quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Pesquisa: Sagrada Comunhão nas Mãos é o Maior Responsável por Perda da Fé.


Maior pesquisa entre os realmente católicos nos EUA sobre o que contribui com a perda da fé apontou que o maior problema é receber a comunhão com a mão. Em segundo lugar, foi dar a Sagrada Comunhão para gente que é publicamente pecadora (isso deve ser o caso de padres e bispos dando a comunhão para políticos ditos católicos mas que são defensores públicos do aborto e do casamento gay, como Nancy Pelosi e Joe Biden). Em terceiro lugar está a falta de reverência diante da hóstia sagrada.


Na paróquia que frequento, como ocorre em inúmeras paróquias pelo mundo, os fiéis além de receber a hóstia sagrada (o Corpo de Cristo) nas mãos, ainda a recebem dada por um leigo e não pelo padre. Um leigo não tem as mãos consagradas.

Vejamos o que disse o Life Site News sobre a pesquisa, apresentada no vídeo acima:

A maior pesquisa de católicos dos EUA já realizada mostra que os fiéis querem o fim da comunhão na mão.

A maior pesquisa de católicos dos EUA já realizada mostra que os fiéis querem adoração reverente e solene e o fim da distribuição da Sagrada Comunhão na mão e do uso de ministros extraordinários da Sagrada Comunhão.

Na terça-feira, a Real Presence Coalition (RPC) divulgou os resultados de sua enorme pesquisa de julho de 2024 buscando identificar as causas da falta de fé na Eucaristia entre muitos católicos autoproclamados nos Estados Unidos.

A pesquisa, realizada com a assistência da empresa nacional de pesquisas Public Opinion Strategies, recebeu quase 16.000 respostas, incluindo de 14.725 católicos leigos dos EUA em todas as dioceses latinas do país. 780 respostas foram enviadas por participantes do Congresso Eucarístico Nacional dos bispos dos EUA em Indianápolis.

“Esta é a maior pesquisa de católicos já realizada nos Estados Unidos”, disse a porta-voz do RPC, Vicki Yamasaki. “Pesquisas de organizações como a Pew Research e o Center for Applied Research in the Apostolate (CARA) não chegam nem perto do número de católicos participantes desta pesquisa.”

Notavelmente, a pesquisa do RPC se baseou fortemente em católicos praticantes, com 97% dos entrevistados dizendo que vão à missa pelo menos uma vez por semana e acreditam na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. A maioria dos entrevistados, 84%, se identificou como católicos “desde a infância”.

Questionados sobre o que mais contribuiu para a perda da fé na Eucaristia, os entrevistados citaram esmagadoramente a recepção da Sagrada Comunhão na mão em pé, com quase 58% dizendo que teve  “o maior” nível de impacto.

Eles também apontaram para o escândalo de oferecer a Sagrada Comunhão a pecadores públicos que rejeitam o ensinamento católico, a falta de reverência na presença da Eucaristia, atitudes casuais em relação à Eucaristia por parte do clero, a falha em catequizar os fiéis e a mudança do tabernáculo para longe do centro do santuário.

Mais de 71% dos entrevistados classificaram a "homossexualidade no sacerdócio" como tendo um nível "maior" ou "o maior" de impacto no declínio da crença na Eucaristia também.

A maioria também disse que o uso de ministros extraordinários, a substituição da música sacra por música contemporânea, o fim do culto ad orientem, a remoção das grades do altar, a falha em realizar eventos eucarísticos como adoração e procissões, o declínio da beleza na arquitetura e liturgia da igreja, a perda do silêncio e a crise de abuso clerical tiveram um impacto "maior" ou "o maior".

A Real Presence Coalition, um grupo de figuras católicas proeminentes que inclui o bispo Joseph Strickland, o bispo Athanasius Schneider, o padre Donald Calloway, MIC, e o CEO e cofundador da LifeSiteNews, John-Henry Westen, observou que os entrevistados expressaram preocupação sobre "um declínio geral na reverência durante a missa, incluindo vestimentas casuais, conversas altas e tratamento da missa como um evento social".

Os entrevistados também criticaram a "conduta irreverente" entre o clero, "com relatos de padres apressando as orações litúrgicas e falhando em lidar com a Eucaristia com cuidado" e "liderança fraca entre os líderes da Igreja, minando a autoridade moral da Igreja e causando escândalo entre os fiéis".

"Há uma forte percepção de que os líderes da Igreja, incluindo bispos e o Papa, são inconsistentes e fracos na defesa do Cânon 915", que exige que a Sagrada Comunhão seja negada a pecadores graves manifestados, de acordo com uma apresentação da Public Opinion Strategies.

“Muitos entrevistados expressaram preocupação com a falta de reverência demonstrada ao tabernáculo, como não fazer genuflexão ou se curvar ao passá-lo, comportamento casual ao redor dele e acesso de leigos”, acrescentou a apresentação.

Os entrevistados da pesquisa propuseram inúmeras recomendações à Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) sobre a renovação da fé na Eucaristia, com a principal recomendação sendo encorajar a recepção da Eucaristia na língua enquanto ajoelhado (29 por cento). A próxima foi catequizar os fiéis, como sobre transubstanciação e recepção digna (24 por cento).

Os entrevistados ainda pediram aos bispos que promovessem "maior reverência pela Eucaristia", por exemplo, ajoelhando-se e genuflexão, para eliminar ministros extraordinários da Sagrada Comunhão e negar a Comunhão a pecadores públicos.

Muitos também defenderam o retorno à Missa Latina Tradicional ou para torná-la mais acessível e restaurar práticas tradicionais como a postura ad orientem e as grades do altar.

Mais de 20 por cento dos entrevistados eram participantes exclusivos da Missa Latina Tradicional, e outros 43 por cento declararam que a frequentam periodicamente. Aqueles que frequentam a missa latina eram tipicamente mais jovens do que os participantes da missa Novus Ordo, "o que pode refletir um interesse crescente em práticas litúrgicas tradicionais entre os católicos mais jovens", disse o RPC.

Mesmo entre os entrevistados do Novus Ordo, 65% disseram que preferem receber a eucaristia de um padre ou diácono em vez de um ministro extraordinário.

O RPC publicou uma carta aberta aos bispos dos EUA pedindo que eles considerem as descobertas da pesquisa antes de sua assembleia plenária em novembro.

A recepção da Sagrada Comunhão na mão se tornou generalizada nos EUA desde a década de 1970, apesar da Comunhão na língua ter sido a norma para a Igreja por mais de 1.300 anos.

Como o Papa Paulo VI afirmou no Memoriale Domini, que concedeu aos bispos permissão para permitir a distribuição da Eucaristia na mão com a aprovação da Santa Sé, a prática de receber a Sagrada Comunhão na língua “deve ser mantida... especialmente porque expressa a reverência dos fiéis pela Eucaristia”.

Receber a Eucaristia na mão também aumenta significativamente o risco de profanação do Santíssimo Sacramento e inevitavelmente leva à perda de partículas da Eucaristia, que podem cair no chão ou em outro lugar.

O cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (CDWDS) do Vaticano sob o Papa São João Paulo II e o Papa Bento XVI, confirmou que receber a Sagrada Comunhão na língua enquanto ajoelhado é a “forma preferida”.

Em 2018, o então prefeito da CDWDS, Cardeal Robert Sarah, criticou a recepção da Sagrada Comunhão na mão como parte de um “ataque diabólico” à fé na Eucaristia e elogiou o recebimento da Comunhão na língua.

O uso de ministros extraordinários da Sagrada Comunhão também se tornou comum em grande parte dos Estados Unidos, embora a Igreja ensine que eles podem ser utilizados “apenas em caso de verdadeira necessidade”.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Batalha de Tours, 1O de Outubro de 732


Também conhecida como Batalha de Poitiers. Essa batalha está ainda mais no meu coração, pois 10 de outubro é meu aniversário. Dia de celebrar.


quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Exorcista Explica Heresia do Papa Francisco.


No vídeo acima, o entrevistador perguntou ao padre exorcista Chad Ripperger sobre a frase do Papa Francisco: "todas as religiões levam a Deus".

A explicação do padre é excelente, é complexa, mas é passo a passo.

Vou detalhar o raciocíno dele abaixo:

1) O IV Concílio de Latrão (1213) e o Concílio de Florença (1431 declararam "fora da Igreja Católica não há salvação";

2) Esta doutrina é afirmada por inúmeros papas e teólogos da Igreja;

3) Mas há dois erros extremos relacionados com essa doutrina;

4) O primeiro é a rejeição da doutrina. Protestantes costumam rejeitar a doutrina. O padre explica que sim que os protesnatntes podem ser salvos, mas eles não serão salvos porque são protestantes, são salvos por mediação da Igreja Católica.

5) O segundo erro extremo é considerar que só os batizados como católicos podem ser salvos. Mas a Igreja determinou que há o batismo por água e o batismo por desejo. Na história, muitos morreram por Jesus Cristo e nunca foram batizados.

6) A doutrina pode ser reconciliada com as afirmações acima, ao sabermos que a Igreja é o Corpo Místico de Cristo. Só Cristo salva. Maomé não salva, Buda não salva, Pachamama não salva.

7) Isso significa que alguém que é salvo fora da Igreja é salvo pelo Corpo Místico de Cristo. Todas a graças do mundo são feitas por intermédio da Igreja Católica que é o Corpo Místico de Cristo.

8) Se um protestante nunca formalmente rejeitou a Igreja Católica, é possível que ele seja salvo, se nao cometeu pecados mortais. 

9) Há uma opinião comum entre os teólogos de que todas as pessoas do mundo receberam graça suficiente para ser salvo,  caso não conhecessem a Igreja Católica e caso sigam a lei natural. 

10) O Papa Pio IX condenou a afirmação de que podemos ter razoável esperança na salvação de não-católicos.

11) Pio IX quis dizer que a maioria dos não-católicos não serão salvos porque o meio ordinário, comum, de salvação são os sacramentos da Igreja Católica.

12) Fora disso a salvação seria "extraordinária".

13) "Isto significa que todas as outras religiões não são, por natureza, meios para Deus."

14) "A Igreja Católica é o único meio divinamente estabelecido para salvação."

15) "Se os fiéis de outra religião são salvos, eles são salvos apesar da religião deles e não por conta da religião deles."

16) As outras religiões têm elementos de verdade, sim. Eles possuem coisas que são sagradas, podem ter.  Mas a salvação dos fiéis só pode ser feita pela mediação da Igreja Católica.

17) "A Igreja Católica é o bem integral. Se uma religião tem apenas um dogma errado será uma religião falsa."

18) "Assim as outras religiões nao podem ser meios para Deus. Na verdade, elas desviam as pessoas do caminho de Deus."

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Explicado!

Faltou a conclusão: o papa então declarou uma heresia absurda, contra a Igreja, contra Cristo, contra Deus, contra os santos, contra os papas....



terça-feira, 8 de outubro de 2024

Elon Musk: "Essa Negócio de Religião é Importante. Mas Eu Sou Engenheiro".

 

Elon Musk foi entrevistado por Tucker Carlson. A entrevista foi, em muitos aspecto, muito interessante. Temos uma conversa desconstraída e aberta.

Há um pedaço sobre religião. Elon Musk reconhece que a religião é muito relevante para a sociedade, e diz que ao mesmo tempo que vê um declinio religioso na sociedade, uma religião secular toma conta, pois "a natureza odeia o vácuo". Ele menciona a religião woke. Ele considera que seus adptos são bem agressivos, radicais e agem como se estivessem em uma guerra santa.

Então, ele diz que é "culturalmente cristão", que foi batizado na Igreja Anglicana que estudou em uma pré escola de judeus quando era criança, simpesmente porque os engenheiros amigos do seu pai, colocavam os filhos lá e a escola era perto. Ele não é adepto da religião judia. 

Daí, ele diz que tem "dificuldades com algumas partes da histórias religiosas", que respeita quem acredita nelas, mas sua mente opera de forma da engenharia, que precisa está tudo de acordo com a engenharia para que funcione.

Ele diz que em Los Angeles, há pessoas que acreditam em feitiçaria e encantos mágicos, mas ele pergunta se magia pode levar um foguete à lua ou à marte.

Em suma, é muito triste ver que o homem mais rico do mundo tem um pensamento tão infantil sobre religião.

Deus do Céu. 

Resolvi comentar no post dele. Eu disse:

I recommend the Magis Center to you. The Christian God is Logos (reason and order), the most loving engineer. You seem very childish regarding religion.

(Recomendo o Magis Center para você. O Deus cristão é Logos (razão e ordem), o engenheiro mais amoroso. Você parece muito infantil em relação à religião.)

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

O Que é Paz?

 



A definição de paz é bem mais difícil que a definição de guerra, que pode ser definida apenas como um conflito militar. Paz não é ausência de guerra. Paz pode ser idêntica à guerra muito prolongada, como a que ocorre entre Israel e os seus vizinhos, desde pelo menos 1948. Tomás de Aquino disse que a paz só existe quando se estar diante da luz divina (quando se vai para o céu), sugerindo que a guerra pode estar dentro dos nossos corações, o que traz mais amplitude para a definição de paz e guerra, mas também lembra que a ideia de paz está ligada à doutrina religiosa.

Hoje completa 1 ano do massacre do Hamas contra inocentes israelenses, incluindo crianças menores de 1 ano. E ainda temos gente mantida em cativeiro por causa desse ato terrorista. Israel matou praticamente todos os terroristas, e agora avança contra o Hezbollah no Líbano, enquanto o Irã joga misséis contra o país, que promete que a guerra contra o Irã será a próxima.

O papa pediu a paz neste 7 de outubro. Mas haveria paz se Israel parasse de tentar destruir o Hamas e o Hezbollah?

Como o papa define paz? Apenas cessar o avanço militar de Israel? 

Por outro lado, como se destrói o Hamas e o Hezbollah? Será apenas matando seus líderes? Certa vez, um ilustre economista brasilero me passou seu artigo sobre o terrorismo, no qual definiu o terrorismo como um grupo de militantes dentro de uma região. Pelo artigo, se esses militantes fossem destruídos e tomado a região deles acabaria o terrorismo. Eu disse para ele: "seu artigo não sabe o que é terrorismo. Não sei como você conseguiu publicar."  

Não é simples. No fundo, temos um conflito religioso. Neste conflito, o papa precisa tomar partido. E nós também. 

No post acima, Gary Paul lembrou a Batalha de Lepanto, em que as forças cristãs derrotaram as forças muçulmanas também em um 7 de outubro, do ano 1571.


domingo, 6 de outubro de 2024

Trump: Fundamentalmente Católico?

 


Em geral, quando um comício político nos Estados Unidos quer rtrazer uma áurea religiosa a música mais comum é o hino protestante Amazing Grace. Já vi inclusive comício político em que uma pessoa passou mal e a reação do públic foi cantar essa música. É realmente um hino bonito (e pra mim, que tento tocar violino, é simples de ser tocado).

Mas ontem no comício que fez em Butler, Pensilvânia, para rememorar o mesmo local que quase foi assassinado no dia 13 de julho passado, e no qual morreu o bombeiro Corey Comperatore com os tiros do assassino, Trump mandou tocar Ave Maria de Gounod.

Trump já tinha celebrado o aniversário de Nossa Senhora, que costuma ser lembrado dia 8 de setembro, e já tinha lembrado dia dos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, que é celebrado no dia 29 de setembro, ao publciar a Oração de São Miguel, que de forma engraçada assustou os protestantes americanos, que não conheciam a oração, por conta da agressividade da oração contra o mal.

Para mim que sou católico acho que Trump faz uma marcação muito católica de sua campanha em um país predominantemente protestante. Dou Graças a Deus.

Mas lembro que ele e a sua esposa precisam rever sua posição em relação ao aborto. Trump é considerado o presidente mais pró-vida da história dos Estados Unidos, mas, vendo as pesquisas que mostram que as mulheres solteiras e divorciadas não votam nele por conta do aborto, Trump decidiu entregar princípios para a esquerda abortista e defende agora que os estados são livres para decidir e mesmo defendendo prazos para que se faça aborto (isto é, até tantos meses pdoe-se assassinar o feto).

Eu sei, ninguém é eleito nem para governador ou senador com pauta totalmente pró-vida, não consegue voto suficiente. Existe, como dizem os pró-vida americanos, um "women problem". Mas rezemos, pois aborto é crime, é pecado  muito monstruoso.

Rezemos pelos Estados Unidos, muito do mundo depende da eleição do próximo dia 5 de novembro.



sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Bélgica Ataca Papa Francisco Porque Ele Foi Católico

 


Ontem, eu escrevi no meu outro blog, que trata de economia, que empresas que gostam de se inclinar para o esquerdismo em suas propagandas não escapam da perseguição de governos de esquerda, porque as promessas esquerdistas empresariais geralmente são utopias.

Hoje, no mesmo sentido, vejo o Papa, que costuma defender governos e políticas esquerdistas pelo mundo, sendo atacado por um país esquerdistas supostamente católico.

Aconteceu o seguinte, o Papa seguiu a Doutrina Católica sobre aborto, depois de sua viagem para a Bélgica, e disse:

"“Não nos esqueçamos de dizer isto: aborto é assassinato. A ciência diz que apenas um mês após a concepção, todos os órgãos estão presentes. Um ser humano morre, um ser humano é morto. Os médicos que participam disto são – permita-me usar a palavra – eles são assassinos de aluguel. Eles são assassinos de aluguel. Neste ponto, não há discussão. Uma vida humana está sendo morta.”

Viva o Papa nisto. Nada a acrescentar.

Mas a Bélgica convocou o embaixador do Vaticano na Bélgica para se explicar e atacou o Papa.

Traduzo abaixo o que diz o jornal The Catholic Herald:

Bélgica convoca núncio papal para reclamar das declarações "inaceitáveis" do Papa sobre o aborto

ROMA – O primeiro-ministro da Bélgica anunciou que convocará o embaixador do Vaticano para protestar contra as declarações sobre o aborto feitas pelo Papa Francisco no final de uma visita ao país no último domingo, que ele alega constituir uma interferência "inaceitável" nos assuntos internos de seu país.

"É absolutamente inaceitável que um chefe de estado estrangeiro faça tais declarações sobre a tomada de decisões democráticas em nosso país", disse o primeiro-ministro Alexander De Croo durante uma sessão na Câmara dos Deputados da Bélgica.

"Não precisamos de lições sobre como nossos parlamentares aprovam democraticamente as leis", disse De Croo. "Felizmente, o tempo em que a Igreja ditava as leis em nosso país já passou."

De Croo usou seu próprio encontro com Francisco na sexta-feira passada para repreender publicamente o Pontífice pela forma como a Igreja lidou com os escândalos de abuso sexual clerical, que atingiram a Bélgica de forma particularmente dura.

Sua decisão de convocar o arcebispo Franco Coppola, o núncio papal, ou embaixador, na Bélgica e Luxemburgo sobre os comentários sobre o aborto, veio depois que o reitor da Universidade Livre de Bruxelas, Jan Danckaert, publicou um artigo de opinião no principal diário de língua holandesa afirmando que a linguagem do Papa "não insulta apenas os médicos que realizam abortos, mas também a Bélgica e sua população".

"Na verdade, é inédito que um chefe de estado estrangeiro — porque é isso que o Papa Francisco é — assuma o direito de atacar uma lei de outro país, além disso, democrático", escreveu Danckaert em um artigo para o De Standaard.

Durante sua habitual entrevista coletiva a bordo no caminho de volta para Roma após uma viagem de 26 a 29 de setembro à Bélgica, o Papa Francisco respondeu a uma pergunta de um jornalista belga sobre sua homenagem ao falecido Rei Balduíno, que renunciou por um dia em 1990 em vez de assinar uma lei legalizando o aborto.

Como parte de sua resposta, Francisco empregou uma linguagem sobre aborto que ele usou várias vezes no passado, embora não no contexto de uma visita a um país específico.

"Não vamos esquecer de dizer isto: aborto é assassinato", disse o Papa. "A ciência diz que apenas um mês após a concepção, todos os órgãos estão presentes.

"Um ser humano morre, um ser humano é morto. Os médicos que participam disso são — permita-me usar a palavra — eles são assassinos de aluguel. Eles são assassinos de aluguel. Sobre este ponto, não há discussão. Uma vida humana está sendo morta."

A discussão ocorre em um momento delicado para o governo belga. Uma medida atualmente no parlamento expandiria o acesso ao aborto das primeiras 12 para as primeiras 18 semanas de gravidez, mas está em espera, aguardando o resultado das negociações para formar um novo governo de coalizão depois que as eleições de junho não produziram um resultado claro.

A ministra do Interior belga, Annelies Verlinden, também expressou indignação no início desta semana, chamando os comentários do Papa de "desnecessariamente prejudiciais às mulheres e aos prestadores de cuidados".

Durante a viagem à Bélgica, Francisco elogiou o Rei Balduíno por sua recusa em assinar o que o pontífice chamou de uma lei "assassina" legalizando o aborto, e também expressou esperança de que uma causa para a beatificação do falecido rei avance.

Além disso, o Papa também usou um pouco de gíria caseira durante sua entrevista coletiva a bordo em referência ao rei, dizendo que sua disposição de renunciar em vez de assinar a lei do aborto exigia "um político com calças" — uma maneira de dizer que ele era corajoso, mas que soou um pouco estranha no contexto de uma viagem na qual a retórica do Papa sobre as mulheres também gerou controvérsia.

De Croo também reclamou sobre a visita do Papa ao túmulo do Rei Balduíno em 28 de setembro, dizendo que o acordo era que deveria ser uma parada "puramente privada" que seria anunciada somente após o fato. Na realidade, De Croo reclamou, foi "menos privada do que o anunciado".

Esta não é a primeira vez que a Bélgica se opõe aos comentários de um Papa sobre uma questão ética sensível. Quando o falecido Papa Bento XVI visitou Camarões em 2009, ele disse aos repórteres que os preservativos não são apenas a solução para o HIV/AIDS, em alguns casos eles realmente pioram o problema.

Em resposta, o parlamento belga votou 95-18 para instar o governo do país "a condenar a posição inaceitável tomada pelo Papa por ocasião de sua viagem à África e a registrar um protesto oficial com a Santa Sé".

Acredita-se que foi a primeira vez que um parlamento europeu censurou formalmente um Papa.

(Foto de ERIC LALMAND/BELGA MAG/AFP via Getty Images)


quarta-feira, 2 de outubro de 2024

83% Organizações Católicas Contribuem para Aborto e Causa LGBT

 


Pesquisa do Instituto Lepanto com quase 50 mil indivíduos nos EUA que trabalham para organizações de caridade católicas descobriu que 83% dessas pessoas colaboram financeiramente com o Partido Democrata, o partido do aborto, da causa LGBT e do ateísmo.  Isso acontece mesmo que 52% dos católicos nos EUA votem na direita. Isto é, essas pessoas que trabalham nessas organizações são bem mais esquerdistas que a população católica.

Se não fosse por membros do Knights of Columbus, seria praticamente 100% das contribuições para a esquerda.

Mais um fruto do Vaticano II.

Como deixar seus filhos participar dessas organizações e ouvir sermões de padres que delas participam?

Traduzo abaixo parte do texto do Lepanto sobre a pesquisa.

Uma nova análise de contribuições para campanhas políticas, conduzida pelo Lepanto Institute e Complicit Clergy, atualizou e expandiu esta pesquisa inicial para incluir indivíduos que trabalham para várias outras instituições de caridade católicas, a saber, Catholic Charities, Covenant House, St. Vincent de Paul, Catholic Relief Services, Knights of Columbus, Cross Catholic Outreach e Jesuit Refugee Service.

Examinamos 47.000 registros públicos de funcionários dessas sete organizações em três períodos de relatórios (2019-2020, 2021-2022 e 2023-2024) e incluímos contribuições recebidas entre 23 de outubro de 2018 e 27 de fevereiro de 2024. O que descobrimos foi que uma esmagadora maioria deste conjunto de dados apoiava candidatos e/ou causas pró-aborto e pró-LGBT (democratas).  Como pode ser visto no gráfico abaixo, 83% das contribuições políticas foram para Comitês de Ação Política (PAC) afiliados aos democratas, como ActBlue, AB PAC, DNC Services, Biden for President, Biden Action Fund, Biden Victory Fund e uma longa lista de candidatos individuais. Apenas 16% das contribuições foram para PACs ou candidatos republicanos, como WinRed, Donald J. Trump for President, Inc, NRCC e organizações semelhantes.

Examinar as contribuições políticas dos funcionários pertencentes a essas organizações de caridade revela que todas, exceto os Cavaleiros de Colombo (KoC), são completamente dominadas por funcionários de extrema esquerda. Enquanto as contribuições políticas vindas daqueles que trabalham para o KoC (90%) foram para candidatos ou causas republicanas, esses funcionários são claramente minorias profundas para todas as outras organizações que examinamos. Por outro lado, 99% das contribuições políticas vindas da Catholic Relief Services (CRS) foram para candidatos ou causas democratas. E enquanto apenas 76% dos funcionários da Catholic Charities contribuem para candidatos e causas democratas, seus funcionários constituem a maior base de doadores para candidatos políticos de todas as organizações de caridade católicas: US$ 180.090 para candidatos e causas republicanas e US$ 592.872 para candidatos e causas democratas.

O conjunto de dados de contribuições de funcionários para candidatos e causas políticas representa uma amostra representativa da indústria de caridade sob os auspícios da Igreja Católica.  De acordo com uma pesquisa de abril de 2024 do Pew Research Center, 52% dos católicos eleitores registrados se identificam como republicanos, enquanto 44% se identificam como democratas. Dada essa média, faria sentido que uma pesquisa com funcionários que trabalham para organizações de caridade católicas se assemelhasse a essa divisão de quase 50%. Mas o que descobrimos neste conjunto de dados é que a grande maioria dos funcionários que trabalham para organizações de caridade católicas são esmagadoramente democratas. Uma anomalia estatística como essa é tão desequilibrada que não pode ser uma mera coincidência e deve ser intencional. O Dr. Christopher Manion me contou uma vez que o ex-CEO da Catholic Relief Services, Ken Hackett, disse a ele que nunca empregaria um republicano conscientemente. Considerando que nossos dados mostram que 99% dos funcionários da CRS contribuem para candidatos e causas democratas, parece que ele (e seus sucessores) foram fiéis a isso.

Também vale a pena notar que em 2019, a então senadora Kamala Harris – membro do Comitê Judiciário do Senado – empregou um teste decisivo para candidatos judiciais com base em se eles eram membros dos Cavaleiros de Colombo. Todos os membros dos Cavaleiros de Colombo devem ser católicos praticantes que aderem aos ensinamentos morais e sociais da fé católica, e os Cavaleiros são conhecidos há muito tempo por seu trabalho em defesa de bebês ainda não nascidos. Mas o teste decisivo de Harris parece ser baseado em linhas políticas, e as contribuições de 90% dos funcionários do KoC indo para candidatos e causas do Partido Republicano parecem confirmar isso.

 As contribuições políticas dos funcionários para cada organização beneficente foram as seguintes:

  • Catholic Charities – 23% Republicanos 76% Democratas
  • Covenant House – 3% Republicanos 97% Democratas
  • Vincent De Paul – 11% Republicanos 88% Democratas
  • Catholic Relief Services – 1% Republicanos 99% Democratas
  • Knights of Columbus – 90% Republicanos 10% Democratas
  • Cross Catholic Outreach – 4% Republicanos 96% Democratas
  • Jesuit Refugee Service – 100% Democratas

Quando se trata de contribuintes individuais, dividimos as contribuições por valor para ver quantos contribuintes havia acima de US$ 5.000 ao longo do período do nosso conjunto de dados.  Descobrimos trinta e cinco doadores que doaram mais de US$ 5.000 de 2019 até o presente, e desses trinta e cinco, apenas nove contribuíram para candidatos e causas do Partido Republicano. Todo o resto foi para a extrema esquerda, que é 75% dos doadores acima de US$ 5.000. O valor total dado a políticos e causas de extrema esquerda por esses 26 indivíduos é de US$ 685.779, enquanto apenas US$ 100.225 foram para candidatos e causas do Partido Republicano. A divisão de fundos para candidatos democratas ou republicanos resulta em 12,75% do Partido Republicano – 87,25% democratas. Mesmo removendo as contribuições de um megadoador que responde por US$ 390.000, a divisão ainda favorece fortemente os democratas com 75% dos fundos.

 O maior contribuidor individual de todos os conjuntos de dados é Wayne Paglieri, que lista seu empregador (com o registro da FEC) como Covenant House New Jersey e Catholic Charities. Paglieri – o diretor sênior de desenvolvimento da Covenant House New Jersey e membro do Comitê Financeiro da Covenant House NJ – fez US$ 390.000 em contribuições de campanha reportáveis ​​de 2019 a 2023. O que é estranho, no entanto, é que a própria Covenant House New Jersey não identifica Paglieri como funcionário, nem ele está listado em seu formulário de imposto 990. O que se deve perguntar é como ele consegue fazer contribuições políticas de mais de meio milhão de dólares em um período de 4 anos para candidatos e causas pró-aborto, trabalhando para uma organização católica sem fins lucrativos de caridade. Com US$ 97.500 em média, suas próprias contribuições anuais cobririam o salário anual de um executivo de nível médio.  Mas ainda mais alarmante é que Paglieri (sem identificar um empregador) fez uma contribuição de US$ 5.000 para o Planned Parenthood Action Fund.

Mas Paglieri não está sozinho nisso. Leslie Abbey, ex-diretora executiva adjunta da Covenant House e CEO da Covenant House New York, contribuiu com US$ 11.800 para a Emily's List, uma organização cuja missão é "eleger mulheres democratas pró-escolha para cargos públicos". Outras contribuições para a Emily's List são US$ 230 de Claudie Sires - uma terapeuta da Catholic Charities em Nebraska (veja abaixo) - e US$ 40 de Virginia Gajewski - profissional de suporte comunitário da Catholic Charities Disabilities Services. A lista completa de contribuintes acima de US$ 5.000 pode ser encontrada aqui, mas abaixo truncamos a lista para aqueles que contribuem para candidatos e causas democratas.