Bush também queria fechar a prisão, mas não foi louco o suficiente para estabelecer prazo e defendia o julgamento militar e não civil.
Grande parte da população mundial odiava Bush porque mantinha aquela prisão. Há muito tempo, quando eu não tinha nenhuma informação sobre o assunto, vi um especialista da área atacando Bush por causa da prisão, mas sem dar nenhum argumento técnico. Desconfiei.
Questões óbvias existiam e administração Obama não as respondia: Como um júri popular seria capaz de analisar fatos terroristas? A inteligência americana iria liberar segredos militares nos julgamentos? Se fosse condenado a um certo número de anos de detenção, depois ele ficaria solto dentro do território americano? Como ele se comportaria solto? Enviaria informações para grupos terroristas? E se a inteligência militar tivesse de esconder informação e o preso não fosse condenado, seria solto aonde? Como os terroristas usariam o julgamento? Poderiam nas suas defesas atacar os Estados Unidos, fazer campanha por uma jihad, etc? Quem pagaria os advogados? Se fosse preso, como seria a relação desse preso com os outros detentos?
O prazo de um ano se esgotou e Obama não fechou Guantanamo. E a grande parte dos países não queriam nem ver os presos, nem seus países de origem.
Em novembro de 2009, o advogado geral Eric Holder disse que Khalid Sheikh Mohammed, acusado de planejar os ataques de 11 de setembro, e mais quatro acusados seriam julgados em um corte em Nova Iorque. Os nova-iorquinos não gostaram da idéia, o prefeito da cidade também não e as famílias das vítimas de 11 de setembro muito menos. A administração Obama está desistindo dessa imbecilidade.
Obama tentou um primeiro julgamento civil. Em novembro do ano passado, o júri condenou o ex-detento de Guantanamo Ahmed Ghailani com acusação de conspiração contra os Estados Unidos no bombardeamento de embaixadas americanas na África em 1998, mas o isentou de mais 280 acusações. A administração Obama sentiu a pressão, pois a inteligência não poderia liberar todas as informações e o júri só poderia julgar com base nos fatos.
Em dezembro do ano passado, o Congresso passou legislação que proíbe a transferência de presos de Guantanamo para julgamento ou prisão nos Estados Unidos.
Ontem, Obama reabriu a possibilidade de julgamentos militares.
Em resumo, Obama poderia dizer: cheguei achando, como todo mundo, que o Bush era um idiota, descobri depois de metade do mandato que o idiota era eu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário