segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Poluição Verde

 


Imaginem uma situação em que a produção de um material para a geração de energia (supostamente) limpa destrói o meio ambiente. Eu vou chamar isso de Poluição Verde. O caso foi descrito pelo jornal The Daily Mail.

A cidade de Boutou, China, na fronteira com a Mongólia, tem aproximadamente 90% das reservas do mundo de um metal raro, o neodinum, o elemento é essencial para fazer os magnetos das turbinas eólicas, para produção de energia. Veja a explicação acima na foto acima.

Acontece que a produção de neodinum gera um impacto extremo no meio ambiente, como total envenenamento de lagos, destruição da produção agrícola e prejuízo para a saúde das pessoas. Sem falar no impacto da propria torre de geração de energia eólica que precisa de muita terra para ser disponibilizada e  muito concreto para se manter de pé.

Vejam fotos abaixo da produção de neodinum em Baotou:



A estatal Baogang Group, que opera a maioria das fábricas em Baotou, diz que investe dezenas de milhões de libras em proteção ambiental e processamento de despejos. O Departamento de segurança e meio amboente da empresa disse que 7 milhões de despejo já foram jogados no lago, que já está 100 pés mais cheio e aumentando 3 pés por ano.

Ambientalista respondem que energia éolica produz menos problemas que o carvão, o gás e a energia nuclear. E advogam que o usos de neodinum e concreto seja o mínimo. Mas outros lembram que não há certeza de quanto de poluição, emissão de gás carbono, é gerada na geração de energia mais limpas.

No entanto, os dois maiores problemas da chamada energia verde são a pouca geração de energia, frente às outras fontes, e o custo social em impostos, taxas e subsídios para satisfazer os desejos dos ambientalistas. Calcula-se que 2020 a regulação ambiental adicionará 31% nas contas de energia. O aumento do custo de energia é extremamente danoso para toda a economia de um país, e um fator para aumento da pobreza, sem falar nos riscos de morte causados pelo frio se a pessoa não poder pagar pela conta de energia.

Há no Reino Unido 3.153 turbinas, com uma capacidade máxima de apenas 5.203 megawatts. A demanada de energia no Reino Unido chega a 60 mil megawatts, a máxima capacidade de todas as turbinas não chega a 10%. E o pior, em dezembro passado, quando se alcançou aquela demanda, os ventos fracos fizeram com que as turbinas gerassem apenas 140 megawatts, o que significou apenas 0,2% da necessidade do país. Os produtores de energia éolica ainda não conseguiram usar nem 25% de sua capacidade e, pela volatilidade dos ventos, não se pode contar com a capacidade máxima das turbinas. Mas há planos ambiciosos para instalação de centenas e outros planos para condenar a produção de energia considerada poluente.

Atualmente, 71% da energia no Reino Unido vem de combustíveis fósseis e 16% de energia nuclear, somados alcançam 87%. Por aí tem-se uma boa idéia dos riscos econômicos que o país enfrenta em tentar mudar totalmente  sua produção energética. Além da poluição verde fora e dentro do Reino Unido, temos os extremos custos econômicos e sociais em mundo de forte competição.

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