segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

As Religiões são as Principais Causas das Guerras? Não. Responde o Vaticano e a Literatura.


Será que na história das guerras as religiões são os principais fatores de discórdia entre os homens? A resposta é um grande NÃO. A grande maioria das guerras religiosas têm como fonte o Islã, mas estas representam apenas 4% das causas das guerras. Se considerarmos todas as religiões alcança-se 7%.

93% das guerras têm outras fontes.

É o que mostra Robin Schumacher usando o livro Encyclopedia of Wars de Charles Phillips e Alan Axelrod (preciso comprar este livro, mas é bastante caro).



Quais seria então a principal causas das guerras? Schumacher responde usando Mt 7:21-23 e Tiago 4:1-2. A principal causa das guerras é o pecado.

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Na semana passada, o Vaticano divulgou um estudo da Comissão Teológica Internacional, que começou a ser feito em 2008, a pedido do Papa Bento XVI.

O estudo do Vaticano busca responder se o monoteísmo, presente no judaísmo, cristianismo, islamismo, é a pirncipal fonte das guerras, como dizem os ateus.

Por enquanto, o estudo está apenas em italiano. Em português, existe um introdução ao estudo. Assim, como existe em inglês. O vaticanista Sandro Magister discutiu esta introdução do texto do Vaticano.

Eu peguei o texto em italiano e usei o google translate para ter um noção do que diz o estudo.

Depois de lê-lo, eu acho que é o texto muito bem escrito e profundo teoricamente, consegue provar que as religiões não são a principal fonte de guerras (como o livro de Phillips e Axelrod mostra) e que o monoteísmo cristão não é fonte de guerras.

Mas o texto deixa muitas lacunas. Tudo bem que o objetivo era apenas derrubar a tese que o monoteísmo é fonte de guerra e o paganismo é fonte de paz. Mas o texto se fragiliza ao se concentrar apenas no monoteísmo cristão, esquecendo de observar o que acontece com o Islã, fonte da maioria das guerras religiosas e do terrorismo. 

Além disso, eu esperava que fosse citado o que acontece hoje em dia no mundo. Hoje, existe um guerra global contra os cristãos no mundo, atestado por inúmeras organizações (como Open Doors, Pew Reseach,  e Release International).

Apenas no último parágrafo há uma menção aos cristãos perseguidos no mundo. E eu fiquei um pouco decepcionado com a menção, pois em suma pede que os cristãos sustentem a perseguição contra eles. Não fala nem que eles precisam se proteger. Aqui vai uma tradução desta parte, escrita no último parágrafo do texto (parágrafo 100):

O tempo de perseguição deve ser sustentado, enquanto se aguarda a conversão de todos com esperança. Pela paciência, pela fortaleza, pela tenacidade dos "santos" em aguentar as tribuçações da espera, estamos em dívida com muitos irmãos e irmãs perseguidos por sua filiação cristã. Nós honramos o seu testemunho como a resposta decisiva à pergunta sobre o sentido da missão cristã em nome de todos. A era das novas evidências sobre a relação entre religião e violência entre os homens está aberta pela coragem deles. 

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Rezemos pelos cristãos e pela Igreja. Que saiba aprofundar seu conhecimento sobre a perseguição dos cristãos no mundo e consiga dar a melhor resposta, inspirada pelo Espírito Santo.



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