Ontem, o site Fratres in Unum contou a história de um jovem na Itália que morreu porque um enorme crucifixo criado em homenagem a visita do Papa João Paulo II caiu sobre ele. Na semana santa, um senhor dirigia um caminhão em uma procissão e acabou atropelando e matando fiéis.
Por que Deus permite isso?
Esta pergunta é conhecida como "Problema do Mal", que no fundo quer dizer que se há atrocidades no mundo, Deus não deve existir. É um pergunta velha, respondida pela própria Bíblia no Livro de Jó. São Tomás de Aquino respondeu esta pergunta na Summa Teológica (1a parte, Questão 2, Artigo 3).
Em poucas palavras, o que deve ser lembrado é que o seres humanos tem uma perspectiva muito limitada em relação a Deus, que é infinito e o Bem perfeito. São Tomás diz que Deus torna o que consideramos em mal em bem.
Mas Brandon Vogt foi mais detalhista na explicação do assunto. Ele contra argumentou um ateu que usou o seguinte silogismo:
Premissa 1: Se Deus existe, há coisas que ele terá que fazer algumas coisas;
Premissa 2: Deus não fará pelo menos um das coisas;
Conclusão: Deus não existe.
Brandon Vogt responde com tranqüilidade este aparente silogismo cheio de contradição.
Vou colocar os argumentos básicos de Vogt:
1. Dizer que Deus terá que fazer coisas é assumir que há algo superior a Deus, o que é uma contradição pela própria definição de Deus;
2. É verdade que tudo que ocorre, ocorre porque Deus permitiu. Mas isto não quer dizer que Deus não tenha justificativa para permitir que as coisas ocorram, mesmos as piores atrocidades;
3. Poder-se-ia concordar com as premissas mas a conclusão não pode ser proveniente das premissas, é um "non sequitur".
4. Dizer que Deus permite que ocorra o mal, não quer dizer que Deus aprova o mal.
5. Os cristão tem uma explicação lógica para o mal no mundo: pecado original.
6. Ninguém está em posição de dizer se Deus tem ou não razões para permitir o mal. Os humanos não conhecem todo o espaço e tempo.
7. Em suma, não há nenhuma contradição lógica entre um todo-amoroso e todo-poderoso Deus permitir o mal.
8. O problema do mal não é um argumento forte contra a existência de Deus.
9. No fim, Vogt sugere o livro God, Freedom and Evil do teólogo Alvin Plantinga.
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Rezemos pelo jovem e pelas pessoas da procissão, que eles e as famílias deles encontrem conforto em Deus.
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