Em uma pesquisa do Yougov da semana passada, observou-se que a maioria dos britânicos preferem que o Reino Unido abandone a União Européia - UE (47%), contra 33% que desejam que o país permaneça. Se excluirmos aqueles que não votariam e aqueles que não sabem, 59% dos britânicos querem deixar o grupo europeu. O desejo de sair é maior entre as mulheres e entre os mais velhos.
Entre os eleitores conservadores, mantendo os que não votariam e os que não sabem, 63% abandonariam a UE, mas entre os eleitores trabalhistas e liberais, a maioria ainda quer permanecer (46% e 56% respectivamente).
O interessante e revelador do futuro é que hoje o governo do país é uma coalizão formada por conservadores e liberais, os dois extremos. O que é uma anomalia política e ideológica. Assim, a chance de um referendo para decidir a questão é bastante remota, ocorreria com elevadíssimo risco do governo cair.
Mas há muita pressão para um referendo e o atual primeiro-ministro, David Cameron, chegou a defender veemente isso no passado. No entanto, cada vez que ficou mais próximo de se tornar primeiro-ministro foi abandonando a idéia. Hoje, seu governo nem fala disso, muito pelo contrário, dá sinais que apóia a permanência UE.
Muitos que o apoiaram Cameron no passado o abandonaram porque ele deixou de apoiar publicamente o referendo para deixar a UE. Mas um caso interessante é o do parlamentar conservador da UE Daniel Hannan, que ataca a UE mesmo sendo parlamentar dela, sempre defendeu o referendo, mas continua dando apoio a Cameron. Pobre Hannan. Está fazendo o papel de bobo da corte, sofrendo sarcasmo tanto de conservadores como de esquerdistas.
PS: Esse é o meu post de número 100. Não sei até quando vou conseguir tempo para escrevê-lo, mas estou bastante feliz com o blog. Aprendo bastante quando escrevo e quando recebo comentários.
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