segunda-feira, 9 de julho de 2012

"Por que Católicos são tão Bons em Futebol e Tão Ruins em Administrar seus Países?"

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Um protestante inglês, casado com uma italiana católica, que mora na Itália, fez a pergunta acima no site Taki's Magazine.

Ele observa que entre os vencedores de copa do mundo a grande maioria é de católicos (Brasi, Itália, França, Uruguai, e Argentina), Alemanha, tem três títulos e tem um terço da população de católicos, como o próprio papa. Os países católicos têm muito sucesso na hora do futebol, por que não conseguem administrar seus países de forma tão eficiente quanto jogam futebol?

No seu texto, o autor sugere como resposta que os católicos não gostam de trabalhar e que gostam de trapacear. O trabalho para os católicos seria menos importante que a família ou a salvação eterna.

Bom, primeiro o autor poderia conhecer um pouco da história do seu próprio país. Por exemplo, a base da formação política inglesa e grande formadora do modo governante na Inglaterra e nos Estados Unidos é a Carta Magna de 1215, feita quando a Inglaterra era católica. Além disso, as riquezas da Inglaterra foram inicadas por meio de roubo do império católico da época, a Espanha, os governantes ingleses financiaram a pirataria roubando os carregamentos espanhóis (ver livro Império de Nial Fergusson, por exemplo). Sem falar no roubo de mosteiros e igrejas católicas da época da reforma e que o maior gênio das artes inglês era católico, Shakespeare.

Segundo, eu gostaria de dizer que os países comunistas também tiveram muito sucesso no esporte, olhem a participação de Cuba ou da antiga URSS, ou da China. O que quero dizer é que o esporte é bem diferente da vida, a vida requer muito mais conhecimento, moral e perseverança. O esporte muitas vezes é usado para mostrar sucesso, quando na verdade está havendo uma destruição do país.

Uma criança de treze anos pode jogar muito melhor futebol que eu, que tenho doutorado. O atleta tem um dom como um artista, que pode ser nato, o gerenciamento de um país para o futuro requer muito muito mais, a religião e ao amor a Deus não isenta o o uso de todos os outros fatores.

Terceiro, poderíamos perguntar também por a Quênia ten tanto sucesso em corridas se o país é tão pobre, ou por que a Romênia tem tanto sucesso em ginástica olímpica se tem um país pobre ou por que os países não tem sucesso em nenhum esporte. Isto é, quem se dedica mais a alguma coisa tem muito mais chance de ser o melhor naquilo. Quantas crianças no Brasil se dedicam muito mais ao futebol do que ao estudo, em comparação com a Alemanha, por exemplo?

Quarto, defendo que os católicos achem que a família e a salvação eterna esteja acima do trabalho. O trabalho deve ser feito com afinco até o ponto em que não prejudique nem a salvação nem a família. Não acho que os protestantes pensem o contrário, se fizerem o contrário será a destruição do país. O país de maior sucesso no mundo, Estados Unidos, têm em sua Declaração de Independência, a proeminência de Deus, acima dos homens.

Quinto, eu gostaria de dizer que já morei na Inglaterra e lá encontrei tanto euforia pelo esporte que eles inventaram como brasileiros, apesar de ter bem menos sucesso. Lembram dos hooligans? Acontece que as crianças inglesas não são levadas a colocar o esporte em pé de igualdade com o estudo. Se pegarmos a lógica de ensino no Brasil e mesmo nossas instituições de caridade temos bem menos preocupação com o aprendizado da ciência (matemática, línguas, literatura universal, etc.) e um preocupação imensa com o esporte. Isto é, de novo, a religião não isenta as pessoas de estudarem e trabalharem para serem mais ricas, há outros fatores que explicam a pobreza dos países católicos.

Sexto, claro que os católicos não são mais preguiçosos, mas tendo a concordar que nós da América Latina não gostamos de seguir leis, nem as do homem, nem as de Deus.

Isto é, há católicos e católicos, como há protestantes e protestantes, mas na média os católicos não gostam de leis, tendem a pensar que ser católico é apenas ir a missa, batizar os filhos, e comungar. Deus seria apenas amor e misericórdia, sem nenhuma regra. Por isso, cometem abortos, adultérios e divórcios em número tão grande como em países protestantes. Nos Estados Unidos,  a luta contra o aborto é identificada com o catolicismo, no Brasil, os padres católicos silenciam.

Os países católicos da América Latina também não gostam de seguir leis humanas, acham que leis são uma coisa ruim, que são feitas para serem burladas, o importante é se mostrar vitorioso mesmo que se passe por cima dos outros.

Mas isto não é culpa da religião católica.

Como já disse várias vezes, João Paulo II disse que os católicos da América Latina são apenas "culturalmenge católicos", eles não sabem o que significa ser católico, assim como os protestantes da América Latina não sabem o que significa ser protestante. Peçam que eles definam catolicismo e protestantismo e verão. O problema não é a religião, mas a formação educacional.

Os padres católicos da América Latina gostam apenas do Deus amor, teologia da libertação, não gostam do Cristo da hierarquia da Igreja, das leis divinas que defende a família, que é contra a desonestidade tanto dos ricos como dos pobres.

Certa vez, eu fui a um seminário, em que o autor fez uma pesquisa entre católicos e protestantes e concluiu dizendo que os católicos eram piores. Eu fiz uma simples pergunta: quem você está chamando de católicos? E citei uma deputada norte-americana (Nancy Pelosi) e o Papa. Os dois se dizem católicos, mas a deputada defende o aborto e o casamento gay.

Quantos nos países católicos não defendem o aborto e o casamento gay? Nós tendemos a pensar que Deus é apenas amor, ele não tem regras, se a mãe quiser pode matar sua criança no útero, e que a liberação do casamento gaya não faz mal à sociedade. 

Por último, será que os países portestantes estão bem administrativamente e economicamente, já viram a situação da Holanda ou do país mais rico e protestante do mundo, Estados Unidos?

(Agradeço o texto do Taki´s Magazine ao site New Advent)

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