segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

E se Israel atacar o Irã?

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Voltei de férias pensando: e se Israel atacar o Irã em 2012?

Na semana passada, li um artigo no site do jornal Israel National News, que me deixou preocupado. A Rússia estaria ameaçando o Ocidente contra qualquer ação militar contra o Irã. A Rússia investe na produção de energia nulear no Irã, mas acho que eles deram mais um passo de apoio ao regime fundamentalista irainiano agora, não é apenas proteção de investimento.

O jornal relata que o embaixador russo na ONU, Dmitry Rogozin, disse: "Irã é nosso vizinho, e se o Irã está envolvido em qualquer ação militar, é uma ameaça direta a nossa segurança". O chefe do conselho de segurança do Kremli, Nikolai Patrushev, acusou Israel de provocar os Estados Unidos para que ele entre em guerra contra o Irã e disse que qualquer país tem o direito de se "sentir confortável, inclusive o Irã". Este "confortável" é um sinal verde para um Irã com armas nucleares.

O jornal lembra que a Rússia também apóia o ditador sírio Bashar al-Assad, pois é um grande fornecedor de armas para a Síria.

Bom, pelo visto o cenário de uma hecatombe está se avolumando: Se Israel atacar o Irã, este poderá ter o apoio da Rússia. A Rússia irá atacar militarmente Israel? Usará armas nucleares contra o povo judeu? E os países islâmicos ao redor do Irã, vão em socorro do Irã? Será que a Arábia Saudita que tanto odeia o regime iraniano terá coragem de ser contra um outro país islâmico? E o Egito provocará uma nova frente de batalha contra o vizinho Israel? E os Estados Unidos se levantarão contra o Irã e a Rússia? E a China ficará vendo o circo pegar fogo?

Por outro lado, se Israel não atacar o Irã, um Irã armado com armas nucleares será pacífico?

Paz para 2012.

2 comentários:

Vânia Cavalcanti disse...

Oi, Pedro! Tudo bem?
Muitas perguntas, muitas incertezas. O oriente médio é esta fonte inesgotável de problemas e surpresas nada boas. Para piorar, as poucas certezas, paradoxalmente, fazem a confusão aumentar: os países árabes detestam a ideia de um Irã atômico, já que ele não é árabe ao contrário do que pensa Lula; no antissemitismo iraniano predomina o aspecto étnico-racial, mais do que o religioso, diferentemente dos outros países muçulmanos da região; e, definitivamente, um Irã atômico jamais seria pacífico, é evidente que a teocracia iraniana - com seu discurso de ódio contra o ocidente e a tradição judaico-cristã - não fará uso apenas persuasivo de suas eventuais armas nucleares. Pelos rumores antigos e por tudo o que o Irã já fez ou ajudou a fazer contra Israel, se este o atacar será uma antiga surpresa e uma nova catástrofe. O bom-senso, este nosso velho desconhecido, não tem tido muitas chances, mas é por ele que torço. Um abraço e bom retorno das férias

Pedro Erik Carneiro disse...

Ótima analise, Vânia. E como sempre muito bem escrito.
Abraço