terça-feira, 14 de outubro de 2025

Estados Unidos, Rússia e Arábia Saudia Rejeitam Apoio ao Ambientalismo Climático no Banco Mundial


Além dos Estados Unidos, da Rússia e da Arábia Saudita, o Kuwait também rejeitou e o Japão e a Índia se abstiveram de assinar o programa de agenda climática do Banco Mundial que pretende continuar o financiamento relacionado à hipótese de aquecimento global (mudança climática, crise climática, esse tipo de coisa).

Ambientalistas poderiam retrucar que os países que não assinaram são países produtores de combustíveis fósseis; são, então, os vilões; então seria normal não assinarem. 

Mas se é assim, cadê os outros países que vivem da produção de combustíveis fósseis (Venezuela, Irã, Catar e mesmo o Brasil)? 

Os ambientalistas poderiam dizer que esses outros países são pobres, então vão receber dinheiro do programa do Banco Mundial. 

Mas por que esses países que não assinaram apoiavam antes o programa e agora deixaram de apoiar? O que aconteceu? Além disso, em termos de PIB, a Rússia é tão pobre como o Brasil e o Kuwait é bem mais pobre.

Além disso, o que explica que o Japão e a Índia se abstiveram?

Quando eu lidei com o tema "aquecimento global" lá pelos idos de 2009, na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, o professor de lá, um alemão, resolveu dar aula em cima de uma charge que mostrava o rico americano explorando o pobre indiano que sofreria o aquecimento global provocado pelas emissões americanas. Na época, eu retruquei dizendo que a Índia iria receber recursos dos Estados Unidos e que a Índia emitia muito carbono, muito mais que muitos países ricos, e só não emitia mais porque a população era muito mais pobre e bem maior. 

Neste mesmo ano, 2009, Al Gore declarou que em 5 ou 7 anos, as geleiras do Ártico desapareceriam. Isso já faz 16 anos agora; emitiu-se muito mais CO2 e as geleiras continuam firmes lá. Além dessa previsão errada, inúmeras previsões não se cumpriram sobre o assunto.

Sem os Estados Unidos, o país que sustenta financeiramente as principais instituições internacionais (Banco Mundial, FMI, ONU, etc.), sem a Rússia, e sem o Japão, sobram de mais relevantes os países europeus que continuam na doutrina ambientalista tresloucada. A China, o maior poluidor do mundo, nunca se importou com o assunto em sua produção energética. A suposta poluição por carbono da China supera em muito a poluição emitida pelos países europeus. O resto são países que esperam receber dinheiro e não contribuir financeiramente.

A Declaração de Trump na ONU de que a hipótese de mudança climática é uma fraude atingiu em cheio o Banco Mundial, instituição que há muito vive disso.  Inúmeros profissionais vivem dessa hipótese. Eu mesmo conheci alguns brasileiros que trabalham com isso.

Como diz o Scott Adams, no seu livro Loserthink, "quando tem dinheiro, reputações, poder, ego e complexidade envolvidos, é irracional assumir que você terá ciência objetiva".

A hipótese climática envolve tudo isso, não seja irracional.

Traduzo a reportagem da Reuters sobre o assunto:

EUA se recusam a assinar declaração conjunta dos diretores do Banco Mundial sobre a agenda climática
Por Reuters

WASHINGTON, 9 de outubro (Reuters) - Dezenove dos 25 diretores executivos do Banco Mundial emitiram uma declaração conjunta esta semana afirmando seu apoio ao trabalho contínuo do banco em relação às mudanças climáticas, desafiando os EUA, o maior acionista do banco, e vários outros países.

Os diretores executivos dos EUA, Rússia, Kuwait e Arábia Saudita se recusaram a assinar o documento; Japão e Índia – ambos negociando acordos comerciais com os EUA – se abstiveram, disse uma fonte familiarizada com o assunto.

Os diretores, que representam 120 países, emitiram a declaração após uma reunião do conselho com a diretoria do Banco Mundial, ressaltando sua expectativa de que o banco cumpra as metas do seu plano de ação para as mudanças climáticas, incluindo o compromisso de destinar 45% de seu financiamento anual a projetos relacionados ao clima.

O documento, cuja cópia foi vista pela Reuters, reflete a profunda divisão que separa a maioria dos outros países dos EUA e de alguns aliados em relação às mudanças climáticas. Ele foi divulgado dias antes do início das reuniões anuais em Washington do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. Os EUA são os maiores acionistas de ambas as instituições e desempenham um papel fundamental na definição de seus trabalhos e agendas.

A Reuters noticiou esta semana que a União Europeia redobrará seu apoio à reforma dos bancos globais de desenvolvimento para que façam mais no combate às mudanças climáticas.

Em abril, nas últimas reuniões do FMI e do Banco Mundial, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, pediu que ambas as instituições se concentrassem em seus mandatos principais e disse que estavam dedicando tempo e recursos demais a tópicos como as mudanças climáticas.

Os líderes de ambas as instituições têm se mantido em silêncio sobre as mudanças climáticas desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, assumiu o cargo, e o assunto não é destacado na agenda da próxima semana. No mês passado, Trump descartou as mudanças climáticas como uma "fraude".

A declaração também pediu o alinhamento do trabalho do banco com o Acordo Climático de Paris, do qual o presidente dos EUA, Donald Trump, se retirou logo após assumir o cargo em janeiro. Também pediu que as mudanças climáticas continuem sendo consideradas em seu principal trabalho de diagnóstico.



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