terça-feira, 22 de setembro de 2015

Relativismo Religioso: Da Macumba ao Talibã


Nos Estados Unidos, o candidato a presidente, o renomado neurocirurgião pediatra, Ben Carson, disse que não desejava que os Estados Unidos tivessem um presidente muçulmano. Isso virou uma enorme controvérsia. Mas ele está errado?

No Brasil, no final de semana passado, eu vi na televisão que houve uma caminhada no Rio de Janeiro em nome da liberdade religiosa. Ao que parece, a motivação foram ataques a centros de candomblé.

Apreceram na televisão um representade da arquidicocese no Rio e um muçulmano defendendo a liberdade religiosa, além de vários membros do candomblé.

Todos disseram que todos têm direito a sua religião.

Será?

Uma religião não pode fazer um mal enorme a uma pessoa e também ao mundo?

A Universidade Al-Azhar, a mais importante universidade islâmica do mundo,  disse que o Estado Islâmico é sim Islâmico. Outro dia, eu mostrei aqui que a Arábia Saudita se  assemelha ao Estado Islâmico, crucificando infiéis.

Aliás, ninguém pode defender o catolicismo na Arábia Saudita. Outro dia esse país proibiu uma revista de circular simplesmente porque tinha o Papa Francisco na capa.

O candomblé faz bem à sociedade? Eu acho que não.

A Igreja Católica parece achar que faz bem sim. Atualmente, parece achar que todas as religiões são boas.

Não defendo agressões estúpidas a ninguém. Mas sou contra a burrice.

O Papa Bento XVI certa vez condenou a encíclica Nostra Aetate porque essa encíclica não diz que uma religião pode ser maligna. Ninguém deu atenção às palavras dele. Mas ele está certo.

O politicamente correto emburrece perigosamente o mundo. Mata pessoas, destrói vidas.

Vejam um exemplo que li ontem.

Ontem li que no Afeganistão soldados americanos que lutam contra o Talibã viram que os próprios afegãos muçulmanos aliados dos americanos fazem atrocidades, como amarrar um garoto e fazer dele um escravo sexual de muitos.

Mas os soldados que se levantam contra essas atrocidades sofrem punições do governo. O site Dyspetic Mutterings relatou a situação.

Tudo em nome da "liberdade religiosa", fechando os olhos para a falta dessa liberdade em países islâmicos.


5 comentários:

Unknown disse...

Prezado Erik

Sou leitor assíduo do seu blog, por isto gostaria de realizar um comentário sobre este seu ultimo post.
Sou membro da comissão de direito de liberdade religiosa da OAB-Pr e confesso que ainda não consegui formar uma opinião verdadeiramente católica sobre o assunto.
Ingressei na comissão em razão de um convite de um amigo, pois tentei formar um grupo de juristas católicos, mas sem sucesso.
Nesta comissão costumamos debater temas de interesse comum, como é o caso da ideologia de gênero.
Evitamos entrar em assuntos ligados diretamente a religião e abordamos o direito a liberdade religiosa.
Meu objetivo ao entrar na comissão era tentar colaborar de alguma forma para que pudéssemos continuar com nosso direito de ser católicos.
Assim, poderiamos continuar nosso apostolado católico, falando contra a ideologia de gênero, contra a sodomia, pleiteando a manutenção dos crucifixos nos tribunais e assim por diante.
Mas também tenho certa dificuldade com relação a o que fazer com meu próximo que está em uma religião que poderá levá-lo ao inferno.
Logo, costumo defender a possibilidade do diálogo amigável para tentar colaborar de alguma forma, mas principalmente, se prioriza o direito de liberdade religiosa dos outros.
Assim, costumo tolerar o pensamento diferente, admitindo que o próximo tem o direito de pensar diferente, respeitando a liberdade de cada um.
Em paralelo a isto procuro agir da forma mais católica que minha pequenez permite e sempre que necessário ressaltar a nossa fé.
Não sei se estou certo ou errado, mas foi um caminho que encontrei para tentar fazer algo para colaborar com a manutenção do nosso direito de continuarmos sendo católicos.
Caso pense diferente, ficaria muito agradecido se pudesse apresentar aqui seu pensamento, pois com seu conhecimento certamente esclarecerá muito o assunto.
Um Cordial abraço.

Pedro Erik Carneiro disse...

Caro Jacyr,

Muito obrigado pelo seu comentário. Fiquei honrado com suas palavras.
Gostaria também de parabeniza-lo pelo seu esforço. Tenho plena certeza da importância do seu trabalho e sei também que pode ser bem difícil.

Bom, durante a história da Igreja muitos santos enfrentaram heréticos, por vezes dentro da própria Igreja, como são Roberto Belarmino, Santo Inácio de Loyola, São Francisco de Assis , São Nicolau, e por aí vai.

Olhando para o exemplo deles, observa-se, ao meu ver, quatro características:
1. Conhecimento da religião católica. Se um protestante diz Maria não é deusa, um católico deve saber responder com conhecimento.
2. Firmeza na defesa da fé.
3. Não fugir do debate religioso. Os santos estavam sempre de prontidão.
4. Ser caridoso. Sem caridade não se faz nada, muito menos conversão. Procurar atacar a heresia e não o herético.

Hoje em dia a Igreja foge do debate e os padres são pessimamente preparados, infelizmente.

E prepare-se. Se vc seguir os santos será perseguido pelo mundo, como Cristo alertou. Talvez pode ser perseguido pela própria Igreja, como santos foram.

Espero ter ajudado.

Abraço,
Pedro Erik

Unknown disse...

Muito obrigado pelas palavras esclarecedoras e de apoio.
Caminhar hoje sem um pastor eficiente não tem sido fácil, por isto temos que procurar ajuda onde a podemos encontrar.
Parabéns pelo seus blogs.
Que Deus continue lhe abençoando muito e lhe dando força para continuar este ótimo trabalho.
No aguardo do lançamento do seu livro.

Um cordial abraço

Pedro Erik Carneiro disse...

Amém, caríssimo Jacyr.
Que Deus abençoe vc, seu trabalho e sua família.
Abraço,
Pedro Erik

Estanislau Tallon Bozi disse...

Todos podem professar a fé que desejarem e até a não-crença.

Nossa religião é de adesão pela vontade e não pela força.

Temos que divulgar nossas ideias, nossos valores e ideais.

Apenas isso. Aquele de boa vontade, e com honestidade, poderá livremente à Verdadeira Fé.

Obviamente, há religiões que não são boas. Mas há fragmentos da verdade em qualquer lugar, até mesmo no ateísmo. No entanto, a Verdade completa somente em um...