segunda-feira, 11 de julho de 2011

Agora, Crise na Itália




Depois da Grécia, Irlanda e Portugal, a crise chega à Itália. É a turma que os analistas chamam de PIIGS (quase pigs, porcos em inglês), que incluiria outro país na fila da crise, Espanha (Spain, em inglês).

Na semana passada, a agência de crédito Moody's rebaixou o grau de confiança de Portugal e a crise se moveu essa semana para a Itália, a terceira maior economia do continente europeu.

O retorno que o mercado exige para renovar a dívida italina chegou a 5,6% para um título de dez anos, como mostra Daniel Hannan. A Itália tem de rolar 69 bilhões de euros em Agosto e Setembro.

Belusoconi, primeiro-ministro italiano, também não ajudou, pois resolveu detonar o Ministro da Fazenda, Giulio Tremonti. Ele disse que o ministro "não era uma pessoa que jogava com o time e que se achava um gênio e o resto, cretinos". Não duvido que Berlusconi esteja certo. O ministro, inclusive, se envolveu em um escândalo de corrupção,  mas é uma estupidez detonar ministros da fazenda publicamente.

O crescimento do produto industrial na Itália está caindo, e o PIB não cresce há uma década. Não há inflação. Esse quadro de recessão impede que o Banco Central Europeu aumente os juros para manter o mercado de títulos na Europa atrativo, dado o aumento de risco nos PIIGS.

Ambrose Evans-Pichard do jornal The Telegraph argumenta que a crise não é de liquidez, nem de diferenças culturais enter o norte e o sul do continente europeu, mas um problema inerente a união monetária européia. Ele diz que se a economia mundial não voltar a crescer e se o Banco Central Europeu não aumentar a base moentária, para reduzir o valor do euro, só um milagre salvará a Itália e a Espanha.

As economias italiana e espanhola são bem maiores que as da Grécia ou Portugal, ultrapassam a capacidade de ajuda financeira do Banco Central Europeu, os riscos são bem maiories que o euro seja abandonado em alguns países, em especial no PIIGS.

O impacto mundial seria muito elevado, e pegará o mundo já em crise, especialmente na principal economia do mundo, Estados Unidos. Na qual o presidente Obama não consegue estabelecer uma política econômica que controle o aumento da dívida americana, pelo contrário, ele só tem aumentado a dívida.

Obama, atualmente, discute como aumentar ainda mais a dívida e ainda quer aumentar os impostos

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