O jornal Financial Times publicou artigo no sábado passado dizendo que a chapa Alberto Fernandez- Cristina Kirchner, que derrotou Maurício Macri nas primárias passadas, foi construída pelo Papa Francisco.
O site Carta Maior reproduziu essa notícia em português e para quem não consegue acessar o site do Financial Times.
Será? Não duvido.
Um "bispo que falou com o Papa" negou o fato, é o que diz o site Crux.
Mas disse o Financial Times:
Alberto Fernández has tried to distance himself from the radical populism of his running mate, former president Cristina Fernández de Kirchner.
A defining moment in the four-decade career of the man who many expect to be Argentina’s next president came in early 2018, when he had a private meeting with Pope Francis. “Francis encouraged Alberto’s reconciliation with Cristina,” said a close adviser to Alberto Fernández, who had fallen out with Cristina Fernández de Kirchner, the firebrand former president, a decade earlier while cabinet chief.
Mr Fernández’s meeting with the Pope was a key step in unifying the crisis-stricken Peronist opposition after its humiliating defeat in midterms in late 2017, and may have helped pave the road for its return to power. The alliance of the moderate Mr Fernández with his popular but more radical namesake, who unexpectedly ran as his vice-president, easily defeated the market-friendly President Mauricio Macri in primary elections this month. Investors — convinced that the veteran political operator will cruise to power in elections in October — dumped Argentine asset prices on fears that the country was on the verge of a damaging return to economic populism.
Fitch Ratings on Friday downgraded Argentina on concerns it would not be able to repay its debt following the collapse in the peso. Those who know Mr Fernández insist that fears of a return to Argentina’s economic isolation are overplayed.
Aqui vai a repercussão do assunto pelo Carta Maior:
Papa Francisco foi o responsável por reconciliação entre Alberto Fernández e Cristina Kirchner
O diário britânico Financial Times, de conhecida linha editorial neoliberal, conta detalhes sobre o reencontro entre os dois amigos, mas também relata que os investidores estrangeiros se perguntam (com algum cinismo) qual dos dois governará o país caso a candidatura peronista triunfe em outubro
O resultado das eleições primárias na Argentina, no passado dia 11 de agosto, com a vitória de Alberto Fernández por 47% dos votos contra 32% do atual presidente Mauricio Macri, foi iniciada bem longe da América do Sul.
Para ser mais preciso, o processo começou em uma reunião no Vaticano, em meados de 2018, e foi descrito pelo diário Financial Times como “o momento decisivo das quatro décadas de carreira do homem que muitos acreditam que será o próximo presidente da Argentina”. Naquela ocasião, Fernández visitou a Santa Sé, e teve um encontro privado com o Papa Francisco.
A história conta que Alberto Fernández organizou uma visita junto com dois amigos, ambos ex-ministros de governos progressistas sul-americanos: o economista chileno Carlos Ominami (o primeiro ministro da Economia do país após a ditadura de Pinochet) e o diplomata Celso Amorim.
Porém, mesmo na imprensa argentina, passou desapercebido o fato de que aquela visita registrou uma reunião especial na qual teriam participado somente Francisco e Alberto Fernández. A partir de uma fonte próxima ao atual candidato peronista, o Financial Times assegura que “o Papa convenceu Alberto a fazer as pazes com Cristina Kirchner”.
É importante lembrar que Alberto Fernández foi ministro Chefe de Gabinete do primeiro ao último dia do mandato presidencial de Néstor Kirchner (2003-2007), e conhecido como um dos seus ministros mais leais, razão pela qual se manteve no cargo durante os primeiros meses do governo de Cristina Fernández de Kirchner (Fernández é o sobrenome de solteira da ex-presidenta, por isso a imprensa argentina chama a chapa peronista de Fernández-Fernández, e não, eles não são parentes).
Em julho de 2008, depois de uma crise com o setor ruralista por um aumento no imposto aos produtos agrícolas, em que Alberto não conseguiu encontrar um consenso, ele acabou se vendo forçado a renunciar, e desde sua relação com o casal passou a ser de troca de críticas pela imprensa.
Segundo o Financial Times, “Francisco foi quem impulsou Alberto Fernández a dar esse passo decisivo em favor da unificação da oposição peronista, ajudando a pavimentar seu caminho de regresso ao poder”.
Um comentário:
Oh, país estranho!
Breve teremos os argentinos, masoquistas, fugindo da Venezugentina, colocando mais comunonazifascistas no poder!
Não seria sem possibilidades totais de o papa Francisco interferir nisso, já que aprecia as esquerdas!
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