Qualquer morte em enfrentamento militar, seja causa justa ou não, é uma perda para a humanidade. Podemos, no entanto, ser mais calmos que as diplomacias do Irã e da Turquia e fazer uma pequena digressão sobre a morte de aproximadamente 9 pessoas que estavam em uma frota de oito barcos que continham 750 pessoas, levando 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
A primeira coisa que me veio à mente é: 750 pessoas?!!! Como controlar 750 pessoas em navios diferentes? Todos pacifistas desarmados?
Outra pergunta é: esse comboio era desconhecido? Não, não era desconhecido. Melanie Phillips quarta-feira passada, em seu blog, já falava do comboio (http://www.spectator.co.uk/melaniephillips/6034520/the-worlds-first-gourmet-starvation-experience.thtml). E a própria organização que levava a ajuda anunciou a frota na terça-feira passada. Além disso, essa é a nona vez que o movimento tenta levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Em cinco dessas nove vezes, Israel permitiu o acesso, mas desde janeiro com o recrudescimento dos problemas com o Hamas, Israel não tem permitido.
O comboio partiu da Turquia. Israel mantém relações cada vez mais complicadas com esse país. A Turquia tradicionalmente tem sido um aliado do Ocidente, mas mais recentemente tem aprofundado relações com os países islâmicos e se aproximado do Irã. Israel acusa os tripulantes de manterem relação com uma ONG turca chamada IHH, que, segundo os israelitas, tem ligação com grupos terroristas.
Outra questão relevante é: que crise humanitária é essa da Faixa de Gaza? É maior ou comparável aos países da África ou se assemelha a problemas de pobreza do Brasil, Bolívia, Argentina, e bairros pobres de qualquer cidade grande no mundo?
Para essa última questão, eu tenho duas respostas.
1) Greta Berlin do movimento que levou a carga e as pessoas (Free Gaza Movement), disse terça-feira passada que eles iam tentar quebrar o bloqueio de Israel a Gaza para salvar da fome 1,5 milhão de Palestinos.( http://www.guardian.co.uk/world/2010/may/25/gaza-flotilla-aid-attempt)
2) Tom Cross ressaltou, no entanto, que há um grande exagero na crise humanitária da Faixa de Gaza. Há pobreza na região, mas os palestinos dessa região também convivem com shoppings lotados, restaurantes chiques, piscinas olímpicas e competição de barcos a vela. Uma descrição que lembra países nórdicos. (http://fullcomment.nationalpost.com/2010/05/25/fancy-restaurants-and-olympic-size-pools-what-the-media-won%E2%80%99t-report-about-gaza/)
Não gosto da análise que tenta ficar no meio, mas parece-me que a Palestina está longe de ser um país nórdico e também de ser uma Etiópia da década de 90. Além disso, há meios legais para enviar ajuda humanitária por meio da ONU. Então, por que o enfrentamento? Não me pareceu justificado, quando li Greta Berlin no jornal "The Guardian".
São Tomás de Aquino, o "Doutor Angélico", certa vez, diante de um crucifixo em Nápoles, ouviu estas palavras de Jesus: “Bem tem você escrito sobre Mim, Tomás, o que devo te dar em recompensa?" São Tomás respondeu: “Nada senão a Ti mesmo, meu Senhor". Em latim, São Tomás disse: Nil, Nisi Te, Domine. Em inglês: Naught save Thyself, O Lord.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
O Superman e o Ridículo no Vazamento de Óleo
Os Estados Unidos, segundo o próprio governo, enfrentam o maior desastre ambiental da sua história: vazamento de óleo no Golfo do México.
Charles Krauthammer escreveu o melhor artigo que já li sobre assunto. O artigo está no jornal Washington Post de ontem. Ele detectou todos os culpados pelo vazamento e fez uma análise da ação do goveno federal e do que é ser presidente dos Estados Unidos.
O culpado mais direto, claro, é a British Petroleum (BP), por seus erros e pela falta de planos de contingência, mas existem outros.
Mas o articulista lança também a seguinte questão: por que a BP está procurando óleo a 5.000 pés de profundidade? A pergunta serve para encontrar outro culpado: o exagero do ambientalismo. A produção no Golfo declina e as empresas vão cada vez mais fundo na busca do óleo, em parte, por causa do sucesso dos ambientalistas em deixar de fora da produção de petróleo áreas do Pacífico e do Atlântico e por banir a perfuração de petróleo no Ártico. Ele diz que sempre haverá grandes chances de vazamento de petróleo e pergunta: mas onde você prefere que ocorra? No Golfo do México onde moram milhares de pessoas ou no Ártico onde não há praticamente ninguém?
A partir daí, Krauthammer critica a atitude do governo Obama de sair atacando a BP e procurando culpados. Isso não ajuda, especialmente porque depois do vazamento a BP tem todo o incentivo do mundo para contê-lo, cada dia mais de vazamento implica altos custos e multas.
O Obama procurou os culpados de sempre: governo Bush. Mas não convenceu e teve de admitir que a sua administração relaxou no controle de medidas de segurança e foi lenta no combate ao problema.
Mas Krauthammer nos lembra uma característica interessante de qualquer presidente americano. Há um culto à personalidade do presidente, os americanos esperam que ele aja como Superman. O Obama é tão responsável pelo vazamento do óleo quanto o Bush foi pelo Katrina, mas, mesmo assim, está sendo penalizado politicamente, pois a BP não em tido sucesso em estancar o vazamento.
O problema, ressalta Krauthammer, é que o Obama nunca foi modesto sobre seus poderes. Ele já declarou que a sua chegada a presidência será lembrada pela história como o momento em que nosso planeta começou a se curar (the moment when "our planet began to heal"), como o momento em que as águas dos oceanos começaram a baixar ("the rise of the oceans began to slow.").
Eu acrescentaria ao texto de Krauthammer o ridículo que é às vezes ouvir o Obama nas Conferências de Imprensa. Ele tem uma mania de tentar ser um cara simpático, de ser legal (cool). Nessa tentativa, ele usa parte de suas argumentações para dizer, por exemplo, que a sua filha foi falar com ele quando ele estava no banheiro e perguntou se ele já tinha fechado o buraco do óleo (“did you plug the hole yet, Daddy?). Além disso, diante do maior desastre ambiental da história americana, o Obama ainda usa a Conferência para fazer política e atacar a Sarah Palin, quando disse: “eu pelo menos não digo perfure, meu bem, perfure” (“drill, baby, drill”). Frase usada por Sarah Palin em outro contexto: para defender a busca por petróleo no Pacífico e no Ártico.
Charles Krauthammer escreveu o melhor artigo que já li sobre assunto. O artigo está no jornal Washington Post de ontem. Ele detectou todos os culpados pelo vazamento e fez uma análise da ação do goveno federal e do que é ser presidente dos Estados Unidos.
O culpado mais direto, claro, é a British Petroleum (BP), por seus erros e pela falta de planos de contingência, mas existem outros.
Mas o articulista lança também a seguinte questão: por que a BP está procurando óleo a 5.000 pés de profundidade? A pergunta serve para encontrar outro culpado: o exagero do ambientalismo. A produção no Golfo declina e as empresas vão cada vez mais fundo na busca do óleo, em parte, por causa do sucesso dos ambientalistas em deixar de fora da produção de petróleo áreas do Pacífico e do Atlântico e por banir a perfuração de petróleo no Ártico. Ele diz que sempre haverá grandes chances de vazamento de petróleo e pergunta: mas onde você prefere que ocorra? No Golfo do México onde moram milhares de pessoas ou no Ártico onde não há praticamente ninguém?
A partir daí, Krauthammer critica a atitude do governo Obama de sair atacando a BP e procurando culpados. Isso não ajuda, especialmente porque depois do vazamento a BP tem todo o incentivo do mundo para contê-lo, cada dia mais de vazamento implica altos custos e multas.
O Obama procurou os culpados de sempre: governo Bush. Mas não convenceu e teve de admitir que a sua administração relaxou no controle de medidas de segurança e foi lenta no combate ao problema.
Mas Krauthammer nos lembra uma característica interessante de qualquer presidente americano. Há um culto à personalidade do presidente, os americanos esperam que ele aja como Superman. O Obama é tão responsável pelo vazamento do óleo quanto o Bush foi pelo Katrina, mas, mesmo assim, está sendo penalizado politicamente, pois a BP não em tido sucesso em estancar o vazamento.
O problema, ressalta Krauthammer, é que o Obama nunca foi modesto sobre seus poderes. Ele já declarou que a sua chegada a presidência será lembrada pela história como o momento em que nosso planeta começou a se curar (the moment when "our planet began to heal"), como o momento em que as águas dos oceanos começaram a baixar ("the rise of the oceans began to slow.").
Eu acrescentaria ao texto de Krauthammer o ridículo que é às vezes ouvir o Obama nas Conferências de Imprensa. Ele tem uma mania de tentar ser um cara simpático, de ser legal (cool). Nessa tentativa, ele usa parte de suas argumentações para dizer, por exemplo, que a sua filha foi falar com ele quando ele estava no banheiro e perguntou se ele já tinha fechado o buraco do óleo (“did you plug the hole yet, Daddy?). Além disso, diante do maior desastre ambiental da história americana, o Obama ainda usa a Conferência para fazer política e atacar a Sarah Palin, quando disse: “eu pelo menos não digo perfure, meu bem, perfure” (“drill, baby, drill”). Frase usada por Sarah Palin em outro contexto: para defender a busca por petróleo no Pacífico e no Ártico.
Jornais da Inglaterra, dos EUA e do Brasil
Outro dia, eu li em um blog muito conhecido na Inglaterra (Blog de Richard North) que nada no mundo se comparava a forma paroquial dos jornais ingleses. Ele argumentava que enquanto toda a Europa discutia e sofria com a crise econômica grega e a iminência de crise na Espanha, Portuga e Itália, os jornais ingleses discutiam miudezas da política doméstica.
O blogueiro está correto quando afirma que a mídia inglesa é paroquial, mas dizer que é mais paroquial do mundo não é verdade. Ele não conhece os jornais brasileiros. No Brasil, os grandes jornais até conseguem publicar alguma informação sobre política e economia internacional, mas o fazem copiando e recebendo material de outras fontes. Quando o assunto exige uma análise ou deve ser anunciado rapidamente, os jornais brasileiros são um desastre. Publicam informações e análises desencontradas.
Para mim, a grande justificativa para isso está na formação intelectual do povo brasileiro e também na formação profissional do jornalista. O povo brasileiro médio não lê jornal e quando o faz não passa das páginas sobre esporte e sobre temas policiais. Eu costumo pensar que se algum centro de pesquisa sair para as ruas e perguntar ao brasileiro para que lado fica a Argentina (norte, sul, leste ou oeste), o brasileiro não vai saber responder. Se perguntar quem é o presidente da Argentina, então...Talvez uma boa parte respondam Obama. E a formação do jornalista no Brasil também é péssima. Eu que já dei aulas para estudantes de jornalismo, sei que a grande parte não sabe escrever em português e não conseguem fazer um raciocínio lógico de uma informação. Não encontrei em nenhuma universidade privada do Brasil, um aluno que lesse e escrevesse em inglês e conhecesse com algum detalhe algum jornal estrangeiro.
Nos Estados Unidos, o povo também é paroquial, centrado em seus próprios problemas, mas em um debate presidencial, um tema internacional é capaz de levantar uma grande discussão na sociedade. Por exemplo, a primeira promessa do Obama foi fechar a prisão de Guatânamo e ele também prometeu sentar-se à mesa com o presidente do Irã. Foi bombardeado pelas duas promessas, e, no poder, não as cumpriu, sofrendo queda na avaliação popular de seu governo.
Na Inglaterra, não se tem tradição de debate para primeiro-ministro, mas esse ano houve um debate cujo tema foi internacional. Ok, a Inglaterra, diferentemente do Brasil, está em guerra no Afeganistão, mas além da guerra, foi discutido a participação do país na União Européia e Irã. Eu mesmo fui a um seminário cujo tema era a política internacional de cada candidato. No Brasil, um debate sobre questões internacionais seria inédito e, infelizmente, encontraria ouvidos surdos entre a população. O povo não entenderia o que está em jogo. E a imprensa teria dificuldade de explicar.
O blogueiro está correto quando afirma que a mídia inglesa é paroquial, mas dizer que é mais paroquial do mundo não é verdade. Ele não conhece os jornais brasileiros. No Brasil, os grandes jornais até conseguem publicar alguma informação sobre política e economia internacional, mas o fazem copiando e recebendo material de outras fontes. Quando o assunto exige uma análise ou deve ser anunciado rapidamente, os jornais brasileiros são um desastre. Publicam informações e análises desencontradas.
Para mim, a grande justificativa para isso está na formação intelectual do povo brasileiro e também na formação profissional do jornalista. O povo brasileiro médio não lê jornal e quando o faz não passa das páginas sobre esporte e sobre temas policiais. Eu costumo pensar que se algum centro de pesquisa sair para as ruas e perguntar ao brasileiro para que lado fica a Argentina (norte, sul, leste ou oeste), o brasileiro não vai saber responder. Se perguntar quem é o presidente da Argentina, então...Talvez uma boa parte respondam Obama. E a formação do jornalista no Brasil também é péssima. Eu que já dei aulas para estudantes de jornalismo, sei que a grande parte não sabe escrever em português e não conseguem fazer um raciocínio lógico de uma informação. Não encontrei em nenhuma universidade privada do Brasil, um aluno que lesse e escrevesse em inglês e conhecesse com algum detalhe algum jornal estrangeiro.
Nos Estados Unidos, o povo também é paroquial, centrado em seus próprios problemas, mas em um debate presidencial, um tema internacional é capaz de levantar uma grande discussão na sociedade. Por exemplo, a primeira promessa do Obama foi fechar a prisão de Guatânamo e ele também prometeu sentar-se à mesa com o presidente do Irã. Foi bombardeado pelas duas promessas, e, no poder, não as cumpriu, sofrendo queda na avaliação popular de seu governo.
Na Inglaterra, não se tem tradição de debate para primeiro-ministro, mas esse ano houve um debate cujo tema foi internacional. Ok, a Inglaterra, diferentemente do Brasil, está em guerra no Afeganistão, mas além da guerra, foi discutido a participação do país na União Européia e Irã. Eu mesmo fui a um seminário cujo tema era a política internacional de cada candidato. No Brasil, um debate sobre questões internacionais seria inédito e, infelizmente, encontraria ouvidos surdos entre a população. O povo não entenderia o que está em jogo. E a imprensa teria dificuldade de explicar.
sábado, 29 de maio de 2010
Royal Society e Mudança Climática
A Academia Real de Ciências inglesa, fundada em 1660, que já teve entre seus membros Isaac Newton, Roberto Boyle e Ernest Rutherford, resolveu alterar sua posição sobre mudança climática.
Antes, o ex-presidente da instituição, Lord May, tinha feito uma declaração pouca científica quando disse que o debate sobre mudança climática tinha acabado (“the debate on climate change is over.”), tomando uma posição que defende que o homem tem forte efeito sobre o clima (efeito antropogênico sobre o clima - AGW).
Apesar de negar que tenha fechado a questão para o AGW, a verdade é que a Royal Society sempre foi um forte bastião de apoio para as teses do AGW e sempre serviu de ataque aos céticos. Enquanto os céticos respondiam que desde a década de 90 a Academia havia se politizado. Argumenta-se que essa revisão é fruto da pressão de 43 membros que pediram em janeiro passado que um panfleto escrito em 2007, publicado no website da Academia, fosse reescrito.
Agora, a Royal Society decidiu rever suas posições, e afirma que seus comunicados anteriores não deixam muito claro entre o que é geralmente aceito e o que é entendido. A Academia estabeleceu um painel, que incluirá um grupo de membros que discordam dos riscos do aumento do nível do CO2.
Não se espera um resultado totalmente cético, mas o movimento da Royal Society é um grande indicativo das alterações no mundo científico. As teorias da mudança climática não terão mais o endosso cego da Academia.
Dois meses atrás o Museu de Ciência de Londres também teve uma pequena reação na mesma direção: alterou o nome de uma galeria de Climate Change Gallery para Climate Science Gallery. Além disso, o ceticismo já tomou conta da maioria do público tanto nos Estados Unidos, como na Inglaterra, especialmente. Na atual conjuntura de crise econômica, a população não quer ver recursos públicos alocados em investimentos de alto risco.
Para mais informação:
http://royalsociety.org/Royal-Society-to-publish-new-guide-to-the-science-of-climate-change/
Antes, o ex-presidente da instituição, Lord May, tinha feito uma declaração pouca científica quando disse que o debate sobre mudança climática tinha acabado (“the debate on climate change is over.”), tomando uma posição que defende que o homem tem forte efeito sobre o clima (efeito antropogênico sobre o clima - AGW).
Apesar de negar que tenha fechado a questão para o AGW, a verdade é que a Royal Society sempre foi um forte bastião de apoio para as teses do AGW e sempre serviu de ataque aos céticos. Enquanto os céticos respondiam que desde a década de 90 a Academia havia se politizado. Argumenta-se que essa revisão é fruto da pressão de 43 membros que pediram em janeiro passado que um panfleto escrito em 2007, publicado no website da Academia, fosse reescrito.
Agora, a Royal Society decidiu rever suas posições, e afirma que seus comunicados anteriores não deixam muito claro entre o que é geralmente aceito e o que é entendido. A Academia estabeleceu um painel, que incluirá um grupo de membros que discordam dos riscos do aumento do nível do CO2.
Não se espera um resultado totalmente cético, mas o movimento da Royal Society é um grande indicativo das alterações no mundo científico. As teorias da mudança climática não terão mais o endosso cego da Academia.
Dois meses atrás o Museu de Ciência de Londres também teve uma pequena reação na mesma direção: alterou o nome de uma galeria de Climate Change Gallery para Climate Science Gallery. Além disso, o ceticismo já tomou conta da maioria do público tanto nos Estados Unidos, como na Inglaterra, especialmente. Na atual conjuntura de crise econômica, a população não quer ver recursos públicos alocados em investimentos de alto risco.
Para mais informação:
http://royalsociety.org/Royal-Society-to-publish-new-guide-to-the-science-of-climate-change/
Quanto depende da Moody's?
O euro caiu ainda mais e as bolsas ao redor do mundo sofreram perdas ontem, depois de mais um rebaixamento de rating de crédito para a Espanha. A agência de risco Fitch Ratings rebaixou o risco soberano da Espanha do top AAA para AA+. No mês passado a Standard and Poor’s já havia rebaixado pela segunda vez, para AA, apenas a Moody’s, entre as três grandes agências de risco, mantém a Espanha em AAA.
Um rebaixamento significa que os juros devem ser mais altos para refinanciar a dívida espanhola e isso reduz o crescimento econômico do país.
O impacto de uma crise na Espanha no mundo e especialmente na Europa é bem maior que a crise grega. O PIB da Espanha é mais de 4 vezes o PIB da Grécia, apesar de a dívida de Espanha ser bem menor em relação ao seu PIB. A dívida espanhola representou 53,2 por cento do PIB no ano passado, enquanto que a da Grécia foi de 115,1 por cento em 2009.
Se a Moody’s também rebaixar poderá ser a pá de cal na economia espanhola e o Euro não ficará apenas faiscado. Quanto depende da Moody's, não é? União Européia, Euro, políticos, investimentos chineses, dólar, dívida americana...Alô, Moody's, segura aí!!!!
Mas quais poderão ser os próximos: Portugal (dívida 76,8% do PIB), Inglaterra (62,1%)?
Um rebaixamento significa que os juros devem ser mais altos para refinanciar a dívida espanhola e isso reduz o crescimento econômico do país.
O impacto de uma crise na Espanha no mundo e especialmente na Europa é bem maior que a crise grega. O PIB da Espanha é mais de 4 vezes o PIB da Grécia, apesar de a dívida de Espanha ser bem menor em relação ao seu PIB. A dívida espanhola representou 53,2 por cento do PIB no ano passado, enquanto que a da Grécia foi de 115,1 por cento em 2009.
Se a Moody’s também rebaixar poderá ser a pá de cal na economia espanhola e o Euro não ficará apenas faiscado. Quanto depende da Moody's, não é? União Européia, Euro, políticos, investimentos chineses, dólar, dívida americana...Alô, Moody's, segura aí!!!!
Mas quais poderão ser os próximos: Portugal (dívida 76,8% do PIB), Inglaterra (62,1%)?
sexta-feira, 28 de maio de 2010
70 anos do Resgate de Dunkirk
No início da Segunda Guerra Mundial, os alemães tiveram rápido sucesso na invasão da França, que estava sendo protegida por tropas francesas, belgas e inglesas. Os alemães conseguiram alcançar os flancos dos seus inimigos e separá-los. Estava tudo pronto para um massacre total das tropas aliadas, mas Hitler, em uma das decisões mais controversas da guerra, parou o avanço alemão por três dias. Ninguém exatamente sabe o porquê. Mas foi isso que permitiu o resgate de mais 330 mil soldados aliados na cidade de Dunkirk (França), no período de 27 de maio a 4 de junho de 1940, para a Inglaterra.
Certamente, a Segunda Guerra teria sido outra e a moral de Churchill teria sido profundamente abalada se Hitler tivesse mantido o avanço. Churchill chamou o resgate de "miracle of deliverance" (podemos traduzir por milagre da redenção).
O resgate de Dunkirk (operação Dynamo) contou inclusive com 700 navios mercantes navios privados, barcos de pesca e barcos de passeio. A menor dessas embarcações, Tamzine, encontra-se no Museu de Guerra Imperial inglês. Vejam a foto do Tamzine abaixo:
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Por falar em Guatânamo
No dia 22 de janeiro passado, uma força tarefa do governo Obama concluiu uma análise sobre os presos de Guatânamo. A revista The Weekly Standard divulgou hoje o resultado em um artigo de Thomas Joscelyn.
O Obama prometeu que iria fechar a prisão de Guatânamo no primeiro ano de governo. Não conseguiu e o relatório da força tarefa do próprio governo mostra que isso será muito difícil. O relatório mostra que 95% dos presos tem laços claros com a al Qaeda.
Dos 240 detentos: 126 foram aprovados para ser transferidos para seus países ou para uma terceira parte, 36 poderão ser processados por uma corte federal ou por uma comissão militar, 48 serão mantidos por prazo indefinidos dado o alto grau de periculosidade e 30 estão em uma espécie de condicional, pois são cidadãos do Iêmen, esse país tem forte presença de membros da al Qaeda.
A força tarefa contradiz uma análise bastante comum, de que há presos passíveis de libertação. Nenhum preso foi dado como passível de ficar livre e a força tarefa deixou claro que não garante que eles não tragam riscos.
O Obama prometeu que iria fechar a prisão de Guatânamo no primeiro ano de governo. Não conseguiu e o relatório da força tarefa do próprio governo mostra que isso será muito difícil. O relatório mostra que 95% dos presos tem laços claros com a al Qaeda.
Dos 240 detentos: 126 foram aprovados para ser transferidos para seus países ou para uma terceira parte, 36 poderão ser processados por uma corte federal ou por uma comissão militar, 48 serão mantidos por prazo indefinidos dado o alto grau de periculosidade e 30 estão em uma espécie de condicional, pois são cidadãos do Iêmen, esse país tem forte presença de membros da al Qaeda.
A força tarefa contradiz uma análise bastante comum, de que há presos passíveis de libertação. Nenhum preso foi dado como passível de ficar livre e a força tarefa deixou claro que não garante que eles não tragam riscos.
Exageros de uma Sociedade Livre
Dois fatos recentes mostram que até ótimos valores não podem ser exacerbados, especialmente quando eles ofendem a proteção da vida, que considero o valor máximo.
O primeiro é a aprovação da construção de uma mesquita nas proximidades do Marco Zero, local do antigo World Trade Center. É fato que o ataque às torres gêmeas foi ato de extremistas islâmicos e que os ataques recentes também provém de membros da mesma religião. A construção da mesquita pode reafirmar que a religião islâmica pode ser da paz, mas ofende os mortos do ataque, além disso, já existem mesquitas em Nova York para quê fazer isso?
O segundo é a descoberta de que uma organização americana - John Adams Project - está auxiliando legalmente os presos de Guantânamo, mas parece que tem exagerado. Há uma denúncia que a arganização está exibindo fotos de agentes da CIA aos presos. Uma das fotos foi achada com um preso. O que traria riscos aos agentes da CIA e seus familiares.
A verdade é que muitos americanos, infelizmente, odeiam os EUA.
O primeiro é a aprovação da construção de uma mesquita nas proximidades do Marco Zero, local do antigo World Trade Center. É fato que o ataque às torres gêmeas foi ato de extremistas islâmicos e que os ataques recentes também provém de membros da mesma religião. A construção da mesquita pode reafirmar que a religião islâmica pode ser da paz, mas ofende os mortos do ataque, além disso, já existem mesquitas em Nova York para quê fazer isso?
O segundo é a descoberta de que uma organização americana - John Adams Project - está auxiliando legalmente os presos de Guantânamo, mas parece que tem exagerado. Há uma denúncia que a arganização está exibindo fotos de agentes da CIA aos presos. Uma das fotos foi achada com um preso. O que traria riscos aos agentes da CIA e seus familiares.
A verdade é que muitos americanos, infelizmente, odeiam os EUA.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
O Davi do Golias Dave Cameron
Na eleição legislativa inglesa do dia 6 de maio, um partido não saiu vitorioso, não conseguiu eleger nenhum representante para a Câmara dos Comuns, mas derrotou muitas das pretensões do vitorioso Dave Cameron e pode representar, inclusive, o fim do próprio partido de Cameron (Tory).
Esse partido é o UKIP, partido independente conservador inglês, que tem um staff ainda amador. Cameron desde a sua chegada a liderança do seu partido se moveu na direção da esquerda. Seus discursos foram ficando a esquerda do centro, poderia facilmente ser confundido com um político do partido trabalhista ou dos liberal-democratas. E os eleitores que possuem valores conservadores foram se afastando do partido de Cameron e se aproximando do UKIP.
O UKIP esperava conseguir mais de um milhão de votos na eleição, não conseguiu, mas chegou a marca de 900 mil votos (um aumento de 50% frente a última eleição geral de 2005) se consolidando como o quarto maior partido no país e, o que é mais importante, ajudando a derrotar a eleição de membros do Tory em 21 constituencies (os votos para o UKIP foram maiores que a diferença entre o vencedor e o Tory). Os Tories precisavam conquistar 325 assentos na Câmara, conseguiram 306, faltaram 19. Com isso, Cameron não conseguiu a maioria para governar e teve que se alinhar aos da extrema esquerda inglesa (liberal-democratas) depois de uma longa discussão que quase manteve Gordon Brown no poder. A coalizão entre Tories e liberais-democratas será bastante difícil, especialmente na atual conjuntura econômica, além disso, se por acaso der certo, de quem é o crédito da coalizão? Do Cameron ou dos liberal-democratas?
Esse partido é o UKIP, partido independente conservador inglês, que tem um staff ainda amador. Cameron desde a sua chegada a liderança do seu partido se moveu na direção da esquerda. Seus discursos foram ficando a esquerda do centro, poderia facilmente ser confundido com um político do partido trabalhista ou dos liberal-democratas. E os eleitores que possuem valores conservadores foram se afastando do partido de Cameron e se aproximando do UKIP.
O UKIP esperava conseguir mais de um milhão de votos na eleição, não conseguiu, mas chegou a marca de 900 mil votos (um aumento de 50% frente a última eleição geral de 2005) se consolidando como o quarto maior partido no país e, o que é mais importante, ajudando a derrotar a eleição de membros do Tory em 21 constituencies (os votos para o UKIP foram maiores que a diferença entre o vencedor e o Tory). Os Tories precisavam conquistar 325 assentos na Câmara, conseguiram 306, faltaram 19. Com isso, Cameron não conseguiu a maioria para governar e teve que se alinhar aos da extrema esquerda inglesa (liberal-democratas) depois de uma longa discussão que quase manteve Gordon Brown no poder. A coalizão entre Tories e liberais-democratas será bastante difícil, especialmente na atual conjuntura econômica, além disso, se por acaso der certo, de quem é o crédito da coalizão? Do Cameron ou dos liberal-democratas?
Europa e David Landes
Hoje o jornal inglês The Daily Mail traz uma reportagem que nos fala que a dívida de Grécia, Espanha e Portugal (países enfrentando séria crise financeira) é tão alta que talvez nem uma reestruturação seja possível. A dívida externa desses países alcança 2,16 trilhões de euros. Esse valor é maior do que o previamente previsto e se concentra em empréstimos bancários fora do país. O caso mais grave, pelo tamanho do país, é o da Espanha.
O Euro continua frágil, por volta de 1,23 por dólar e não há perspectiva de que a moeda se fortaleça no médio prazo.
David Landes, em "The Wealth and Poverty of Nations" (A Riqueza e Pobreza das Nações), compara a formação histórica das civilizações e mostra por que a Europa foi superior no seu desenvolvimento econômico, tecnológico e político frente às civilizações islâmicas e chinesas. O autor mostra que a força da Europa na história vem em grande parte de sua fragmentação e não de sua união. A fragmentação permitiu a competição entre as regiões (cidades-estados) por mercadores, favoreceu o avanço tecnológico, deu liberdade de movimento e de credo, reduziu o poder do rei e evitou a dominação por forças externas. A União Européia (EU) avançou nas decisões políticas domésticas, reduziu a competição, aumentou a burocracia e dificultou a solução de problemas locais.
Há, políticos dentro da própria União Européia que pregam o fim dessa estrutura, como Daniel Hannan. Na Inglaterra, há forte pressão por um referendum pedindo a saída do país da UE e o país nem faz parte do Euro. Na França e na Alemanha (países que financiam a zona do euro) há grande frustração. Por outro lado, existem aqueles (mais silenciosos atualmente) que dizem que a solução é aprofundar, pois a UE ainda não tem um ministro de finanças.
O atual momento parece ser crucial para o futuro da União Européia. Aqueles que desejam o avanço da União Européia costumam lembrar que no passado houve muitas guerras entre os países europeus por causa da fragmentação. Mas eu recomendaria a leitura dos argumentos de David Landes. As guerras não nascem só por ataques externos, problemas internos também podem gerar grandes perdas humanas. A história das civilizações chinesas e islâmicas mostram isso.
O Euro continua frágil, por volta de 1,23 por dólar e não há perspectiva de que a moeda se fortaleça no médio prazo.
David Landes, em "The Wealth and Poverty of Nations" (A Riqueza e Pobreza das Nações), compara a formação histórica das civilizações e mostra por que a Europa foi superior no seu desenvolvimento econômico, tecnológico e político frente às civilizações islâmicas e chinesas. O autor mostra que a força da Europa na história vem em grande parte de sua fragmentação e não de sua união. A fragmentação permitiu a competição entre as regiões (cidades-estados) por mercadores, favoreceu o avanço tecnológico, deu liberdade de movimento e de credo, reduziu o poder do rei e evitou a dominação por forças externas. A União Européia (EU) avançou nas decisões políticas domésticas, reduziu a competição, aumentou a burocracia e dificultou a solução de problemas locais.
Há, políticos dentro da própria União Européia que pregam o fim dessa estrutura, como Daniel Hannan. Na Inglaterra, há forte pressão por um referendum pedindo a saída do país da UE e o país nem faz parte do Euro. Na França e na Alemanha (países que financiam a zona do euro) há grande frustração. Por outro lado, existem aqueles (mais silenciosos atualmente) que dizem que a solução é aprofundar, pois a UE ainda não tem um ministro de finanças.
O atual momento parece ser crucial para o futuro da União Européia. Aqueles que desejam o avanço da União Européia costumam lembrar que no passado houve muitas guerras entre os países europeus por causa da fragmentação. Mas eu recomendaria a leitura dos argumentos de David Landes. As guerras não nascem só por ataques externos, problemas internos também podem gerar grandes perdas humanas. A história das civilizações chinesas e islâmicas mostram isso.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Aprovação Obama e Reduçao da Renda vs. Aumento Benefícios Públicos
Depois de uma pequena viagem, volto ao Blog. Resolvi falar um pouco sobre a aprovação do governo Obama.
Atualmente, o Obama sofre alguns problemas sérios: enfrentou mal (demorou a agir) contra o vazamento do óleo da British Petroleum (ainda não se resolveu o problema), reagiu de forma apressada à Lei do Arizona sobre imigração ilegal (sem conhecer direito a lei), e a taxa de desemprego não retrocede.
A aprovação do Obama atingiu um novo patamar de baixa segundo a Rasmussen Reports: 42% de aprovação contra 56% que desaprovam o governo Obama. Esse patamar de aprovação é calculado pela diferença entre aqueles que fortemente aprovam e aqueles que fortemente desaprovam.
Sobre o problema com o vazamento de óleo, claro que o desastre que ocorreu não poderia ser evitado previamente pelo governo, nem o governo saberia como estancar o óleo, mas o Obama só alertou para o problema depois que este se mostrou extremamente grave e depois que a imprensa o comparou com o desastre provocado pelo furacão Katrina durante o governo Bush. Sobre as críticas à Lei do Arizona, o Obama agiu de forma populista em favor dos latinos, mas a lei tem aprovação da maioria dos americanos e mesmo de latinos imigrantes legais do Arizona. Em relação a taxa de desemprego, o grande volume do déficit público americano não parece incomodar o Obama que segue sugerindo maior participação do governo para solucionar os mais diversos problemas. Mas a alta taxa de desemprego não é solucionada pelo poder público, é necessário que o setor privado se sinta confrotável em investir. A crise na Europa e o déficit americano não ajudam.
Hoje o USA Today mostrou que houve uma queda significativa da renda pessoal (salários, investimentos, etc.) no primeiro trimestre de 2010 em relação aos benefícios dados pelo governo (seguridade social, seguro-desemprego, etc.).
Os "paychecks" das fontes privadas apresentaram, no primeiro trimestre de 2010, a menor participação histórica na renda pessoal (41,9%), enquanto os benefícios tiveram participação récorde (17,9%). Essa situação, claro, a continuar, não é sustentável, uma vez que o que financia os gastos públicos é a renda privada.
Abaixo, mostro o número para vários institutos e um gráfico de aprovação média do site RealClear Politics (http://www.realclearpolitics.com/epolls/other/president_obama_job_approval-1044.html)
Atualmente, o Obama sofre alguns problemas sérios: enfrentou mal (demorou a agir) contra o vazamento do óleo da British Petroleum (ainda não se resolveu o problema), reagiu de forma apressada à Lei do Arizona sobre imigração ilegal (sem conhecer direito a lei), e a taxa de desemprego não retrocede.
A aprovação do Obama atingiu um novo patamar de baixa segundo a Rasmussen Reports: 42% de aprovação contra 56% que desaprovam o governo Obama. Esse patamar de aprovação é calculado pela diferença entre aqueles que fortemente aprovam e aqueles que fortemente desaprovam.
Sobre o problema com o vazamento de óleo, claro que o desastre que ocorreu não poderia ser evitado previamente pelo governo, nem o governo saberia como estancar o óleo, mas o Obama só alertou para o problema depois que este se mostrou extremamente grave e depois que a imprensa o comparou com o desastre provocado pelo furacão Katrina durante o governo Bush. Sobre as críticas à Lei do Arizona, o Obama agiu de forma populista em favor dos latinos, mas a lei tem aprovação da maioria dos americanos e mesmo de latinos imigrantes legais do Arizona. Em relação a taxa de desemprego, o grande volume do déficit público americano não parece incomodar o Obama que segue sugerindo maior participação do governo para solucionar os mais diversos problemas. Mas a alta taxa de desemprego não é solucionada pelo poder público, é necessário que o setor privado se sinta confrotável em investir. A crise na Europa e o déficit americano não ajudam.
Hoje o USA Today mostrou que houve uma queda significativa da renda pessoal (salários, investimentos, etc.) no primeiro trimestre de 2010 em relação aos benefícios dados pelo governo (seguridade social, seguro-desemprego, etc.).
Os "paychecks" das fontes privadas apresentaram, no primeiro trimestre de 2010, a menor participação histórica na renda pessoal (41,9%), enquanto os benefícios tiveram participação récorde (17,9%). Essa situação, claro, a continuar, não é sustentável, uma vez que o que financia os gastos públicos é a renda privada.
Abaixo, mostro o número para vários institutos e um gráfico de aprovação média do site RealClear Politics (http://www.realclearpolitics.com/epolls/other/president_obama_job_approval-1044.html)
terça-feira, 18 de maio de 2010
Coréia do Norte atacou navio sul-coreano
Depois de intensa investigação, a Coréia do Sul concluiu nesta semana que foi a Coréia do Norte que afundou o seu navio de guerra Cheonan no dia 26 de março, matando 46 marinheiros.
A Coréia do Sul deve reagir, mas deve ter cuidado pois a sua capital, Seul, fica a apenas 60 milhas (por volta de 96 km) da linha que separa os dois países e a Coréia do Norte mantém 70% de sua força militar na fronteira. A artilharia podia facilmente atingir Seul, cidade de 20,5 milhões de pessoas.
Não a primeira vez que a Coréia do Norte ataca o país vizinho. Na década de 70, 30 marinheiros a bordo de um navio guerra foram mortos e em 1983, houve um ataque ao presidente sul-coreano Chun Doo-hwan, que é creditado a Coréia do Norte.
Em maio, a Coréia do Norte realizou seu segundo teste nuclear, então as tensões estão realmente acirradas e há muitos riscos envolvidos.
A Coréia do Sul deve reagir, mas deve ter cuidado pois a sua capital, Seul, fica a apenas 60 milhas (por volta de 96 km) da linha que separa os dois países e a Coréia do Norte mantém 70% de sua força militar na fronteira. A artilharia podia facilmente atingir Seul, cidade de 20,5 milhões de pessoas.
Não a primeira vez que a Coréia do Norte ataca o país vizinho. Na década de 70, 30 marinheiros a bordo de um navio guerra foram mortos e em 1983, houve um ataque ao presidente sul-coreano Chun Doo-hwan, que é creditado a Coréia do Norte.
Em maio, a Coréia do Norte realizou seu segundo teste nuclear, então as tensões estão realmente acirradas e há muitos riscos envolvidos.
Carta Aberta ao Lula no WSJ
Foi publicado uma Carta Aberta ao Lula hoje no Wall Street Journal. O autor, Denis MacShane, é parlamentar de esquerda no Reino Unido. A Carta recrimina Lula por apoiar o regime iraniano.
O autor mostra desprezo tanto por Fidel Castro como por Chavez, mas desconsidera os fatos que Lula apoia Fidel Castro desde sempre e considera que há democracia na Venezuela.
Vejam o texto em:
http://online.wsj.com/article/SB10001424052748703315404575250262877226060.html?mg=com-wsj
O autor mostra desprezo tanto por Fidel Castro como por Chavez, mas desconsidera os fatos que Lula apoia Fidel Castro desde sempre e considera que há democracia na Venezuela.
Vejam o texto em:
http://online.wsj.com/article/SB10001424052748703315404575250262877226060.html?mg=com-wsj
Estados Unidos Islâmico
O clérigo Ayatollah Mohammad Kharrazi disse no sábado passado que a criação do Grande Irã, os Estados Unidos Islâmico, é parte central da política do seu partido, o Hezbollah (Partido de Deus). As agências de notícias reforçam que o clérigo não é muito influente, mas que o pensamento dele é cada vez mais presente no Irã.
O Grande Irã seria formado desde o Afeganistão até Israel, o que envolve a destruição do estado judeu. Mas não é apenas Israel que tem receio do radicalismo iraniano. O clérigo também prega o fim dos estados sunitas (Iraque e Arábia Saudita).
Um interessante detalhe que merece especial consideração é que ele disse que a formação do Grande Irã seria o prelúdio para a volta de Madhi, o redentor do Islã que viria ao mundo para destruir todas as tiranias. Ahmadinejad durante seu discurso na ONU pediu que o Madhi viesse logo e costuma, por vezes, deixar em aberto que ele próprio é o Madhi, o que provoca reação entre clérigos.
É necessário reconhecer a intrínseca relação entre o Irã e o radicalismo islâmico. Todo mundo sabe que a grande parte daqueles que professam o islamismo é defensor da paz, mas não se pode deixar de reconhecer que o radicalismo islâmico está por trás dos atentados terroristas. Eric Holder, advogado-geral dos Estaos Unidos, tentou negar isso e ficou ridículo. Se conseguirem entender inglês, vejam o vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=HOQt_mP6Pgg
O Grande Irã seria formado desde o Afeganistão até Israel, o que envolve a destruição do estado judeu. Mas não é apenas Israel que tem receio do radicalismo iraniano. O clérigo também prega o fim dos estados sunitas (Iraque e Arábia Saudita).
Um interessante detalhe que merece especial consideração é que ele disse que a formação do Grande Irã seria o prelúdio para a volta de Madhi, o redentor do Islã que viria ao mundo para destruir todas as tiranias. Ahmadinejad durante seu discurso na ONU pediu que o Madhi viesse logo e costuma, por vezes, deixar em aberto que ele próprio é o Madhi, o que provoca reação entre clérigos.
É necessário reconhecer a intrínseca relação entre o Irã e o radicalismo islâmico. Todo mundo sabe que a grande parte daqueles que professam o islamismo é defensor da paz, mas não se pode deixar de reconhecer que o radicalismo islâmico está por trás dos atentados terroristas. Eric Holder, advogado-geral dos Estaos Unidos, tentou negar isso e ficou ridículo. Se conseguirem entender inglês, vejam o vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=HOQt_mP6Pgg
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Quem deseja um Irã estável?
No Livro Peace Kills, o autor, P. J. O'Rourke, diz que quando o Iraque ficou estável ele atacou Israel duas vezes (1967 e 1973), atacou o Irã, atacou o Kuwait e assassinou os xiitas, além de propagar o terrorismo pelo Oriente Médio. Então, O'Rourke pergunta: quem deseja um Iraque estável?
Da mesma forma, nós agora perguntamos: quem deseja um Irã estável? Todo mundo conhece as ameaças a Israel, as manobras para esconder enriquecimento de urânio e o apoio iraniano ao terrorismo no Oriente Médio. Além das diversas violações aos direitos humanos no país contra as minorias.
A Igreja Católica está pregando o fim de todas as armas nucleares no mundo durante a Conferência da ONU sobre o Tratado de Não-Proliferação de armas nucleares em Nova York. Para fazer esse apelo está usando os arcebispos de Nagasaki e Hiroshima. A Igreja deve realmente pregar a paz entre os povos, mas imaginem se todos os nossos policiais abandonassem suas as armas. Por que os bandidos iriam fazer o mesmo? Eles não seguem as regras e os valores da paz e defesa da vida. Assim são os países párias.
Hoje a Turquia aceitou receber o urânio do Irã e em troca o Irã receberia urânio enriquecido dos EUA, Franca e Rússia. O Brasil fez parte do acordo. Como o Brasil irá contribuir? Não se sabe ainda e eu não consigo imaginar. Mas o Irã já tinha aceitado um acordo parecido e depois voltou atrás e, aparentemente, o novo acordo, é baseado em uma antiga proposta da Turquia que o Irã tinha recusado anteriormente. Os EUA deixaram claro antes do encontro entre Irã, Brasil e Turquia que essa era a última chance do Irã antes que sejam aplicadas sanções. O Irã estava sob pressão. Mas a grande questão não é a troca de urânio, mas se o país vai continuar a enriquecer o urânio. Depois do acordo, a diplomacia iraniana já disse que sim.
Eu já acho que as sanções não irão resolver, imagina um velho acordo gerenciado pelo próprio Irã. Se eu fosse líder israelense continuaria preparando meu país militarmente. A igreja não deve declarar nem remotamente apoio a uma ação militar (apesar de já ter feito isso no passado, durante as Cruzadas), mas deve reconhecer a necessidade de segurança e também que há diversos valores no mundo, inclusive um que prega o fim dos infiéis, especialmente se estes moram em Israel ou nos EUA.
Da mesma forma, nós agora perguntamos: quem deseja um Irã estável? Todo mundo conhece as ameaças a Israel, as manobras para esconder enriquecimento de urânio e o apoio iraniano ao terrorismo no Oriente Médio. Além das diversas violações aos direitos humanos no país contra as minorias.
A Igreja Católica está pregando o fim de todas as armas nucleares no mundo durante a Conferência da ONU sobre o Tratado de Não-Proliferação de armas nucleares em Nova York. Para fazer esse apelo está usando os arcebispos de Nagasaki e Hiroshima. A Igreja deve realmente pregar a paz entre os povos, mas imaginem se todos os nossos policiais abandonassem suas as armas. Por que os bandidos iriam fazer o mesmo? Eles não seguem as regras e os valores da paz e defesa da vida. Assim são os países párias.
Hoje a Turquia aceitou receber o urânio do Irã e em troca o Irã receberia urânio enriquecido dos EUA, Franca e Rússia. O Brasil fez parte do acordo. Como o Brasil irá contribuir? Não se sabe ainda e eu não consigo imaginar. Mas o Irã já tinha aceitado um acordo parecido e depois voltou atrás e, aparentemente, o novo acordo, é baseado em uma antiga proposta da Turquia que o Irã tinha recusado anteriormente. Os EUA deixaram claro antes do encontro entre Irã, Brasil e Turquia que essa era a última chance do Irã antes que sejam aplicadas sanções. O Irã estava sob pressão. Mas a grande questão não é a troca de urânio, mas se o país vai continuar a enriquecer o urânio. Depois do acordo, a diplomacia iraniana já disse que sim.
Eu já acho que as sanções não irão resolver, imagina um velho acordo gerenciado pelo próprio Irã. Se eu fosse líder israelense continuaria preparando meu país militarmente. A igreja não deve declarar nem remotamente apoio a uma ação militar (apesar de já ter feito isso no passado, durante as Cruzadas), mas deve reconhecer a necessidade de segurança e também que há diversos valores no mundo, inclusive um que prega o fim dos infiéis, especialmente se estes moram em Israel ou nos EUA.
domingo, 16 de maio de 2010
"Now, they show us the bill." (Agora, eles nos mostram a conta)
Angela Merkel está enfrentando um rebelião que se alastra pela Alemanha por conta da ajuda à Grécia. O povo alemão está revoltado pela assinatura do cheque em branco dado pela Alemanha e a França para que a Grécia não destrua o Euro.
A União Européia é uma estrutura política que foi formada lentamente e a adoção do Euro foi uma grande ajuda especialmente para os países mais pobres, que passaram a se financiar no mercado internacional usando a estabilidade do Euro (pagando juros baixos), mas não foram prudentes o suficiente, virou festa. Grécia, Espanha e Portugal estão na mira. Enquanto isso, os países mais estáveis e mais ricos têm de conseguir apoio político para financiar estrangeiros. Fala-se abertamente na França e Alemanha em deixar o Euro. Na Inglaterra, as ações governamentais de 13 anos de governo trabalhista não ajudaram muito e o país, que não aderiu ao Euro, pensa em não se aprofundar mais na burocracia da União Européia. Um referendum para deixar a União Européia foi pensando fortemente nos meios conservadores, mas o Cameron, que a princípio foi a favor, "puxou o barco".
A União Européia é uma estrutura política que foi formada lentamente e a adoção do Euro foi uma grande ajuda especialmente para os países mais pobres, que passaram a se financiar no mercado internacional usando a estabilidade do Euro (pagando juros baixos), mas não foram prudentes o suficiente, virou festa. Grécia, Espanha e Portugal estão na mira. Enquanto isso, os países mais estáveis e mais ricos têm de conseguir apoio político para financiar estrangeiros. Fala-se abertamente na França e Alemanha em deixar o Euro. Na Inglaterra, as ações governamentais de 13 anos de governo trabalhista não ajudaram muito e o país, que não aderiu ao Euro, pensa em não se aprofundar mais na burocracia da União Européia. Um referendum para deixar a União Européia foi pensando fortemente nos meios conservadores, mas o Cameron, que a princípio foi a favor, "puxou o barco".
Zerar tudo
Esta charge do Daily Telegraph de hoje me fez pensar sobre a mania do “new”. Ela mostra que inicialmente o "new Labour" tinha o Blair, depois tivemos o "new new Labour" liderado pelo Brown que fez parte do governo Blair, agora estamos na iminência do "new new new Labour" que será liderado por alguém do governo Brown.
O conservador Chesterton nos disse que “se você quer que o poste seja sempre branco, será preciso pintá-lo constantemente, zelar pela sua limpeza.”. O argumento de Chesterton ressalta tanto a necessidade de vigilância como de busca por uma melhora contínua. Na vida também, devemos lembrar nossas derrotas, por vezes muito dolorosas, para que fiquemos alerta (vigilância) e movamos para frente. As vitórias geralmente ensinam pouco.
A idéia do “new” lembra a destruição do que é velho para se construir do nada. Apaga-se o passado, suas conquistas e derrotas e vamos começar de novo. A charge relembra que na política isso é, na grande maioria dos casos, mentira. Preciso lembrar o caso do Obama? Olhem quem está no poder com ele e quem lhe deu suporte para que se tornasse presidente. O velho político se fantasia de novo ideólogo do novo movimento. Casos extremos também reforçam isso, Hitler também teve de montar uma coalizão para chegar ao poder e aprovar o "Enabling Act", que lhe deu poderes de ditador.
O novo traz consigo também uma semente de destruição de valores. Cameron traz essa semente para o partido conservador inglês e a eleição de Obama trouxe com ela uma alteração profunda no partido Democrata americano. O poste deixa de ser pintado de branco.
Não é o caso de amar o passado e não reconhecer que o novo sempre vem (Belchior - "Como os Nossos Pais"), mas de desconfiar que o aparentemente novo é, na verdade, bem velho e de saber a importância dos princípios que devem mover a política.
O novo traz consigo também uma semente de destruição de valores. Cameron traz essa semente para o partido conservador inglês e a eleição de Obama trouxe com ela uma alteração profunda no partido Democrata americano. O poste deixa de ser pintado de branco.
Não é o caso de amar o passado e não reconhecer que o novo sempre vem (Belchior - "Como os Nossos Pais"), mas de desconfiar que o aparentemente novo é, na verdade, bem velho e de saber a importância dos princípios que devem mover a política.
sábado, 15 de maio de 2010
"Não Li, mas eu acho"
Quando eu era aluno, costumava muito ouvir isso especialmente em aulas de sociologia, filosofia, marxismo I e marxismo II. O cara acha que não precisa ler para entender. Certa vez, li que Claude Lévi-Strauss disse que os alunos e professores brasileiros gostam de resumo, detestavam ir à fonte original. Somos prequiçosos, gostamos de atalhos. Acho que o filósofo belga está certo, mas eu acrescentaria que temos uma preguiça exaltada, pois é muito comum o "não li, mas eu aho"
Pois é, mas parece que não é só no Brasil, ontem eu li que o Eric Holder, advogado-geral do Obama, passou um mês criticando a nova lei de imigração do Arizona, mas não tinha lido. A nova lei tem apenas 10 páginas. O deputado republicano Ted Poe perguntou a ele como ele estava criticando desde o mês passado tão veemente a lei, dizendo que ela trazia possibilidade de crimes pela polícia do Arizona e que ele estava pensando em acionar a constituição se ele não tinha nem lido o texto da lei. O cara teve a coragem de responder que tinha apenas passado o olho e que o que sabia era baseado no que tinha vista na televisão e nos jornais!!!
A lei tem apoio de 60% do povo americano e visa conter a imigração ilegal no Arizona. Mas o Eric Holder quis se apresentar como defensor do povo latino. Está do lado da grande maioria dos políticos. A meu ver, os EUA deveriam realmente aprimorar o controle para evitar os ilegais, o contrabando de drogas usa bastante as fronteiras porosas, mas deveriam também reavaliar a imigração legal, tornar mais palatável a entrada de imigrantes, no país em que a sua história é plena de boas vindas a imigrantes. O Lema da Estátua da Liberdade, inclusive, é de boas vindas a esses: “Give me your tired, your poor, Your huddled masses yearning to breathe free” (mandem-me seus cansados, seus pobres. Suas massas oprimidas que buscam respirar liberdade.) de Emma Lazarus. Além disso, um combate mais eficiente à demanda por drogas dentro dos EUA seria extremamente importante.
Pois é, mas parece que não é só no Brasil, ontem eu li que o Eric Holder, advogado-geral do Obama, passou um mês criticando a nova lei de imigração do Arizona, mas não tinha lido. A nova lei tem apenas 10 páginas. O deputado republicano Ted Poe perguntou a ele como ele estava criticando desde o mês passado tão veemente a lei, dizendo que ela trazia possibilidade de crimes pela polícia do Arizona e que ele estava pensando em acionar a constituição se ele não tinha nem lido o texto da lei. O cara teve a coragem de responder que tinha apenas passado o olho e que o que sabia era baseado no que tinha vista na televisão e nos jornais!!!
A lei tem apoio de 60% do povo americano e visa conter a imigração ilegal no Arizona. Mas o Eric Holder quis se apresentar como defensor do povo latino. Está do lado da grande maioria dos políticos. A meu ver, os EUA deveriam realmente aprimorar o controle para evitar os ilegais, o contrabando de drogas usa bastante as fronteiras porosas, mas deveriam também reavaliar a imigração legal, tornar mais palatável a entrada de imigrantes, no país em que a sua história é plena de boas vindas a imigrantes. O Lema da Estátua da Liberdade, inclusive, é de boas vindas a esses: “Give me your tired, your poor, Your huddled masses yearning to breathe free” (mandem-me seus cansados, seus pobres. Suas massas oprimidas que buscam respirar liberdade.) de Emma Lazarus. Além disso, um combate mais eficiente à demanda por drogas dentro dos EUA seria extremamente importante.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Obama e o Controle da Informação
Para um presidente cuja campanha ficou famosa pela capacidade de uso de todas as mídias para obter votos e para quem, ao assumir, deu um Ipod para a Rainha Elizabeth II, realmente soou muito estranho o seu discurso na Universidade de Hampton, Virginia. No qual ele fala que os jovens estão se distraindo demais com muita informação. Disse que não era adequado 24 horas de informação por 7 dias (o que lembrou o tema da Fox News, rede que ele e seu governo gostam de atacar) por meio de TV, blogs, softwares, ipods e mesmo Playstation. Realmente não sei qual é a informação que um Playstation passa. Em um país livre, todo chefe de governo deve ressaltar que quanto mais informação melhor e valorizar a imprensa livre. Obama está cada vez mais parecido com os líderes cucarachas: discursos populistas e tentativa de controle da mídia. Para os incrédulos, vejam o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=Hwg636CQnrc. A partir de 7 minutos, ele começa a falar sobre a mídia.
Da Série (Mal) Sinal dos Tempos
Acho que essa minha série ultrapassará em muito a seqüência de Rambo. O assunto da vez relaciona os extremos Madre Teresa e Mao Tse Tung.
O Empire State Building, assim como a Torre Eiffel, costuma mudar suas luzes para comemorar algum fato histórico. A Liga Católica fez uma petição para que o prédio mostrasse as cores azul e branca para comemorar o centenário de nascimento de Madre Teresa no dia 26 de agosto. A petição com a assinatura de mais de 6000 pessoas foi negada sem nenhuma explicação. O presidente da Catholic Civil Rights de Nova York, Bill Donohue, notou que o Empire State mudou suas cores para comemorar o aniversário da revolução Chinesa, no qual seu fundador foi responsável pela morte de mais de 70 milhões de pessoas. Madre Teresa recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1979, morreu em 1997 e foi beatificada pelo Papa João Paulo em 2003. Ela fundou a congregação "Misssionária da Caridade”, tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas” pelo seu apoio irrestrito aos pobres. A Liga ainda vai recorrer, mas como disse o papa Bento XVI vivemos em um “Holy Saturday” mesmo, quando Deus jaz em seu túmulo. É a escuridão da morte de Deus que abre as portas para a exaltação da...morte.
O Empire State Building, assim como a Torre Eiffel, costuma mudar suas luzes para comemorar algum fato histórico. A Liga Católica fez uma petição para que o prédio mostrasse as cores azul e branca para comemorar o centenário de nascimento de Madre Teresa no dia 26 de agosto. A petição com a assinatura de mais de 6000 pessoas foi negada sem nenhuma explicação. O presidente da Catholic Civil Rights de Nova York, Bill Donohue, notou que o Empire State mudou suas cores para comemorar o aniversário da revolução Chinesa, no qual seu fundador foi responsável pela morte de mais de 70 milhões de pessoas. Madre Teresa recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1979, morreu em 1997 e foi beatificada pelo Papa João Paulo em 2003. Ela fundou a congregação "Misssionária da Caridade”, tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas” pelo seu apoio irrestrito aos pobres. A Liga ainda vai recorrer, mas como disse o papa Bento XVI vivemos em um “Holy Saturday” mesmo, quando Deus jaz em seu túmulo. É a escuridão da morte de Deus que abre as portas para a exaltação da...morte.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Livros
Tem alguém aí?
Aqui vão alguns livros que li recentemente e recomendo:
1) War - Great Military Writings - John Keegan.
Sensacional. Keegan costuma ministrar aulas para o exercito britânico, já escreveu sobre a História da Guerra e é colunista do Daily Telegraph. Neste livro, ele reuniu grandes textos sobre guerra, desde a Guerra do Peloponeso ate a Guerra do Vietnam.
2) God's Philosophers - James Hannam.
É um livro espetacular que mostra a importância da idade media para a ciência moderna. Imperdível.
3) The Wealth and Poverty of Nations - David Landes
Comecei a ler recentemente e estou gostando muito. O autor deixa claro que a "nature like life is unequal in its favors". O livro foi best seller nos EUA.
4) St. Paul - Pope Benedict XVI
O Papa mostra como se escreve um livro técnico sobre Sao Paulo. Jah tinha lido outros sobre São Paulo, mas este, que é uma compilação de seus discursos no ano paulino (2008-2009), é o melhor.
Aqui vão alguns livros que li recentemente e recomendo:
1) War - Great Military Writings - John Keegan.
Sensacional. Keegan costuma ministrar aulas para o exercito britânico, já escreveu sobre a História da Guerra e é colunista do Daily Telegraph. Neste livro, ele reuniu grandes textos sobre guerra, desde a Guerra do Peloponeso ate a Guerra do Vietnam.
2) God's Philosophers - James Hannam.
É um livro espetacular que mostra a importância da idade media para a ciência moderna. Imperdível.
3) The Wealth and Poverty of Nations - David Landes
Comecei a ler recentemente e estou gostando muito. O autor deixa claro que a "nature like life is unequal in its favors". O livro foi best seller nos EUA.
4) St. Paul - Pope Benedict XVI
O Papa mostra como se escreve um livro técnico sobre Sao Paulo. Jah tinha lido outros sobre São Paulo, mas este, que é uma compilação de seus discursos no ano paulino (2008-2009), é o melhor.
Mal Sinal dos Tempos no País de Burke, Locke, Churchill, Chesterton...
Ontem, assisti aqui na Inglaterra a uma das cenas políticas mais ridículas que já presenciei na política. Dava para percerber o desconforto dos protagonistas. Era a entrevista que mostrava a suposta "união" dos conservadores com os da exterma esquerda inglesa (não é um PSTU ou mesmo PT, que fique claro). Isso foi possível porque o conservador (David Cameron) não é um conservador, muitas vezes seus valores são socialistas e o próprio lema de sua campanha "Big Society" me lembra Mao Tse Tung. Os eleitores conservadores se afastaram do partido de Cameron e ele nem conseguiu maioria dos votos para ser Primeiro-Ministro. Mas a sua ânsia de poder o fez buscar aliança com os liberal democratas de Nick Clegg, dando o cargo (nunca visto) de vice primeiro-ministro (será apontado pela Rainha como todos? Ninguém sabe ainda) para Clegg. O resultado disso será, como diz Gerald Warner, o fim do partido conservador como alternativa de valores. Os eleitores desse partido estão se bandeando para o UKip (quarta força em número de eleitores na eleição de 6 de maio). Quanto tempo vai durar a coalizão Cleggeron? Não se sabe. Minha aposta: não chega a 2011.
Assinar:
Postagens (Atom)