Acima, primeiro-ministro do Hamas, Ismail Hanieyh, pisa na bandeira de Israel, e ontem, o jornal Jerusalem Post disse que um outro líder do grupo, Mahmoud Zahar, declarou que as fronteiras de 1967, defendidas por Obama como ponto de partida para troca por terras entre palestinos e israelenses, não servem para os palestinos. Eles pensam nas fronteiras de 1948, estabelecidas pela ONU (mapa abaixo), na qual Jerusalem era um zona internacional, administrada pela ONU, e os árabes cercavam Jerusalém, deixando as bordas para judeus.
Zahar quando perguntado sobre a sugestão de Obama, respondeu:
"Why won't we talk about the 1948 borders? Why won't we discuss the partition plan which was internationally recognized?" (Por que não falar das fronteiras de 48? Por que nós não discutimos o plano de partição reconhecido internacionalmente)
Depois completou:
Depois da guerra de independência em 1948, Israel negociou um armistício com Egito, Síria, Líbano e Jordânia e os árabes ficaram apenas com a parte verde do mapa abaixo.
Na guerra de seis dias de 1967, Israel ocupou as colinas de Golã da Síria, mais as partes verdes e rosa do mapa acima. Depois, em 2005, Israel cedeu a Faixa de Gaza, região do canto esquerdo verde do mapa, onde o Hamas tem poder atualmente. O resultado da entrega da Faixa de Gaza não foi bom, ataques de foguetes são constantes contra as cidades israelenses. A outra parte verde, Cisjordânia, permanece sob controle militar de Israel, mas é dominada por população árabe, com diversos assentamentos israelenses. O outro grupo partido palestino, Fatah, está na Cisjordânia, e é um pouco mais moderado que o Hamas. Mas atualmente há uma aliança entre os dois.
Então, a base de Obama seria Israel sem as Colinas de Golã e a Cisjordânia. Hamas quer muito mais, Israel, muito menos. Mas pior é pensar, como Obama, que tudo não passa de problema de terra. É uma questão cultural e religiosa e não troca de terrras.
Ontem também, o Hamas declarou que nunca vai aceitar o estado de Israel. Obama pode esquecer isso também.
E o próprio líder do Senado, Harry Reid, do partido do Obama, declarou ser contra as precondições de Obama.
Em suma, Obama está sozinho e confuso.
Enquanto isso, ainda nos Estados Unidos, Netanyahu deu um show ontem no Congresso americano, arrancando aplausos efusivos dos parlamentares.
Uma manisfestante invadiu o plenário para gritar contra Netanyahu, mas só serviu de escada para o show do primeiro-ministro israelense. Vejam o vídeo abaixo que mostra o momento que a manifestante começou a gritar.
Vejam que ele parou de falar quando ouviu os gritos e é aplaudido de pé por isso. Depois diz: "em nossa sociedade livre, nós temos protestos, você não ver protestos em Teerã ou em Tripoli, aqui sim, é democracia real", e é aplaudido de pé de novo.
Para piorar a relação entre Estados Unidos e Israel, o vice-presidente americano, Joe Biden, foi visto muitas vezes ou não aplaudindo ou aplaudindo de forma fraca o discurso de Netanyahu. O site The Blaze descreve vários momentos, cliquem aqui e vejam.
No final da noite de ontem, Netanyahu foi a Fox News para uma entrevista e, pelo o que vi, tentou colocar panos quentes na crise, falando da importante relação entre os dois países e do apoio do Obama.
Israel precisa muito dos Estados Unidos, especialmente no Conselho de Segurança da ONU, além de apoio militar se entrar em guerra com seus vizinhos. O cara não é louco.
4 comentários:
a Bíblia é incrível.
a falsa paz está sendo anunciada.
o período de tempo ente a apostasia ocidental até a grande tribulação compreende uma única geração...
temo pelas minhas crianças!
psb
Rezemos o rosário, psb, como N.Sa. de Fátima ensina.
Abraço,
Pedro Etik
Olá, Pedro Erik!
O blog está sensacional esta semana! Gosto de tudo que você escreve sobre Israel, especialmente esses paralelos que você tem feito entre a estudada e cautelosa firmeza de Netanyahu e a parvoíce encantatória de Obama. Mas continuo torcendo pelo presidente americano, afinal, é o único que "temos". E, sim, Isarel precisa dos americanos, mas a civilização precisa de Israel tanto quanto. Um abraço
Muito obrigado, Vânia. Seu elogio me fortalece muito. O blog não é minha fonte de renda, apenas me divirto escrevendo, mas gosto de estudar para escrever.
Sobre Obama, a força da oposição americana e a capacidade de crítica do povo daquele país têm feito ele, que é um extremista de esquerda, se mover muitas vezes para o lado certo e tomar atitudes que ele disse que nunca iria tomar.
Sugeriria que você torcesse por esse povo, é ele que segura o Obama. Se deixar, Obama entrega Israel aos árabes. Ele está brincando com o Egito, por exemplo, os caras de lá estão abrindo as portas para extremistas islâmicos.
Abraço,
Pedro Erik
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