, haverá o que os economistas chamam de “beggar thy neighbor” (empobreça seu vizinho).
Por outro lado, Ambrose Evans-Pritchard defende a Alemanha, e diz que os alemães são as maiores vítimas do projeto de União Européia.
Achei realmente bem interessante as respostas de Friedman. Mas acho que há um problema bem mais profundo ainda do que livre comércio: democracia.
Na verdade, a maior vítima da idéia de União Européia é a democracia. Os cidadãos de cada país devem poder decidir sobre seus problemas e sobre suas indústrias. Historicamente, a Europa se desenvolveu mais quando competiu entre si.
Achei realmente bem interessante as respostas de Friedman. Mas acho que há um problema bem mais profundo ainda do que livre comércio: democracia.
Na verdade, a maior vítima da idéia de União Européia é a democracia. Os cidadãos de cada país devem poder decidir sobre seus problemas e sobre suas indústrias. Historicamente, a Europa se desenvolveu mais quando competiu entre si.
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