segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Um Livro para os 500 anos de Protestantismo. Se me permitem, o Papa deveria lê-lo.


O Papa Francisco anda pedindo desculpas porque a Igreja Católica teria prejudicado o desenvolvimento de igrejas protestantes. Sob o ponto de vista histórico, a ação do Papa é uma aberração. Perdão, mas é verdade.

Hoje, o padre e historiador John McCloskey recomendou um livro que traça a trajetória da Igreja desde a chamada reforma protestante. O livro é da historiadora Diane Moczar e se chama The Church Under Attack: Five Hundred Years that Split the Church and Scattered the Flock (poderia ser traduzido (e eu teria o prazer de traduzí-lo), por: A Igreja Sob Ataque: 500 anos que Dividiram a Igreja e os Fiéis).

Parece-me que o livro que é uma ótima introdução ao tema. O preço do livro é bem acessível na Amazon, por volta de R$ 40, sem incluir o frete. Se você tem kindle pode comprá-lo por apenas R$ 16.

Aqui vai a tradução de parte do que disse o padre McCloskey.

O bem-aventurado John Henry Newman uma vez escreveu: "Ir fundo na história é deixar de ser protestante." Da mesma forma, eu diria que ler sobre a perseguição incessante da Igreja Católica ao longo dos últimos 500 anos deve convencer qualquer sincero buscador da verdade religiosa que se Cristo fundou uma Igreja, então ela certamente é a Igreja Católica. Ainda hoje, os católicos são martirizados todos os dias porque eles se recusam a negar sua fé. 

A historiadora Diane Moczar deu mais uma contribuição interessante para a história popular da Igreja: The Church Under Attack: Five Hundred Years that Split the Church and Scattered the Flock. Seus livros anteriores Islam at the Gates e Ten Dates Every Catholic Should Know. 

O último livro de Moczar primeira conta agrande tragédia do século 16, chamada erroneamente de Reforma Protestante, em que os homens, como a Martin Luther Alemão, o Inglês Henrique VIII e o francês João Calvino tudo em uma forma ou de outra usaram o poder do Estado para perseguir a Igreja e travar guerras sangrentas, rasgando a cristandade. 

Para cada um dos séculos discutidos no livro, Moczar examina os principais desenvolvimentos históricos, incluindo as guerras, o crescimento econômico e grandes eventos culturais e políticos de interesse para as pessoas. Naturalmente, ela também discute a condição da Igreja em cada período, incluindo os reis, exploradores, aventureiros e (mais importante) os santos homens e mulheres dos tempos e as aparições de Nossa Senhora. 

A Contra-Reforma Católica provocou um movimento cultural espetacular em que novas formas de arte e música foram colocados a serviço da fé. 

A séculos 16 e 17 marcaram o início de novos estilos de pintura, arquitetura, escultura e música. As obras-primas barrocas são tão generosas em arte como as igrejas calvinistas são vazias e simples. Escritos católicos do período estão entre os clássicos da civilização ocidental: a poesia mística de São João da Cruz, as obras de Santa Teresa de Ávila, a obra Utopia de São Thomas More e "Introdução à Vida Devota" de São Francisco de Sales entre muitos que refletem a energia de uma Igreja revitalizada. Shakespeare já se sabe que era um católico em segredo durante a perseguição na Inglaterra elizabetana (no qual, ao que parece, alguns de seus parentes foram enforcados, arrastados e esquartejados) e, certamente, usou os temas católicos e críticas veladas de tirania em suas peças.

Estudando a história católica dos últimos séculos pode iluminar e inspirar-nos como lutamos com corações valentes.


3 comentários:

Anônimo disse...

O Papa Chico não está nem aí para isso. Em breve ele festejará juntamente com os luteranos os 500 anos do luteranismo como se fosse uma coisa boa...

Eduardo Araújo disse...

Grande e preciosa Historiadora (com agá maiúsculo)!

Duas obras fundamentais de autoria da Diane já foram traduzidas no nosso país: "Sete Mentiras Sobre a Igreja Católica" e "Dez Datas que Todo Católico Deveria Conhecer", ambas pela Castela Editorial.

Caro Thyself, será que essa editora não aceitaria sua tradução?

Pedro Erik Carneiro disse...

Seria um prazer e uma honra fazer a tradução deste livro, caro Eduardo. Mas não sei como proceder.

Tenho feito traduções para o site da Sociedade Chesterton Brasil, mas ainda não fiz para livros.

Abraço,
Pedro Erik