O primeiro artigo que publiquei sobre terrorismo (e Islã) foi sobre os problemas que ocorrem na tríplice fronteira (região que cobre o Brasil, Argentina e Paraguai). O artigo foi publicado nos Estados Unidos no livro acima (à venda na Amazon).
Ontem foi notícia nos Estados Unidos e em Israel (ainda não vi nada no Brasil), que o promotor argentino Alberto Nisman (foto abaixo) que investiga a participação do Irã no atentado terrorista a Associação Mútua Israelita Argentina (AMIA), divulgou um relatório de 502 páginas acusando o Irã de infiltrar agentes na América Latina para realizar atos teorristas, arregimentar terroristas e conseguir recursos financeiros para financiar a causa islâmica iraniana.
O assunto saiu no New York Times, Wall Street Journal, Latin Times e no Times of Israel.
A Argentina sofreu os piores atentados terroristas islâmicos da América Latina. O primeiro ocorreu em 1992 contra a embaixada de Israel (assumido pela organização Jihad Organization que tem vínculos no Líbano), que matou 29 pessoas. O segundo atentado foi pior. Foi em 1994 contra Associação Mútua Israelita Argentina e matou 85 pessoas. Os culpados eram quase todos do Irã, apenas um era do Hezbollah (grupo terrorista do Líbano).
No meu artigo, eu concordo com a avaliação dos Estados Unidos de que depois dos atentados na Argentina, o terrorismo islâmico se concentrou em atividades ilegais (contrabando) que consigam dinheiro para financiar atividades terroristas em outros locais do mundo. Hoje em dia, com a crise na Síra, esta atividade deve ser ainda mais importante, pois na Síria, o Hezbollah e o Irã lutam contra islâmicos sunitas (rebeldes).
Desde 2005, Alberto Nisman trabalha tentando levar os iranianos ( 5 no total) para a justiça, mas o Irã não libera os acusados, nem mesmo depois que a Interpol lançou o Red Notices (anunciou que são procurados) contra eles.
A Argentina, ao invés, de chorar seus mortos e tentar justiça, se aproximou do Irã cada vez mais e, em fervereiro, se uniu aos iranianos, formando uma "comissão para verdade", que não deve chegar a verdade nenhuma, pois os acusados são membros do governo iraniano que ainda estão no poder, como o Ministro da Defesa iraniano Ahmed Vahidi do governo iraniano.
Nisman, ao que parece, ficou bastante chateado com a formação dessa comissão e resolveu divulgar suas investigações em um relatótio, afirmando que o Irã mantém pessoal seu na América Latina (inclusive Brasil) para realizar atos terroristas e conseguir dinheiro. E afirmou, inclusive , que os terroristas da Guiana que tentaram um ato terrorista no Aeroporto JFK de Nova York em 2010 foram treinados e financiados pelo Irã.
Realmente é triste ver um País não respeitando seus cidadãos e se unindo aos inimigos.
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