terça-feira, 19 de agosto de 2014

Papa Francisco: o Papa Teflon. Ele quer apenas "Diálogo".


No Brasil, se dizia que o Lula era "teflon", víamos vários problemas que causariam qualquer político perder o poder popular (mensalão, aloprados, ataques pessoais aos adversários, palavras chulas,...) mas ele seguia forte politicamente. Nos Estados Unidos, muitos dizem que Obama é teflon, Obama administra a pior recuperação econômica da história, que penaliza especialmente a minoria negra, Obama ataca a liberdade religiosa exigindo que todos paguem por abortos, Obama deixou um diplomata americano a própria sorte na Líbia para ser morto por terroristas, mas ele continua forte politicamente (apesar de ter o mesmo apoio popular do que teve Bush no mesmo período de tempo. Os americanos são mais exigentes que os brasileiros).

Em geral, o teflon é um cara popular e para ser popular precisa ser de esquerda, atualmente no mundo. Ganha apoio gratuito dos jornais e da academia.

Li ontem que o Papa Francisco é o "Papa Teflon". Quem diz isso é um dos jornalistas católicos mais respeitados dos Estados Unidos, talvez o que ganhe melhor por lá para escrever sobre o Vaticano. É o jornalista John Allen Jr, que é conhecido por ter opiniões equilibradas. No passado, ele era mais esquerdista, depois passou a ter opiniões mais conservadoras, a ponto de ter de deixar o jornal National Catholic Reporter, que é um jornal da esquerda católica. Recentemente, John Allen Jr. escreveu um bom livro sobre a perseguição a cristãos, chamado The Global War on Christians. Não é o melhor livro que li sobre o assunto, mas é sim um bom livro.

O texto de Allen é muito bom. Ele diz que há inúmeros problemas no papado de Francisco, mas os problemas não colam nele. E o Papa Francisco atrai muitos curiosos e gente que não quer falar mal dele, pois "o Papa não julga ninguém". Muitos não entendem e nem querem entender a Doutrina da Igreja, mas "gostam" do Papa.

Vejamos parte do texto de Allen Jr. Traduzo em azul.

Não é que nenhuma controvérsia tenha ocorrido. Há muita coisa, mas dada a força da personalidade do papa, nenhum delas cola nele. 

Até agora, Francisco atraiu multidões entusiasmadas e  a cobertura da imprensa arrebatadora, ele atrai pessoas importantes e ícones da cultura pop.

Muitas ações do Papa aumentam sua popularidade, pegar um carro pequeno quando desde do avião, usar um trem de carreira, e usar um lenço amarelo para lembrar as vítimas de um acidente.

O que a Coreia do Sul ilustra é que a característica teflon do Papa não um artefato ocidental ou da América Latina. O fato de ser teflon pode não resolver as objeções que alguns têm contra o catolicismo, mas pode convencê-los que o problema não é o Papa, mas apesar do Papa.

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Sobre o uso de um carro pequeno ao sair do avião, outro conhecido católico americano, chamado Christopher Ferrara, escreveu sobre isso, e criticou. Além de condenar a exaltação que o Papa Francisco faz do "diálogo" contra o proselitismo católico.

Ferrara argumenta que é meio hipócrita o Papa descer de um avião depois de viajar em classe executiva levando muitos assessores, comendo comidas caras durante o vôo, em uma viagem que custou milhões, sair do avião e pegar um carro pequeno querendo mostrar humildade. E acha que é coordenado por um assessor de relações públicas.

Ferrara também critica muito o comportamento do Papa em defender sempre o diálogo, relaxando as qualidades do catolicismo, se aproximando do pecado e ainda atacando quem defende a Doutrina Católica.

Diz Ferrara:

Alguém está realmente comprando ainda esta ofensiva de humildade do Papa Francisco? Será humilde pegar um pequeno carro depois de fazer uma viagem que custou milhões, com jatos fretados e refeições suntuosas? O show irrita qualquer um que fica furioso com a manipulação de imagens feitas por políticos, e observa o mesmo neste pontificado, provavelmente sob a condução do  "gênio das relações públicas", Greg Burke, que trabalha para o Papa.


A ideia de que alguém pode ser converter outros apenas exibindo sua "identidade" e "ouvindo o outro" teria soado absurdo aos mártires da Coréia, que foram condenados à morte por pregar o Evangelho. E os mártires provavelmente não teriam acreditado se eles fossem informados de que um dia o Papa diria isso ao bispo da Ásia: "E o Senhor lhes conceda a graça: Às vezes, ele vai ganhar os corações e alguém vai pedir para ser batizado, às vezes não. Mas sempre vamos caminhar juntos. Este é o coração do Diálogo." Em outras palavras, por vezes, você vai conseguir converter quando dialogar, por vezes, não, mas o importante é o diálogo! Evangelização perdeu todo o sentido na teologia do Papa Francisco, que é, essencialmente, o jesuíta pós-Vaticano II do liberalismo da década de 1970.


Leiam todo os textos de Allen Jr e Ferrara. São muito bons.



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