terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Descoberto Plágios Grosseiros em Amoris Laetitia. Um Arcebispo Argentino Escreveu o Amoris Laetitia em 1995 e 2001.


Em geral, presidentes e papas possuem "ghost writers". Pessoas que escrevem seus discursos. Um famoso foi Ted Sorensen que escrevia os famosos do presidente John Kennedy. Os discursos depois de proferidos são do presidente ou do papa em questão e não do "ghost writer". O que o "ghost writer" não pode fazer é plagiar textos de outras pessoas sem o devido reconhecimento, nem muito menos usar texto próprios para colocar na boca do presidente ou do papa, pois assim estariam denunciando abertamente que o presidente e o papa não escreveram o discurso e estariam ressaltando o próprio texto.

Bom, foi descoberto que o arcebispo argentino Victor Fernandez (foto acima), reconhecido como "ghost writer" do Papa Francisco, colocou partes do que escreveu na encíclica Amoris Laetitia. Assim, o Papa Francisco assinou uma encíclica cujo texto que não é dele comprovadamente. Foi escrito muito anos antes e publicado por outra pessoa.

Esses plágios identificados estão no Capítulo 4 e também no famigerado Capítulo 8 de Amoris Laetitia que traz tanta confusão na Igreja.

O assunto foi detalhado no site Crux, escrito por Michael Pakaluk, que traz a comparação do parágrafo em Amoris Laetitia com parte do livro do arcebispo Victor Fernandez. Vejam o quadro comparativo abaixo que prova o plágio entre o parágrafo 129 de Amoris Laetitia e o livro de Victor Fernandez "Danza de Alegria en Cielo y en la Tierra" de 2001:




Pakaluk ainda considera que parte do parágrafo 301 de Amori Laetitia é cópia de um artigo escrito por Victor Fernandez em 1995. Como diz Pakaluk:


The most important footnote in Amoris Laetitia may not be, as many suppose, one dealing with access to the sacraments for Catholics in “irregular” situations. Instead, it may be a footnote that’s not actually in the document but which should be, since one of the sentences in Amoris is lifted nearly verbatim from an essay published in 1995 in a Buenos Aires theological journal.
The sentence, from the notorious chapter 8, is this: “Saint Thomas Aquinas himself recognized that someone may possess grace and charity, yet not be able to exercise any one of the virtues well; in other words, although someone may possess all the infused moral virtues, he does not clearly manifest the existence of one of them, because the outward practice of that virtue is rendered difficult: ‘Certain saints are said not to possess certain virtues, in so far as they experience difficulty in the acts of those virtues, even though they have the habits of all the virtues.’” [Cf. Summa Theologiae I-II, q. 65, art. 3 ad 2 and ad 3].
One must see the Spanish to see the plagiarism clearly.  In Spanish, the Amoris sentence is this:
“Ya santo Tomás de Aquino reconocía que alguien puede tener la gracia y la caridad, pero no poder ejercitar bien alguna de las virtudes, de manera que aunque posea todas las virtudes morales infusas, no manifiesta con claridad la existencia de alguna de ellas, porque el obrar exterior de esa virtud está dificultado: ‘Se dice que algunos santos no tienen algunas virtudes, en cuanto experimentan dificultad en sus actos, aunque tengan los hábitos de todas las virtudes.’”
And the corresponding sentence from that 1995 theological journal is this:
“De hecho santo Tomas reconocia que alguien puede tener la gracia y la caridad pero no ejercitar bien alguna de las  virtudes “propter  aliquas dispositiones contrarias” (Summa Th., I-IIae., 65, 3, ad 2), de manera que alguien puede tener todas las virtudes pero no manifestar claramente la posesion de alguna de ellas porque el obrar exterior de esa virtud esta dificultado por disposiciones contrarias: “Se dice que algunos santos no tienen algunas virtudes en cuanto tienen dificultades en los actos de esas virtudes, aunque tengan los habitos de todas” (Ibid, ad 3).”
And here is the footnote that should be there, but isn’t: “Victor M. Fernandez, Romanos 9-11 : gracia y predestinaciónTeologia, vol 32, issue 65, 1995, pp. 5-49, at 24.  Cf. Victor M. Fernandez, La dimensión trinitaria de la moral II: profundización del aspecto ético a la luz de “Deus caritas est”Teologia, vol 43, issue 89, 133-163 at 157. Evangelii Gaudium 171.”

Pakakul ainda lembra que há vários erros de citação no Amoris Laetitia:


I wish that these lapses could stand as a regrettable but isolated fact about Amoris, but they cannot. I will point out three broader implications.
The first is that Amoris needs to be “taken back to the shop,” to have various flaws removed or corrected.  I have already pointed out how footnote 329 misquotes Gaudium et Spes, and that it must deliberately misquote that document to advance its implicit argument.
Surely no text published under the name of the Roman pontiff should contain an inaccurate quotation of an ecumenical council.
There are seven or eight other instances of poor scholarship-misquotation, misleading quotation, misattribution, and so on-which should be corrected.  I would be happy to supply a list. But there are many competent scholars, with goodwill toward the pope, who could have vetted the document in advance and who could still help clean it up now.

No final do artigo de Pakaluk, é disponibilizado a resposta do arcebispo Victor Fernandez, mas ele não esclarece nem combate a ideia de plágio. Talvez porque o plágio é muito explícito.

Leiam todo o texto de Michael Pakaluk clicando aqui.

Como se não faltasse problemas a encíclica.


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