sexta-feira, 18 de março de 2011

Obama - Presidente Rastafári



Os Estados Unidos discutem, desde o início da semana, sobre o estilo de liderança do Obama. Em um momento de 1) muita crise no que o mercado financeiro chama de MENA (Middle Easr and North Africa) - Oriente Médio e Norte da África -, 2) desemprego em alta, 3) dívida pública explodindo, 4) orçamento ainda não aprovado no Congresso (porque os republicanso querem cortar gastos e os democratas não querem),  e 5) terremoto no Japão com crise nuclear, o Obama apareceu jogando golfe, discutindo na ESPN quais times iriam passar de chave no basquete colegial americano, e falando sobre bully (intimidação infantil) nas escolas. Os próprios membros do partido do Obama, os democratas, estão reclamando da falta de liderança dele na discussão dos gastos. Além de corte de gastos, há fortes discussões sobre retirar subsídios públicos para clínicas de aborto e de meios de comunicação. E o Obama nada.

Hoje, Obama vem ao Brasil, depois Chile e El Salvador. O Brasil é um país importante mundialmente? É, tem certa relevância, mas nada que justifique a viagem neste momento. Chile e El Salvador? Chile tem mais proximidade com os Estados Unidos do que o próprio Brasil, mas não é tão relevante. El Salvador não tem quase nenhuma significância internacional.

Que tal ir ao Japão? Ele poderia reforçar seu apoio ao país neste momento difícil, muitas vezes o que aparece nos noticiários é uma briga para mostrar qual governo sabe mais da situação das usinas nucleares, o japonês ou o americano.Ou ir à Arábia Saudita? Mostrar de que lado está na disputa entre os sauditas e iranianos.

A charge acima de Lisa Benson do site Townhall mostra o que muitos americanos pensam: Obama não sabe ser líder do país, muito menos do mundo.

No jornal Wall Street Journal, Dan Henninger discute a lidernça americana no mundo, e diz que a abordagem do Obama nas relações mundiais tem falhado completamente. Ontem, Glenn Beck disse como Obama deveria ter discursado em relação ao terremoto do Japão: dando apoio e ajuda ao povo japonês em um pronunciamento respeitoso, no horário nobre, e não às três da tarde do lado de fora do Salão Oval. Bill O'Reilly, que também tem um programa na Fox News, diariamente tem dito que o fator liderança irá prejudicar Obama na campanha eleitoral.

A aprovação de Obama que tinha saído do negativo recentemente, com a extensão dos cortes nos impostos (proposta dos republicanos e do governo Bush), está voltando ao patamar negativo, como mostra o gráfico do Real Clear Politics abaixo:


Na minha opinião, boa parte dos analistas políticos erram na análise de liderança do Obama. Assumem que ele deseja liderar o "mundo livre". Ele simplesmente não quer. Ele acha que é a ONU que deve fazer isso. Ele também não quer liderar o controle de gastos nos Estados Unidos, ele não acredita na economia de oferta (redução de impostos e controle de gastos públicos), ele crê na força do governo para avançar o que os esquerdistas chamam de "justiça social", por isso não se preocupa em reduzir gasto ou dívida.

Para  mim, Obama é o Presidente Rastafári. Ele prefere deixar o outros resolverem para ver como é que fica. Ai meu Deus, como os americanos caíram na roubada de eleger Obama?

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