Recentemente,o Papa Francisco sugeriu que quem deve defender os cristãos no Oriente Médio é a ONU e não os Estados Unidos. O Papa também não quer guerra, quer apenas "parar" os "agressores".
Eu falei disso no blog e fiz algumas perguntas, como: A ONU tem um bom histórico em prevenir genocídio? Desde quando a ONU sabe que os cristãos são perseguidos na Síria, no Egito, no Iraque, no Irã, na Indonésia, na Índia, na Malásia, na Nigéria,...e não faz nada?
Mas falta um pergunta ainda mais básica. Nas palavras do Papa parece que a ONU é um instituição acima do bem e do mal, o que ela decide seria bom e adequado para humanidade. Quem domina a ONU são pessoas acima de qualquer suspeita que procurariam estabelecer os melhores princípios para a humanidade.
Será?
É claro que não. Para começar, mesmo esquecendo os inúmeros problemas da ONU e sua história plena de controvérsias, a ONU é feita por homens e nada feito por homens é perfeito.
Em termos católicos, a ONU há muito tempo procurar implantar o aborto indiscriminado no mundo e estimula a agenda gay. Existem associações inteiras católicas que lutam na ONU contra estas agendas. Aliás, que tal o Papa perguntar aos seus próprios diplomatas da Santa Sé, que é Observador Permanente da ONU, como é a luta dentro da ONU?
As agências de Direitos Humanos da ONU são cheias de problemas, em que muitas vezes quem domina estas agências, dentro e fora da ONU, são os próprios violadores dos direitos humanos. E o controle do dinheiro da ONU não é nada transparente.
Por exemplo, eu leio agora que a agência da ONU para refugiados (UNRWA) na Faixa de Gaza foi dominada pelo Hamas, que controla inclusive o dinheiro que a ONU recebe dos doadores (sendo que o maior doador da ONU são os Estados Unidos) e ainda usa crianças de dentro dos campos do UNRWA para doutrinar contra Israel e os infiéis. Durante os conflitos contra Israel, o Hamas utilizou os escritórios da UNRWA para esconder seus mísseis (falei disso aqui no blog anteriormente).
Há algumas teorias que circulam sobre quem domina a ONU, há gente que mostra um conluio internacional do qual pertence gente com muito dinheiro.
Mesmo que não se acredite nessas teorias, é estupidez acreditar que a ONU é uma entidade isenta, acima do bem e do mal.
Se a gente fosse perguntar quem domina a ONU ao Papa Francisco, tenho a impressão que ele responderia olhando para o Conselho de Segurança da entidade, que é dominado pelo Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. Mas na prática, no dia a dia, não é bem assim que funciona, o domínio da entidade é bem mais escuso.
(Agradeço a informação sobre a UNRWA ao site Jihad Watch)
2 comentários:
Olá!
Venho pensando nas suas palavras há alguns dias. Realmente é ingenuidade do Papa pensar que a ONU seja tão idônea assim. Ora essa, pelo pouco que sei, um dos maiores financiadores da ONU são os EUA (como dito no post), logo, eles acabam tendo mais influência.
Apesar da boa intenção do Papa de evitar mortes, a afirmação dele não foi nem um pouco sábia. Pensemos então que os EUA considerassem parar os ataques por causa do pedido do Papa e deixassem que a ONU resolvesse o conflito. A catástrofe seria ainda maior. E como desconsiderar a nação de soldados que lutam em nome das nações unidas? Seria retirar até a pátria do coração desses homens!
Sobre o seu debate com o tal do Pedro Ravazano(?), percebi mais uma vez que debate sobre religião é extremamente difícil. Certa vez quase perdi a amizade de um primo por causa disso. Hoje adoto uma postura mais defensiva (não covarde), pois a questão é a diferença da Fé. Graças a Deus, temos a Igreja para interpretar a Bíblia, que para nós é um grande presente de Deus para evitarmos fundamentalismos. Embora os muçulmanos que se manifestaram contra o ISIS não sejam influentes, há afirmações aceitáveis e civilizadas caso as adotassem em seus países. Isso não abona o Corão nem Maomé, mas já é um começo. O problema é o fanatismo que nunca diminui numa ideologia errada.
Como você disse em outro post, que os sacerdotes ouçam o que dizem nossos santos sobre o islã.
Um abraço.
Gustavo.
Caro Gustavo,
Vou começar pelo caso do Pedro Ravazzano. Como eu disse ao André, outro comentarista do blog, para mim, qualquer um que defende que outro ser humano é impuro ou é nazista, ou é hindu ou é muçulmano. O Ravazzano mostrou um apreço enorme ao xiita Sistani, ao ponto de não querer ler as críticas a ele, e ao fim defendeu a teoria muçulmana da impureza dos infiéis. Então, para mim Ravazzano é muçulmano xiita. Ele esqueceu do amor de Cristo a todos para defender um teoria diabólica, ponto final.
Sobre discutir religião, eu defendo que é uma das coisas mais importantes da vida. E claro que deve ser feito com respeito, eu nunca desrespeitei o Ravazzano no meu debate com ele, apesar do meu desprezo pelas às ideias dele.
Sobre o Papa e a ONU, eu debati com um blogueiro que tem experiência no exército americano no Oriente Médio. Ele é muito bom, mas defendia o Papa. Em um dos comentários, eu digo:
Vamos imaginar que o Obama dissesse ao Papa Francisco: "Papa Francisco, você parece me condenar por bombardear o ISIS, então eu vou paraR de fazer isso, a não ser que você me dê sua benção, de outra forma, vamos esperar pela ONU".
O que o Papa faria? Deixaria os cristão serem atacados à espera da ONU?
(Ainda espero ele publicar meu último comentário, mas veja lá o meu debate: http://vivificat1.blogspot.com.br/2014/08/pope-francis-pontifex-backs-qualified.html)
Abraço,
Pedro Erik
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