Eu faço aulas de violino, então ao passar pelo youtube Pints of Aquinas me chamou a atenção que havia um "argumento do violino" para o aborto. Então, fui ver o que era e acabei descobrindo uma pessoa genial, Stephanie Gray Connors.
No vídeo, Connors responde aos melhores possíveis argumentos em favor do aborto, usando lógica e filosofia. Sem precisar usar sua fé, Connors desmonta os melhores argumentos em favor do aborto de forma brilhante. Ela costuma participar de debates sobre o assunto.
Para que os defensores do aborto apresentem seus melhores argumentos, eles têm que abandonar a ideia ridícula de que um feto não é uma pessoa, pois isso é um absurdo científico.
Então, eles passam a aceitar que o feto é uma pessoa, é um ser humano que merece a vida como qualquer um, mas então eles partem para a ideia de que um pessoa não é obrigada a sustentar a vida da outra pessoa, então uma mãe tem o direito de abortar.
O argumento do violinista é assim: suponha que você foi sequestrado e colocado em um hospital. Na manhã seguinte você se encontra no hospital amarrado a outra pessoa doando fluídos do seu corpo. Você pergunta aos médicos o que significa aquilo, e eles dizem que você é a única pessoa que tem uma substância que pode salvar aquela pessoa que é o melhor violinista do mundo, então você foi sequestrado para salvar a vida daquela pessoa durante nove meses.
O melhor violinista do mundo serve como substituto da criança no ventre da mãe. A vida do violinista é tão importante como a sua, ele é uma pessoa. Mas o argumento quer concluir que você não tem obrigação de salvar aquele violinista.
Connors responde dizendo: bom, primeiro para engravidar, na imensa maioria dos casos, você não sofreu nenhuma violência, não foi sequestrado, você consentiu em dar seu corpo ao sexo que poderia engravidar. Da mesma forma que se você vai jogar com seu filho na rua, e ele chuta a bola e quebra o carro do vizinho. Mesmo que você não tivesse a intenção de quebrar o carro do vizinho, você é responsável por isso. Da mesma forma, que se um casal se separa mas a mulher engravidou antes da separação e o homem diz para a mulher que ele não vai pagar a pensão porque você não consentiu a gravidez da mulher. Isso seria inaceitável, pois o homem correu o risco de engravidar a mulher.
Além disso, Connors continua, é diferente você ser responsável pelos seus filhos e ser responsável por terceiros, como o violinista. Os pais devem prover sustento aos filhos e podem se esquivar de dar sustento a outras pessoas que não são seus filhos. Há muita pobreza nas ruas, mas você não é condenado por não ajudar os pobres, você é condenado por não ajudar seus filhos. Eu posso aceitar em ajudar o violinista, mas não tenho obrigação de fazer isso.
Para o caso de mulheres que foram estupradas, Connors nos diz que a mulher sofreu uma agressão, foi vulnerável ao agressor. Da mesma forma, se ela mata a criança no ventre, ela estará atacando um vulnerável também.
Connors também discute outro argumento do tipo do violinista que tenta ser ainda mais poderoso em favor do aborto.
O argumento é o seguinte: suponha que seu filho precisa de um transplante que só seu pai pode doar para salvar a vida do filho. O pai poderia salvar a vida do filho mas ele não poderia ser obrigado a salvar a vida do filho.
A ideia novamente é dizer: apesar de um feto ser um ser vivo, uma pessoa, você não é obrigado a salvar a vida dele.
Connors diz que quando ouviu esse argumento, ficou paralisada e pediu auxílio ao Espírito Santo para responder. Ela sentiu que realmente o Espírito Santo lhe respondeu como nunca.
O Espírito Santo lhe disse: "Deus fez o útero materno para uma finalidade diferente do que os outros órgãos".
Assim, como o útero é feito para aceitar uma nova vida, ele não se assemelha a um rim, por exemplo.
Daí, podemos responder da mesma forma que o argumento do violinista.
Connors é genial.
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