sexta-feira, 8 de julho de 2022

Empresários Ocidentais Ricaços e a China.

Em um editorial do Wall Street Journal um ricaço da indústria de seguros resolveu defender que os Estados Unidos sejam amigo da China  e se aproximem economicamente dos chineses. 

Além disso, o ricaço disse que a culpa da relação difícil com os chineses é do Trump.

Como diz o texto do Zero Hedge, não importa que:

  • a China espione muito os americanos e as empresas americanas .
  • o diretor do FBI, Christopher Wray, tenha dito que "nenhum país representa uma ameaça maior do que a China comunista" sobre as 1.000 investigações da agência envolvendo roubo de tecnologia dos EUA.
  • o aprofundamento da parceria estratégica da China com a Rússia pode representar "sérios desafios" à estabilidade global, segundo a Otan.
  • a China esteja mantendo mais de um milhão de muçulmanos de minorias étnicas em campos de concentração.
  • o 'yuan digital' da China é a maior ameaça ao Ocidente.
  • o irmão do presidente dos EUA e filho viciado em crack, Hunter, podem ter dado a Pequim uma enorme influência sobre a primeira família após negociações obscuras com executivos ligados ao Partido Comunista Chinês. 
O empresário quer é a aproximação com a China. Em suma, ele diz nas entrelinhas: "eu quero é ganhar dinheiro com a China. O resto não me importa". É a ética empresarial normal. 

Mês passado, eu estive em uma conferência em Budapeste. O tópico da conferência envolvia economia e catolicismo. Havia empresários, padres e ilustres professores americanos e europeus. 

O assunto China não estava diretamente na pauta. Mas tive a oportunidade de discutir o assunto em uma seção especial sobre a guerra da Ucrânia, quando o palestrante americano falou que os EUA precisam se preocupar com os avanços militares da China. Eu argumentei que os americanos e o Ocidente financiaram e continuando financiando o poderio militar chinês. E que eu não vi nenhum grande empresário americano sair do da China por questões éticas.  O palestrante ficou sem resposta, só concordou. 

Outra vez, na hora do almoço, tive a oportunidade de conversar longamente justamente com um ricaço empresário americano.  Fiquei novamente consciente como esse tipo de pessoa, que liderou grandes empresas, não têm muito a dizer sobre o mundo e sobre como resolver as questões sociais. São muito rasteiros quando deixam o ambiente do "custo de oportunidade" (ganho relativo). O foco é muito de curto prazo e econômico, questões como aborto, perseguição política/religiosa ou genocídio de comunidades, não fazem eles definir pensamento.

É comum levar empresários para debates em faculdades, com o intuito de levar os ouvintes a supostamente considerarem o "mundo real", sair dos livros. Mas sinceramente nunca vi nenhum acrescentar nada significante e olha que sou economista. 

Certa vez, li que que são os alunos tipos C e D que enriquecem. Os alunos tipo A apenas trabalham para os piores alunos. Não acho que seja o caso. Há gênios que foram destaque nas faculdades que ficaram trilionarios.  Mas se for o caso, os alunos C e D não ajudam filosoficamente ou eticamente o mundo.


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