segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Tribunal da Bahia: Estágio só para LGBT


Semana passada,  o papa Francisco disse que homossexualidade não era crime. Era pecado, mas não era crime. Assim,  um país não deveria criminalizar ou perseguir homossexuais.

Muitos católicos disseram: "o que isso tem de mais? Papa está certo".

Quem conhece um pouco de doutrina católica sabe que Francisco está errado e muito errado. Desde sempre, desde a Bíblia, passando pelos doutores católicos e os papas,  foi ressaltado o dever do Estado em defender a alma das pessoas.  

Hoje, temos a notícia de que um Tribunal de Justiça da Bahia resolveu fazer um concurso para estagiários, mas alertou que este concurso é exclusivo para pessoas LGBT. 

Uma discriminação absurda em face da escolha sexual é um absurdo estímulo gayzismo na sociedade em direção a Sodomia.

O que Francisco diria? Isso não é crime?

"Ah não isso não pode"

Se não é crime perseguir homossexuais, porque  o estado não pode estimular o gayzismo, já que temos vagas só para mulheres e negros?

Hoje em dia muitas instituições internacionais, como FMI,  Banco Mundial e ONU, estimulam o mesmo que esse Tribunal de Justiça. Qual é o estímulo para a alma das pessoas?



sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

País Católico? Apenas 8% dos Brasileiros Vão à Missa.

 


Dizem as estatísticas que o Brasil é o "maior país católico do mundo". Pesquisa do the World Values Survey até o ano passado, mostra que na verdade apenas 8% dos católicos brasileiros vão a missa regularmente. Terror. Terrível.

Os dados também explicam a decadência católica francesa. A França empata com o Brasil.

A Nigéria, que eu mostrei na semana passada, que é o país em que há mais mártires católicos do mundo, por conta da perseguição islâmica, é o país onde os católicos são mais presentes. Outro dia, mostrei no Instagram do blog que um dos mártires, padre Isaac Achi, foi queimado vivo. Lá 94% dos católicos vão à missa  regularmente. Espero que as homilias de lá os levem ao encontro da luz divina.

Na América Latina, a Colômbia se destaca positivamente. Enquanto, na Europa, temos a grande Polônia.

Rezemos, esses dados explicam muita coisa, temos um país sem princípios. Não é por acaso que aqui o Espiritismo e pentecostalismo criam raízes.



quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Francisco: 'Faça o que Quiser, Deus lhe Ama"

 

Nova entrevista de Francisco, padre Vierling resumiu o principal: Francisco disse "Deus lhe ama do jeito que você é", isso serve de explicação para o colapso da fé católica e da prática católica. Pois a ideia de pecado e de salvação divina é destruída por essa simples e diabólica frase de Francisco.

Padre Vierling depois postou vários tweets sobre isso, sigam ele no Twitter.

Mas teve mais que saiu da boca de Francisco, é mais uma daquelas entrevistas que eu nem tenho nem coragem de ler.

Vi gente dizendo que ele falou que homossexualidade não é crime, e vi o padre James Martin, grande propagador do movimento LGBT celebrando isso.

Vi Francisco dizendo como se comportou frente ao abusador de freiras padre Rupnik, que foi excomungado mas depois rapidamente absolvido pelo Vaticano. 

Eu parei por aí, cansa muito seguir os escândalos diários deste pontificado.




segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Piores Países em Perseguição ao Cristianismo

 



A  organização Open Doors divulgou seu relatório sobre os 50 piores países em termos de perseguição aos cristãos no ano de 2022. Na América Latina, nós temos entre os 50, Colômbia, Cuba, México e Nicarágua. Venezuela é mencionada, mas ficou na posição 64.

O primeiro lugar no terror ficou com a Coréia do Norte, em segundo lugar, Somália, China em décimo-sexto.

O site Christianity Today fez um resumo do relatório. Aqui vão algumas coisas que traduzi do resumo.

Mais de 5.600 cristãos foram mortos por causa de sua fé no ano passado. Mais de 2.100 igrejas foram atacadas ou fechadas.

Mais de 124.000 cristãos foram deslocados à força de suas casas por causa de sua fé, e quase 15.000 se tornaram refugiados.

A África Subsaariana – o epicentro do cristianismo global – agora também é o epicentro da violência contra os cristãos, já que o extremismo islâmico se espalhou muito além da Nigéria.

Os registros preocupantes de martírios e ataques a igrejas são realmente mais baixos do que no relatório do ano passado. Mas a Open Doors enfatiza que eles são “um número mínimo absoluto” e é rápido em observar que o declínio dos dados não sugere melhorias reais na liberdade religiosa.

Por exemplo, a redução no fechamento de igrejas foi “devida em grande parte” ao fato de as autoridades chinesas terem fechado quase 7.000 igrejas nos dois anos anteriores. E a queda do Afeganistão do número 1 no ano passado para o número 9 este ano “oferece pouco ânimo” porque é motivada por como a maioria dos cristãos afegãos “se escondeu profundamente ou fugiu para o exterior” após a tomada do poder pelo Talibã.

No geral, e igual ao ano passado, 360 milhões de cristãos vivem em nações com altos níveis de perseguição ou discriminação. Isso é 1 em cada 7 cristãos em todo o mundo, incluindo 1 em cada 5 crentes na África, 2 em 5 na Ásia e 1 em 15 na América Latina.

E pela terceira vez em três décadas de rastreamento, todas as 50 nações obtiveram pontuação alta o suficiente para registrar níveis de perseguição “muito altos” na matriz de mais de 80 perguntas da Open Doors. 

O extremismo islâmico continua a causar a maior perseguição (31 nações), especialmente na África subsaariana, onde Open Doors teme que a Nigéria em breve desencadeie “uma vasta catástrofe humanitária” em todo o continente. Os pesquisadores também observaram como a China aumentou as restrições digitais e a vigilância e está “forjando uma rede de nações que buscam redefinir os direitos humanos – longe dos padrões universais e das liberdades religiosas”. E um quarto país latino-americano, a Nicarágua, entrou na lista porque os governos autoritários veem cada vez mais os cristãos como vozes de oposição.

O relatório de hoje também marca os 30 anos da lista, criada pela primeira vez em 1993, após a queda da Cortina de Ferro. 

Primeiro, está claro que a perseguição continua a piorar. O número de países que atingiram o limite da WWL para serem rastreados aumentou de 40 em 1993 para 76 hoje, e a pontuação média do país aumentou 25%.

No entanto, a maior ameaça à igreja não é externa, mas interna, conclui Frans Veerman, diretor administrativo de pesquisa do Open Doors. E 1 Coríntios 12 significa que nenhum crente deve sofrer sozinho.

“A maior ameaça ao cristianismo”, disse ele, “é que a perseguição traz isolamento e, quando continua incessantemente, pode causar perda de esperança”.

Embora a violência e a pressão levem a traumas e perdas significativos, Veerman observou como “muitos entrevistados de nossos questionários continuam dizendo que a maior ameaça não vem de fora, mas de dentro da igreja: 'A próxima geração estará preparada para o tipo de perseguição que estamos testemunhando? Eles são fortes em sua fé e no conhecimento de Cristo e do evangelho?'”

Em relação à América Latina, o Open Doors observou:

A opressão direta do governo contra os cristãos que são vistos como vozes da oposição é comum na Nicarágua (nº 50), Venezuela (nº 64) e Cuba (nº 27), onde líderes cristãos foram presos sem julgamento por sua participação nas manifestações do ano passado. Em muitos países da América Latina, o crime organizado se instalou, especialmente nas áreas rurais para os cristãos que se manifestam contra as atividades dos cartéis.

Das 50 principais nações:

  • 11 têm níveis “extremos” de perseguição e 39 têm níveis “muito altos”. Outras cinco nações fora do top 50 também se qualificam como “muito altas”: Quênia, Kuwait, Tanzânia, Emirados Árabes Unidos e Nepal. (Em seguida, o OD rastreia outros 21 com níveis “altos”. As únicas nações a subir de nível foram a Nicarágua e o Sudão, enquanto a Arábia Saudita e o Sri Lanka foram as únicas nações a cair de nível.)
  • 19 estão na África, 27 na Ásia e 4 na América Latina.
  • 34 têm o islamismo como religião principal, 4 têm budismo, 1 tem hinduísmo, 1 tem ateísmo, 1 tem agnosticismo e 10 têm cristianismo. (A Nigéria é 50/50 muçulmana-cristã.)
  • A lista de 2023 incluiu dois novos países: Comores e Nicarágua. Dois países saíram da lista: Kuwait e Nepal.
Os martírios caíram mais de 275 em relação ao ano anterior, pois a Open Doors registrou 5.621 cristãos mortos por sua fé durante o período do relatório. Representando uma queda de 5%, o número continua sendo o segundo maior desde o recorde de 7.106 mortes em 2016. A Nigéria respondeu por 89 por cento do total.

A Open Doors, no entanto,  é conhecido por favorecer uma estimativa mais conservadora do que outros grupos de defesa, que costumam contabilizar 100.000 martírios por ano.

Algumas tabulações nacionais podem não ser fornecidas devido a razões de segurança, resultando em uma designação “NN” para Afeganistão, Maldivas, Coreia do Norte, Somália e Iêmen.

A Open Doors categoriza as principais fontes de perseguição cristã em oito grupos:

  • Opressão islâmica (31 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam em mais da metade dos países da lista de observação, incluindo 8 dos 10 primeiros no geral. A maioria das 31 são nações oficialmente muçulmanas ou têm maioria muçulmana; no entanto, 5 realmente têm maioria cristã: Nigéria, CAR (No. 24), RDC (No. 37), Moçambique (No. 32) e Camarões (No. 45). (Além disso, este é o principal impulsionador em 15 nações com perseguição suficiente para ser rastreada, mas classificada abaixo do limite da lista de vigilância, incluindo a maioria cristã do Quênia e da Tanzânia.)
  • Paranóia ditatorial (9 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam em nove países, principalmente em nações com maioria muçulmana - Síria (nº 12), Uzbequistão (nº 21), Turquemenistão (nº 26), Bangladesh (No. 30), Tajiquistão (No. 44) e Cazaquistão (No. 48) - mas também na Eritreia (No. 4), Cuba (No. 27) e Nicarágua (No. 50). (Também em seis países que estão sendo rastreados: Angola, Azerbaijão, Bielorrússia, Burundi, Ruanda e Venezuela.)
  • Opressão comunista e pós-comunista (4 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam em quatro países, todos na Ásia: Coréia do Norte (nº 1), China (nº 16), Vietnã (nº 25) , e Laos (No. 31).
  • Nacionalismo religioso (3 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam em três nações, todas na Ásia. Os cristãos são visados principalmente pelos nacionalistas hindus na Índia (nº 11) e pelos nacionalistas budistas em Mianmar (nº 14) e Butão (nº 40). (Também em três nações que estão sendo rastreadas: Israel, Nepal e Sri Lanka.)
  • Crime organizado e corrupção (2 países): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam na Colômbia (nº 22) e no México (nº 38). (Também em três países que estão sendo rastreados: El Salvador, Honduras e Sudão do Sul.)
  • Protecionismo denominacional cristão (1 país): Esta é a principal fonte de perseguição que os cristãos enfrentam na Etiópia (nº 39).
  • Intolerância secular (0 países) e opressão de clãs (0 países): Open Doors rastreia essas fontes de perseguição, mas nenhuma delas é a principal fonte em nenhum dos 50 países da lista de 2023.

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Rezemos pelos perseguidos em nome de Cristo, que eles nos inspirem.


domingo, 22 de janeiro de 2023

Padre James Martin Diz que Casal Gay está Casado.

 

Casamento é apenas entre homem e mulher, ponto final, fim, só, acabou.

Mas o padre jesuíta James Martin, famoso por estimular a causa homossexual, e que já foi recebido muitas vezes pelo papa Francisco sem nunca ter recebido uma advertência, fez um tweet que diz que Pete Buttlieg é casado. Buttlieg é ministro de transportes de Biden que é gay e se diz casado com um homem.

Isso gerou várias reações de  ilustres pensadores católicos, como Edward Feser, Taylor Marshall, Matt Gaspers, J.D Flynn, e outros, pois claramente e publicamente, o padre James Martin se mostra um herético (mais uma vez, né?).

Vejam algumas reações abaixo:










sábado, 21 de janeiro de 2023

Francisco pede "Conversão Ecológica" a Budistas. Jesus não foi lembrado.

 


O site Breibart reporta hoje que o papa, em reunião com budistas, pediu insistentemente que eles fizessem "conversão ecológica".

A palavra "Jesus" não foi citada nenhuma vez, mas por 4 vezes ele pediu "conversão ecológica".

Bom, o que dizer a não ser pedir a Deus insistentemente que nos dê um papa católico?

Que tempos de flagelo,  heim?


sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Caminhada pela Vida 2023.


Continuamos caminhando em favor da vida. Nos Estados Unidos, onde ocorre a caminhada hoje, tivemos a grande vitória contra aborto, com a decisão da Suprema Corte do ano passado de que a decisão de 1973 em favor do aborto foi equivocada. Hoje, em dia são os estados que devem decidir suas políticas em defesa da vida. Comemoramos 50 anos este ano de marcha pela vida lá nos Estados Unidos.

No Brasil, infelizmente, o novo governo já retirou o país da luta contra o aborto. Governo novo se posiciona em favor da morte. Todo mundo sabia que a vitória de Lula significaria a posse do lado da morte de crianças nos úteros das mães.

Rezemos pela vida e lutemos pela vida, mesmo que nossos adversários estejam dentro de nossas casas ou entre o clero de nossa religião.



quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Investigação Adoção Crianças por LGBT: Sodomização e Prostituição de Crianças

 


O site Townhall está divulgando uma investigação sobre a adoção de crianças por um circuito de pessoas LGBT,  com base no que foi descoberto com adoção de dois meninos por dois gays famosos. A investigação viu desgraças inomináveis.

O título da reportagem é (em Português): "Investigamos uma rede suburbana de pedófilos LGBTQ.  Aqui está o que encontramos."

O site The American Catholic alertou que a pessoa que não tem estômago não deve assistir ao vídeo da reportagem nem ler o texto.  É a descrição de sodomização e prostituição de crianças adotadas. 

Eu não tenho coração,  nem nervos, nem cérebro para ver isso 

Mas se você deseja ver a sujeira intensa que se pode encontrar por de trás da adoção de crianças por pessoas LGBT, que por vezes nem formam um casal, deseja ver uma reportagem que nenhuma midia tradicional fará hoje em dia, clique aqui.

Rezemos muito pelas crianças,  oh Deus.

Mateus 18:5-6

"  E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe. Mas, se alguém fizer cair em pecado um destes pequenos que creem em mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o lançassem no fundo do mar."


Julgamento do Vaticano: Crimes, Brigas Novelescas e Ataques contra Francisco

O site The Pillar me parece que é o melhor para seguir o que ocorre no julgamento dos crimes financeiros do Vaticano. Hoje li um reportagem do The Pillar sobre os depoimentos que ocorreram nos dias 12 e 13 de janeiro últimos.

O site pergunta ao leitor: você quer saber de quê? Dos crimes financeiros ou das brigas novelescas entre o clero e mulheres assessoras que envolvem até o Papa Francisco?  As mulheres provocaram um caos no tribunal.

Daí, o leitor pode clicar na reportagem sobre ou crimes ou na reportagem sobre as briguinhas novelescas, entre duas mulheres, o monsenhor Perlasca e o cardeal Becciu.

Bom, sobre os crimes financeiros o texto do site ficou um pouco confuso, pois para entender seria preciso uma apresentação cronológica. Mas, em resumo, é o Vaticano cheio de clero e assessores financeiros roubando ou deixando roubar ou por serem ladrões ou por serem completamente burros em matéria de finanças e esses clero e  assessores contratando conhecidos calhordas ladrões do mercado financeiro que roubaram o Vaticano. Juízes ou jornalistas dificilmente conseguem entender os movimentos financeiros de agentes do mercado. Movimentos que envolvem fundos de investimento, companhias de fachada, etc. E para entender é preciso saber detalhes que muitas vezes os acusados escondem. 

Não iria adiantar eu traduzir o que diz o site sobre os crimes financeiros pois está realmente confuso. Mas se você quer ver o relato dos crimes pelo site é só clicar aqui.

Vou relatar aqui as brigas novelescas que o site divulga. O relato serve mais para se vê o nível da galera que controla e assessora o cofre do Vaticano. No caso das brigas entre as mulheres e os dois do clero também não se chega a nenhuma conclusão, pois ao que parece envolve quatro pilantras. Ah, existe um personagem sempre citado entre os depoimentos: papa Francisco. Francisco aparece de um lado da acusação e depois do outro lado da acusação.

Vejam abaixo a tradução do relato dos depoimentos das mulheres e do cardeal Becciu. 

Na sexta-feira, 13 de janeiro, o tribunal ouviu Francesca Chaouqui e Genoveffa Ciferri. Ambas as mulheres afirmam ter ajudado Mons. Alberto Perlasca, a principal testemunha da acusação, ao redigir as provas que ofereceu aos promotores em 2019 e 2020, durante os estágios iniciais da investigação sobre o cardeal Angelo Becciu.

Mas Ciferri e Chaouqui ofereceram relatos muitas vezes contraditórios e muitas vezes emocionais de como eles aparentemente trabalharam com Perlasca para prepará-lo para depor aos promotores.

O dia delas no tribunal envolveu relatos de suposta tentativa de assassinato, alegações de um podcast secreto anti-Becciu produzido para o papa e um longo e inesperado monólogo de Becciu, no qual o cardeal leu em voz alta e-mails nos quais acusava o papa de se intrometer no caso – e no qual o papa, segundo Becciu, pediu desculpas por se intrometer.

Genoveffa Ciferri é analista aposentada da agência de inteligência italiana DIS e era amiga de longa data de Perlasca.

Ela disse aos juízes na sexta-feira que em 2019 ficou preocupada com seu amigo, a quem chamava de “volpetto” - a pequena raposa - porque naquele ano as instituições financeiras internas do Vaticano começaram a se enfrentar em meio às consequências da fracassada compra de um imóvel luxuoso em Londres.

Ciferri disse ao tribunal que em julho de 2019, no mesmo mês em que o Papa Francisco autorizou uma investigação criminal sobre as finanças da Secretaria de Estado, ela se encontrou com o cardeal Becciu – atualmente em julgamento por peculato, abuso de poder, intimidação de testemunhas e conspiração – para advogar por Perlasca. Cifferi disse que Perlasca queria cooperar com os investigadores na época, mas estava preso “sob o calcanhar” de Becciu.

Na época, Perlasca era chefe do gabinete administrativo da Secretaria de Estado, que cuida dos assuntos financeiros do departamento. Ele se reportou a Becciu até junho de 2018, quando Becciu foi promovido a liderar a Congregação para as Causas dos Santos.

Mas mesmo depois que Becciu foi transferido do departamento, ele continuou ordenando que Perlasca fizesse grandes pagamentos clandestinos a Ceclia Marogna, uma mulher que alegou ter agido como espiã particular de Becciu.

No ano passado, um tribunal italiano considerou que Becciu havia abusado do processo legal ao tentar processar Perlasca e Ciferri por difamação e ordenou que o cardeal pagasse dezenas de milhares de euros em custas e danos.

Ciferri disse ao tribunal na sexta-feira que, durante a reunião de julho de 2019, ela considerou Becciu “uma pessoa esquiva, muito preocupada” com a investigação.

Ela disse que seu encontro com o cardeal terminou quando ela disse a Becciu que havia se tornado sua “inimiga”. No final daquele mês, Perlasca foi transferido da Secretaria de Estado e nomeado promotor da Suprema Corte Canônica do Vaticano.

E alguns dias depois de sua reunião de julho de 2019, Ciferri disse que encontrou Perlasca em um estado “semelhante a um zumbi” e acreditava que ele havia sido drogado.

Ela contatou um jornalista da TV italiana para relatar a “tentativa de assassinato” do padre. Mas os fatos sobre sua alegação não são claros - o tribunal também ouviu depoimentos explicando que Perlasca recebeu Valium após uma "crise histérica".

Por sua vez, Francesca Chaouqui é uma ex-conselheira do Vaticano que foi condenada por um tribunal do Vaticano em 2016 por vazar informações classificadas do Vaticano no chamado escândalo “Vatileaks 2.0”.

Na sexta-feira, Chaouqui testemunhou que havia contatado Ciferri em 2019 e se ofereceu para ajudar Perlasca a apresentar acusações contra Becciu. Chaouqui acrescentou aos juízes que ela culpa Becciu por orquestrar sua prisão e condenação em 2016.

Mas Ciferri disse aos juízes que trabalhou para manter Chaouqui longe de Perlasca, dizendo a ele que estava consultando um magistrado italiano aposentado, porque acreditava que o ex-funcionário do Vaticano condenado complicaria as coisas.

Chaouqui, testemunhou Ciferri, era “como o carvão, quem o toca fica sujo”.

Ciferri também disse que Chaouqui alegou estar trabalhando com policiais e promotores do Vaticano para abrir um processo contra Becciu, 

Mas Chaouqui negou ter trabalhado com promotores ou policiais (gendarmes) do Vaticano. Em vez disso, ela alegou ter fornecido informações sobre Becciu diretamente ao Papa Francisco, fornecendo-lhe atualizações “constantes”.

Chaouqui chegou a dizer que, para ajudar o Papa Francisco a entender o caso contra Becciu, ela providenciou para que Perlasca fizesse uma série de gravações - essencialmente um podcast - apenas para os ouvidos do papa.

Mas, embora Chaouqui tenha depositado no tribunal uma série de arquivos de áudio de Perlsaca, narrando uma série de reivindicações sobre as finanças do Vaticano e o cardeal Becciu em particular, não houve confirmação independente de que eles foram realmente entregues ao Papa Francisco.

Como as mulheres testemunharam na sexta-feira, elas foram frequentemente interrompidas ou falaram umas sobre as outras conforme a tensão aumentava. O juiz principal Giuseppe Pignatone mais de uma vez teve que intervir, com o objetivo de restaurar a ordem no tribunal.

Ele às vezes era bem-sucedido.

Mas no final da sessão de sexta-feira, o cardeal Becciu se levantou para entregar uma declaração “espontânea” ao tribunal, na qual alegou ter sido vítima de vingança – que Chaouqui havia feito um “plano para se vingar” dele.

O cardeal insistiu que o testemunho de ambas as mulheres não era confiável.

Becciu contestou a alegação de Chaouqui de que ela teria acesso direto a Francisco, pelo qual ela teria entregado declarações de Perlasca. O cardeal observou que a ex-conselheira do Vaticano condenada afirma ter melhor acesso ao papa do que ele quando servia como efetivo chefe de gabinete papal.

O cardeal também negou ter aprovado ou orquestrado a prisão e o processo de Chaouqui. Mas ele disse que havia alertado contra a nomeação dela em primeiro lugar: “Recebi relatórios sérios sobre a pessoa dela... Eu disse: 'Esta senhora não é digna de trabalhar aqui no Vaticano'.

O cardeal também afirmou que, após sua condenação criminal, Chaouqui o abordou e pediu que ajudasse a conseguir o perdão papal.

Em um movimento incomum - mesmo para as circunstâncias - Becciu leu ao tribunal o que ele disse ser uma correspondência com o Papa Francisco sobre o pedido, que, segundo ele, Francisco descartou categoricamente.

De sua parte, Chaouqui negou, no tribunal, que alguma vez tenha pedido a Becciu para ajudá-la a obter o perdão. Ela disse que toda a troca narrada por Becciu foi uma invenção.

Mas Becciu também leu para o tribunal o que disse serem e-mails que havia trocado com o Papa Francisco em agosto passado, logo depois que Chaouqui foi saudada por Francisco em uma audiência geral.

Nesses e-mails, o cardeal Becciu acusou o papa Francisco de se intrometer em seu caso criminal.

“Você fala com minha acusadora”, disse Becciu, que escreveu ao papa.

“Com o gesto de ontem, o senhor, Santo Padre, quebrou no processo seu tão aclamado compromisso com a neutralidade. Você saberá que esta senhora aparece nos autos judiciais como uma de minhas acusadoras, agora ao recebê-la, você se solidarizou com ela e apoiou indiretamente suas acusações contra mim!

“Em termos processuais, este ato não será visto como emanado do papa, mas do primeiro magistrado do ordenamento jurídico do Estado do Vaticano e, portanto, como uma interferência no processo.”

O cardeal então leu o que disse ser um e-mail de Francisco em resposta, no qual o papa teria dito que “lamentava que este gesto de saudação pudesse causar danos. Perguntaram-me se a senhora poderia vir com os filhos à Audiência Geral e dar um beijo na mão… e pensei que lhe faria bem, que viesse.”

“Eu digo a vocês que quase esqueci a 'aventura' dessa senhora [sua condenação em 2017 por vazamento de informações secretas], eu nem sabia que ela estava envolvida no julgamento [atual], não vou entrar nisso,” Becciu afirmou que Francisco escreveu para ele.

“Peço desculpas e perdôo se isso o ofendeu. A culpa é só minha, também o hábito de esquecer as coisas ruins. Por favor, perdoe-me se o ofendi. Eu oro por você, por favor, ore por mim”.

Embora Becciu tenha afirmado que o recebimento de Chaouqui por Francisco em uma audiência geral foi uma violação da “neutralidade” do papa em seu caso, o próprio Becciu frequentemente se vangloria de reuniões privadas com Francisco durante o processo judicial e insistiu que o papa lhe garantiu apoio, suporte.

Em 2020, depois que Francisco ordenou que Becciu deixasse a cúria e renunciasse a seus privilégios como cardeal, o papa se juntou ao cardeal para uma missa privada na Quinta-feira Santa no apartamento de Becciu. Acusações criminais contra o cardeal foram apresentadas no final daquele ano.

Em setembro de 2021, Becciu anunciou que Francisco havia telefonado pessoalmente para convidá-lo a comparecer ao próximo consistório do Colégio dos Cardeais e que o papa em breve restabeleceria seus direitos como cardeal - enquanto Becciu compareceu ao consistório e compareceu a outras reuniões públicas do Vaticano, incluindo os funerais do Papa Bento XVI e do Cardeal George Pell, seus direitos como cardeal não foram restaurados.

Em novembro, Becciu teve uma audiência privada com o papa, dois dias depois que os promotores do Vaticano apresentaram novas evidências contra o cardeal, mostrando que Becciu havia gravado secretamente o papa discutindo segredos de Estado e supostamente conspirado com membros de sua família para desviar fundos da Igreja.

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É tudo um caos de incompetência, falsidade e roubo, muito roubo.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Papa Francisco Teria Soltado Palavrões e Heresias em Reunião com Seminaristas.

Vários sites e blogs especializados na Igreja Católica estão reportando que o papa Francisco desprezou o texto que escreveram para ele falar em uma reunião com seminaristas de Barcelona e falou vários pensamentos assustadores em matéria de doutrina da Igreja e ainda soltou vários palavrões terríveis. 

Em especial, Francisco mostrou completo desprezo a ideia de arrependimento do pecado. Os padres nunca devem negar o perdão, mesmo que a pessoa não se arrependa. Sobre os palavrões, são realmente de assustar um "marinheiro", como disse um site. 

A notícia chegou hoje ao site The Church Militant, então eu li, mas pesquisei qual era fonte original. Há reportes disso em inglês, italiano e espanhol. O conhecido jornalista  e escritor italiano Aldo Maria Valli foi um dos relatou o que aconteceu.

O primeiro a reportar isso segundo pesquisei foi um site de Barcelona chamado Germinans Germinabit. O dono do site colheu testemunhas entre os seminaristas e divulgou. O site escreveu outro artigo sobre o assunto e esclareceu que as palavras do Papa foram reportadas por muitos informantes,  "a coincidência com relação às palavras mais chocantes ditas pelo Papa é quase milimétrica”.

Um bom resumo foi feito pelo Daily Compass.

O papa teria dito aos seminaristas que eles não deveriam ser  "rígidos", "clericais", deveriam perdoar mesmo quem seguramente não se arrepende, pois "“Nunca podemos negar a absolvição, porque nos tornamos um veículo para um julgamento perverso, injusto e moralista”.

Quais foram as palavras de baixíssimo calão usadas pelo papa Francisco? Vou colocar aqui como traduziram para o inglês. Francisco estava criticando padres "rígidos" e "moralistas" e disse?

- Em inglês:  "fucking careerists who fuck up the lives of others." "those who climb to show their ass"

- Em português: "os malditos carreiristas que fodem a vida dos outros". "aqueles que sobem pra mostrar a bunda".

Se você for ler todos os textos que li, verá muitas heresias ditas sem qualquer cuidado por Francisco, infelizmente. Heresias são bem mais relevantes que palavrões. Mas palavrões também mostram o que há dentro do coração. Quem acompanha o que diz e faz Francisco, duvida que ele tenha pronunciado tais palavrões?

O Vaticano não irá confirmar o acontecido, apenas o documento que o papa supostamente jogou fora, chamando-o de chato, e não leu. Os sites revelam que o documento que o papa tinha em mãos tratava de São Manuel Gonzalez Garcia (1877-1940), conhecido pelo seu amor a Eucaristia, conhecido como o "santo dos tabernáculos abandonados".

Isso que falo são apenas fofocas? Podem ser. Mas são relatos importantes e revelam palavras fortes que são corriqueiramente ditas em público por Francisco, como seus ataques a padres conservadores chamando-os de "rígidos", "clericais" e moralistas". A novidade aqui são a heresia de não se preocupar com o arrependimento na hora de absolvição dos pecados e os palavrões, sem falar no desprezo a São Manuel Gonzalez Garcia.

Um padre, nem mesmo um leigo, pode pensar ou dizer tal heresia. Com relação aos palavrões, não desprezo que há momentos que possam ser ditos por leigos, mas nunca por um papa.

Bom, rezemos.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Era do Barbarismo contra Crianças. Esquerda Abraça a Morte


A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou projeto de lei ontem que trata do caso em que uma mãe tenta matar seu filho no ventre em uma clínica, mas, por uma graça, a criança conseguiu sobreviver a essa tentativa de aborto. O que deve ser feito com a criança? A lei protege a vida da criança e ainda protege a mãe de ser criminalizada. De acordo com o projeto de lei, os profissionais de saúde que não cumprirem os requisitos de atendimento à vida da criança podem enfrentar multas ou até cinco anos de prisão. O projeto de lei não impõe penalidades à mãe e concederia à mãe proteção contra qualquer tipo de processo.

Vejam como votaram ontem os deputados federais dos EUA sobre lei que protege crianças que sofreram tentativa de aborto.

Os Republicanos votaram 100% em favor da lei, enquanto apenas um 1 deputado da esquerda votou a favor. É o terror, é a barbárie, aceita abertamente pelo Partido de Obama, Clinton e Biden.

O projeto de lei foi aprovado pelos republicanos que têm maioria na Câmara, mas a lei não deve passar no Congresso americano, pois o Senado é liderado pela esquerda.

Assim, se a criança sobreviver à tentativa de aborto. ela  deve morrer por outros meios, como morrer de inanição, de fome. 

Cabe dizer, que durante o governo Obama, eu escrevi várias vezes aqui no blog que Obama, quando era senador por Illinois, defendeu justamente isso, a criança deve ser deixada para morrer por inanição. Existe gravação de Obama dizendo isso, mas ninguém no Brasil acreditava no que eu dizia, pois Obama para eles era um cara "iluminado, do bem".

Finalmente, e ainda mais triste do que o fato de a lei não passar no Congresso por causa do senado, é que na população a posição da esquerda tem muito mais voto entre os jovens e as mulheres solteiras, como ficou provado na última eleição para deputados e senadores. A esquerda na Câmara só revela a desgraça que ocorre na sociedade, a barbárie contra crianças está disseminada e aceita.

Rezemos muito, o mundo acelera o precipício.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Roberto de Mattei: Bento XVI era Acadêmico, Não Exerceu Autoridade. Renunciou sem Razão.


John-Henry Westen, do Life Site News, entrevistou o renomado teólogo Roberto de Mattei, considerado uma autoridade mundial sobre a história da Igreja Católica, especialmente sobre o Concílio Vaticano II. O tema da entrevista foi: qual foi o momento mais sombrio do pontificado de Bento XVI.

Traduzo abaixo o que disse de Mattei sobre Bento XVI.

De Mattei conta que foi chamado pelo então cardeal Ratzinger para um encontro entre intelectuais na França para debater liturgia, em julho de 2001. Para Ratzinger era muito importante a restauração da liturgia.

De Mattei disse que o motu proprio Summorum Pontificum de 2007 é o ponto mais alto do pontificado de Bento XVI. O documento é muito coerente com as preocupações litúrgicas de Bento XVI desde muito tempo.

De Mattei diz que seria um exagero dizer que Bento XVI se converteu depois de se comportar como especialista teológico progressista no Concíclio Vaticano II, mas que houve sim uma mudança de atitude de Bento XVI frente aos efeitos dos documentos ambíguos do Concilio. 

De Mattei disse que houve uma divisão entre os teólogos progressistas após o Vaticano II, entre uma ala mais radical e outra mais moderada. Ratzinger foi da ala moderada.  A ala moderada de Ratzinger criou a revista Communion, enquanto a ala radical criou a revista Concilium. Para a ala radical, Vaticano II deveria ser uma revolução dentro da Igreja. Enquanto os moderados desejam ver o Vaticano II como uma continuidade dentro da Igreja.  Assim temos a abordagem de Ratzinger de hermenêutica da continuidade em relação ao Vaticano II. 

De Mattei argumenta que Ratzinger, como prefeito da congregação da fé, é o autor real por trás do novo catecismo da Igreja aprovado por João Paulo II. De Mattei também lembra que Ratzinger liderou a condenação da Teologia da Libertação no pontificado de João Paulo II. 

O entrevistador ressalta,  no entanto,  que Ratzinger era muito caridoso com heréticos,  dialogava com eles, e tinha muita dificuldade em condená-los. E talvez isso facilitou sua queda, pois os heréticos ficaram em volta dele, como o cardeal Tarcísio Bertone.

De Mattei responde lembrando São Pio X que enfrentou o modernismo com a ajuda de seu secretário de Estado,  cardeal Maria del Valle. Eles enfrentaram o modernismo não apenas com teologia,  mas com santidade e boa governança da Igreja, intervindo nos seminários,  nas universidades e condenando livros heréticos.

Isso não aconteceu com Bento XVI.

De Mattei acha que Bento XVI sempre se considerou um professor,  daí até no título que se deu, papa emérito, lembra o professor emérito das universidades. Mas ele deveria saber que como papa deveria ser diferente.

Bento XVI gostava de confrontação intelectual. Logo que se tornou papa, ele recebeu Hans Kung, que de Mattei considera um dos maiores heréticos do século XX. Pio X nunca faria isso. Isso é problemático, pois nós temos que lembrar que um papa é o homem que governa a Igreja.

De Mattei criticou o fato de Bento XVI durante seu pontificado ter escrito três livros sobre Jesus Cristo. Para de Mattei um papa não deveria despender seu tempo escrevendo livros privados, haveria de governar a Igreja e especialmente condenar heresias.

Daí, de Mattei diz que concorda com cardeal Burke e com o arcebispo Schneider. O momento mais sombrio de Bento XVI é sua renúncia. De Mattei diz que até hoje a renúncia é inexplicável. De Mattei diz que muitas pessoas acreditam que haviam grandes pressões sobre ele, mas em toda a história da Igreja praticamente todos os papas sofreram grandes pressões. Enquanto o próprio Bento XVI e o seu secretário Ganswein negaram que foram as pressões que o forçaram a renunciar. Então, parece que a única razão seria que Bento XVI estava muito cansado. Mas ele morreu com 95 anos, o papa mais velho da história. Ele viveu mais como emérito do que como papa. O segundo ponto é que quando pessoas souberam da renúncia, as pessoas presumiram que ele iria para um monastério, sem participar da vida da Igreja. Mas ele assumiu um título desconhecido de emérito e continuou assinando como papa.  A ideia de que há dois papas na Igreja é impossível dentro da Igreja. O que aconteceu é que alguns acreditaram que o verdadeiro papa era Bento XVI. Bento XVI trouxe confusão para a Igreja.

De Mattei diz que entende que é muito estranho que sem qualquer pressão Bento XVI tenha renunciado. Mas essa é a realidade.

Para De Mattei, ele se achava cansado e viu a falha da sua ideia de hermenêutica da continuidade em conter a autodemolição da Igreja e achou que podia renunciar.

De Mattei argumenta que não se pode vencer a crise da Igreja apenas com debate teológico é preciso condenar as heresias do tempo e os heréticos. É preciso lutar com as armas da oração e da condenação. 

Então, eles passam a tratar na entrevista de como Francisco tem perseguido o clero conservador e protegido padres escandalosos. De Mattei diz que enquanto Francisco abusa de sua autoridade, se comporta como um ditador, Bento XVI nem ao menos exercia a sua autoridade.

 

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Mais Revelações de Ganswein sobre Bento XVI no Pontificado de Francisco


A Reuters comenta hoje mais revelações feitas no livro de Georg Ganswein sobre o que Bento XVI pensou sobre as ações e palavras de Francisco.

A Reuters destaca que:

1) Bento XVI ficou surpreso pois Francisco nunca respondeu aos quatro cardeais que questionaram o seu documento Amoris Laetitia que parece abrir as portas para a comunhão de divorciados (lembram da história do Dubia em que 4 cardeais questionaram Francisco em 2016, e até hoje não obtiveram resposta?);

2) Revela que Bento XVI criticou as respostas que Francisco deu sobre aborto e homossexualidade;

3) Bento XVI considerou um erro restringir a missa latina (comentei isso aqui ontem);

Bom, as revelações me parecem meio óbvias, caso se compare mesmo que rapidamente as personalidades e a teologia de Francisco e Bento XVI. Francisco tem abordagem teológica bem mais rasteira (para dizer o mínimo)  e sua personalidade frente ao clero é bem mais política (divisiva), favorecendo instituições e políticos globalistas.



segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Bento XVI Soube Pelos Jornais o Ataque à Missa Latina.


O arcebispo Georg Gänswein declarou recentemente que o documento Tradiionis Custodes de Francisco "partiu o coração" de Bento XVI. 

Agora que ele lançou o livro acima chamado "Nient'altro che la Veritá: La mia vita al Flanco de Benedecto XVI" (algo como "Nada além da verdade: minha vida ao lado de Bento XVI"), alguns foram atrás de saber como Bento XVI recebeu esse documento de Francisco que procura eliminar a liturgia tradicional da Igreja Católica.

Em resumo, Bento XVI soube pelos jornais do documento, teve que ouvir Francisco dizer que ele estava fazendo aquilo em nome das "intenções verdadeiras de Bento XVI" e  também ouvir  Francisco dizer que tinha consultado todos os bispos para emitir o documento.

Sandro Magister relatou o que diz o livro em sue blog, traduzo abaixo:

Quando e como Francisco desfez a paz litúrgica que Bento criou

Que o Papa Francisco “partiu o coração” do Papa Bento com a proibição do antigo rito em latim simplesmente não está escrito em nenhum lugar, com essas palavras exatas, no livro “Nothing but the Truth” no qual Georg Gänswein relata sua vida ao lado do falecido papa, prestes a ser lançado em vários idiomas, em inglês pela Ignatius Press.

Mas nas quatro páginas do livro que descrevem o que aconteceu naquela ocasião, está toda a amargura que Bento sentiu em 16 de julho de 2021, quando “descobriu, folheando 'L'Osservatore Romano' naquela tarde, que o Papa Francisco havia dado palavra do motu proprio 'Traditionis custodes' sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma de 1970”, com o qual limitou quase a ponto de suprimir a liberdade de celebrar a missa no antigo rito que o próprio Bento tinha permitida em 2007 com o motu proprio “Summorum Pontificum”.

Bento XVI “leu o documento com atenção” e “quando lhe pedi uma opinião” – conta Gänswein – disse que a via como “uma mudança de rumo decisiva e a considerava um erro, pois punha em risco a tentativa de paz levada a cabo catorze anos antes.”

O papa emérito “considerou em particular que era errado proibir a celebração da missa no antigo rito nas igrejas paroquiais, pois é sempre perigoso colocar um grupo de fiéis em um canto, fazendo-os sentir perseguidos e inspirando neles a sentimento de ter que resguardar a todo custo sua identidade diante do 'inimigo'”.

E não acabou aí; pelo contrário. “Depois de alguns meses, lendo o que o Papa Francisco havia dito em 12 de setembro de 2021 durante a conversa com os jesuítas eslovacos em Bratislava, o papa emérito franziu a testa para uma de suas declarações: 'Agora espero que com a decisão de parar o automatismo de do antigo rito podemos voltar às verdadeiras intenções de Bento XVI e João Paulo II. Minha decisão é resultado de uma consulta a todos os bispos do mundo feita no ano passado’”.

“E ainda menos apreço”, continua Gänswein, “foi despertado nele pela anedota que o pontífice contou logo depois disso”. Uma anedota assim transcrita por “La Civiltà Cattolica”, na qual foi publicada toda a conversa entre Francisco, os jesuítas da Eslováquia:

“Um cardeal me disse que dois padres recém-ordenados o procuraram pedindo permissão para estudar latim para poder festejar bem. Com senso de humor, ele respondeu: ‘Mas há muitos hispânicos na diocese! Estude espanhol para poder pregar. Então, quando você tiver estudado espanhol, volte para mim e eu lhe direi quantos vietnamitas existem na diocese e pedirei que você estude vietnamita. Então, quando você aprender vietnamita, eu lhe darei permissão para estudar latim.' Então ele os fez 'terra', ele os fez voltar à terra."

Para Joseph Ratzinger, o que “parecia incongruente” – escreve Gänswein – era sobretudo “aquela referência às suas 'verdadeiras intenções'”, à qual Francisco disse querer voltar, quando na realidade o motu proprio “Traditionis custodes” ia inteiramente contra o propósito de Benedict, conforme resumido na entrevista do livro de 2010 “Luz do Mundo”: “Meu principal motivo para tornar a liturgia anterior mais disponível foi preservar a continuidade interna da história da Igreja.” Isto porque “numa comunidade em que a oração e a Eucaristia são as coisas mais importantes, o que antes era sumamente sagrado não pode estar totalmente errado. A questão era a reconciliação interna com nosso próprio passado, a continuidade intrínseca da fé e da oração na Igreja”. 

Além disso, depois de ler que o Papa Francisco justificou sua decisão como “resultado de uma consulta com todos os bispos do mundo realizada no ano passado”, para Bento XVI “permaneceu misterioso por que os resultados da consulta não foram divulgados”. Tanto mais que ele, como Papa, após a publicação do “Summorum Pontificum” em 2007, “perguntou regularmente aos bispos, por ocasião de suas visitas 'ad limina', como estava ocorrendo a aplicação dessa legislação em suas dioceses, obtendo sempre disso uma impressão positiva.”

Isso encerra o que o relato de Gänswein tem a dizer sobre esse episódio. 


sábado, 7 de janeiro de 2023

New York Times Critica Homilia e Missa de Francisco a Bento XVI


Tenho lido algumas críticas, algumas pesadas, a Francisco por conta de suas ações frente a morte e ao funeral de Bento XVI. As críticas se centram especialmente na fraqueza da homilia de Francisco, que reduziu Bento XVI ao pensamento teológico ao gosto de Francisco, e por conta da simplicidade, erros litúrgicos e rapidez da cerimônia.

Não ia tocar no assunto, pois isso exigiria que eu conhecesse a fundo como o Vaticano deve se comportar liturgicamente diante da morte de um papa, mesmo aquele que tenha renunciado. E eu não tenho conhecimento disso. Além de ter que presenciar o funeral ou pelo menos assisti-lo todo e que eu tivesse lido a homilia de Francisco. E eu não fiz essas coisas.

Mas uma vez que o assunto chegou ao New York Times, um jornal conhecido por ser de esquerda, o assunto tomou maiores proporções.

Recomendo também a leitura do que escreveu sobre o assunto o site Caminante/Wanderer, que pesquisou sobre o que o Vaticano fez para o funeral e teceu várias críticas. O site Caminante/Wanderer é escrito em espanhol. O site chegou a dizer que o Vaticano não colocou nem a bandeira a meio pau pela morte de Bento XVI, dentre outras acusações, que eu não posso comprovar.

O texto do New York Times é fechado, precisa pagar para se acessar, mas com o apoio de um amigo, eu consegui lê-lo.

Aqui vai a tradução de parte do texto New York Times:

Alguns Encontraram Falhas na Homilia de Francisco para Bento XVI

Por Jason Horowitz e Ruth Graham

CIDADE DO VATICANO - A natureza incomum do funeral de quinta-feira do Papa Emérito Bento XVI, presidido por seu sucessor, o Papa Francisco, apenas aumentou a curiosidade sobre o curso que Francisco tomaria para homenagear Bento XVI.

Francisco optou por uma homilia que refletia sua própria visão da Igreja Católica, mas nem todos estavam satisfeitos com sua abordagem. Michael Hesemann, biógrafo e amigo de Benedict, chamou-o de “pouco usual”, e um teólogo e um escritor da Pensilvânia descreveu isso como "uma espécie de tapa na cara". “Você poderia ter dado a mesma homilia para qualquer um, qualquer cardeal, qualquer bispo ou mesmo o açougueiro da casa ao lado”, disse Hesemann.

Para alguns católicos americanos, a brevidade da homilia e impessoalidade foram vistos como uma afronta de um papa que fez tudo para desfazer muitas das prioridades de assinatura de Bento XVI.

Bento XVI foi uma estrela-guia para os católicos conservadores nos Estados Unidos, que o viam como uma figura de destaque para uma espécie de compromisso doutrinário e rigor que eles viam faltando noigreja sob Francisco.

Francisco prestou homenagem a Bento por ter vivido o evangelho “por toda a sua vida” citando repetidamente as palavras de seu predecessor. Francisco refletiu a crença central do teólogo de colocar Jesus no centro da vida, meditando sobre como Jesus se colocou mãos de Deus.

“Achei que isso era uma espécie de bofetada em Benedict”, disse Larry Chapp, um teólogo e escritor que tem uma pequena fazenda em Pensilvânia, se descreve como um “relativamente conservador católico” e lidera  um círculo onde Bento é reverenciado como um grande herói da fé.

Outros foram mais duros. Em uma postagem no blog do The American Conservador, o ortodoxo oriental e ex-católico, o escritor Rod Dreher chamou a homilia de “um ato de desrespeito explicável apenas como um exercício de desprezo”. “Ele poderia ter feito esta homilia para seu mordomo”, Dreher escreveu.

Para muitos, a abordagem de Francisco parecia insignificante em comparação com Homilia de Bento no funeral do Papa João Paulo II: uma ode eloquente e sincera à vida e ao legado de uma figura maior que a vida que administrou a igreja por mais de um quarto século.

E além da homilia, o próprio serviço foi mais curto e mais simples do que um funeral papal típico, mesmo que a aparente a simplicidade fosse desejada por Bento XVI.

Michael Heinlein, um escritor que está trabalhando em uma biografia do cardeal Francis E. George disse: “Havia um certo sentido que a missa foi apressada, que era um esqueleto". Ele assistiu o funeral ao vivo de sua casa em Indiana, onde o o procedimento começou às 3h30.

Sr. Heinlein, que achou a homilia nada impressionante , também, disse que voltaria a ela para ler e refletir. “Quando eu olhar para o texto, tenho certeza que vou ver coisas novas nela”, disse ele.

O Sr. Hesemann, o biógrafo, disse: “Benedict merecia a mesma categoria de funeral de João Paulo II — estou um pouco triste porque houve escassez na cerimônia em si.”

Ao entrar no Vaticano após o culto, ele acrescentou que enquanto Bento “teria sido o primeiro a dizer que eu só quer um funeral simples, ele merecia mais".

Mas ele admitiu que o ex-papa não teria se magoado: “Ele era a pessoa mais misericordiosa”.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

"A Maior Contribuição de Bento XVI para a Igreja: Papa Francisco"

 


Essa afirmação de um texto de Ed Condon para o site The Pillar é incontestável, apesar das inúmeras passagens brilhantes dos artigos e livros acadêmicos de Bento XVI. 

É incontestável por três simples razões: 
1) ele renunciou;
2)  Bento XVI sempre mostrou seu apoio às decisões de Francisco seja em fotos com Francisco ou com seu silêncio, e 
3) Bento XVI passou mais tempo usando o título que ele mesmo se deu (papa emérito) do que de papa.

O texto de Ed Condon é muito bom e faz uma análise completa, apenas com o defeito de não mostrar como Francisco agiu para desmantelar todo o legado de Bento XVI como papa,  seja na escolha dos cardeais,  seja na proteção da Teologia da Libertação,  seja na destruição da missa latina, seja no relacionamento com a China,  seja na veneração a Pachamama,  seja no apoio ao globalismo esquerdista.

Interessante foi Condon dizer que se Bento XVI tivesse esperado alguns meses Francisco não teria sido eleito pois tinha afastado do conclave por idade vários eleitores de Francisco.

Leiam o texto de Condon clicando aqui.



terça-feira, 3 de janeiro de 2023

O Papa do Helicóptero em Fuga.

Essa é a imagem mais importante de todo o pontificado Bento XVI, mostra ele abandonando o papado de helicóptero depois de renunciar.

Muita gente pode elogiar os escritos de Bento XVI com toda razão e chamá-lo de defensor da tradição da Igreja, mas acho incorreto chamá-lo de fiel. Ele nunca respondeu profundamente por que deixou o pontificado, nem nunca respondeu corretamente por que criou a tal nomeação de papa emérito.

Bento XVI me lembra dois pensadores que eram muito orgulhosos de seus escritos filosóficos, um virou santo e outro é um filósofo cético e abstrato. Bento XVI me lembra o cardeal Newman e o filósofo Immanuel Kant. Quando se ler os escritos de Newman e Kant o orgulho que eles tinham de si mesmos escorre pelas páginas dos livros. Leiam "Apologia pro Vita Sua" de Newman ou "A Paz Perpétua" de Kant e vejam o orgulho imenso deles por eles mesmos. Bento XVI durante seu pontificado resolveu escrever uma trilogia sobre Jesus Cristo, brilhante, mas ele tinha tempo para isso? A Igreja não tinha inúmeros problemas, inclusive de pedofilia e padres homossexuais usando dinheiro da Igreja para pagar seus amantes? 

Os três Newman, Kant e Bento XVI eram acadêmicos demais, orgulhosos demais.

Minha definição de Bento XVI é do papa que não se atormentava. Uma pessoa precisa ser atormentada em todas as suas ações pelo temor a Deus, Bento XVI não tinha isso.

Li dois artigos interessantes sobre Bento XVI.

O primeiro é uma entrevista de arcebispo alemão Georg Ganswein que estava no helicóptero de fuga junto com Bento XVI, ele era secretário particular de Bento XVI. Ele disse que todos no helicóptero choraram, menos Bento XVI, ele não se atormentou.

Na entrevista, ele diz também que Bento XVI se abriu para ele quando descobriu que Ganswein tinha passado três anos na Universidade de Munique, o que mostra o apreço gigante que Bento XVI tinha de intelectuais da academia. 

Ganswein diz ainda que Bento XVI não quis seguir o modelo de João Paulo II ( e de todos os outros papas desde 1294) e ficar no cargo até o fim, porque, segundo Bento XVI, ele tinha a vida dele e as fraquezas dele. Os outros papas aparentemente não tinha isso.

Ganswein também disse que Bento XVI resolveu continuar usando o nome de Bento XVI, se vestindo de branco e resolveu assinar como papa emérito por causa da circunstância. Bom, há muito tempo um papa não cometia o imenso erro de renunciar, mas nunca ninguém além de renunciar se arrogou para si um título honorífico inexistente.

Além disso, Ganswein diz que só tinha um papa depois da renúncia, Francisco.

Leiam a entrevista de Ganswein clicando aqui.

segundo texto é um ótimo artigo de Damian Thompson (cliquem aqui para lê-lo), ele descreve muito bem os erros e acertos de Bento XVI, Thompson diz que Bento XVI renunciou e viu o seu sucessor desmantelar seu legado. Verdade. Mas Thompson chama Bento XVI de papa "atormentado".  

Eu discordo disso, faltou o tormento sadio em Bento XVI.

Rezemos pela alma de Bento XVI. Descanse em paz.