quarta-feira, 5 de junho de 2013

Multiculturalismo Convida o Demônio para Participar



Ontem, o Brasil soube que o Ministério da Saúde não vai mais veicular uma campanha que tem o slogan "Sou Feliz por ser Prostituta". Para mim, o fato de termos uma campanha com este slogan mostra que o governo brasileiro perdeu completamente a noção do certo e do errado, jogou fora completamente sua herança cristã (afinal Cristo disse para uma prostituta: "Vá e não peque mais"). Mas o governo brasileiro está longe de estar só nesta loucura, nesta falta de noção da verdade. Infelizmente, o Brasil só reflete a imbecilidade do mundo.

Sobre isto, ontem eu li um texto do grande padre Robert Barron falando justamente sobre como a ideia de diversidade cultural alcançou um patamar de idolatria na sociedade mundial. Um patamar tão alto que estamos convidando o demônio para ter oportunidade entre nós, pois ele, supostamente, não pode ser recriminado.

Padre Barron fala sobre a líder Igreja Episcopal nos Estados Unidos, uma Igreja que aceita padres mulheres e padres gays. A  líder da Igreja é a episcopisa (bispa)  Katharine Jefferts Schori (foto acima). Katherine acredita tanto na diversidade cultural que chega ao ponto de criticar São Paulo, por ele ter expulsado o demônio de uma mulher nos Atos dos Apóstolos. Padre Barron descreve esta posição de Katherine.

Nos Atos dos Apóstolos (16:16-31) é contada a história de uma mulher que era escrava e ganhava dinheiro para os seus patrões fazendo adivinhações. Esta mulher perseguiu São Paulo por dias gritando: "Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam-vos a salvação".  Até que São Paulo se virou para a escrava e disse: "Eu te ordeno em Nome de Jesus Cristo: sai desta mulher!" e o demônio saiu. Mas os patrões vendo que perderam a fonte de renda das adivinhações, levaram São Paulo para ser açoitado e preso.

Aqui vai a passagem dos Atos Apóstolos:

16.Um dia, quando íamos para a oração, veio ao nosso encontro uma jovem escrava, que estava possuída por um espírito de adivinhação; fazia oráculos e dava muito lucro aos seus patrões.
17. Começou a seguir Paulo e a nós, gritando: «Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam-vos o caminho da salvação».
18. Isto aconteceu durante muitos dias. Por fim, não suportando mais a situação, Paulo voltou-se e disse ao espírito: «Eu te ordeno em Nome de Jesus Cristo: sai desta mulher!» E o espírito saiu imediatamente.
19. Os patrões da jovem, vendo que tinham perdido a esperança de lucros, agarraram Paulo e Silas e arrastaram-nos até à praça principal, diante dos chefes da cidade.
20. Apresentaram-nos aos magistrados e disseram: «Estes homens provocam a desordem na nossa cidade; são judeus
21. e pregam costumes que a nós, romanos, não é permitido aceitar nem seguir».
22. A multidão amotinou-se contra Paulo e Silas. Os magistrados arrancaram-lhes as vestes e mandaram-nos açoitar com varas.
23. Depois de os açoitar bastante, lançaram-nos na prisão, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança.
24. Ao receber esta ordem, o carcereiro levou-os para o fundo da prisão e prendeu-lhes os pés no tronco.
25. À meia noite, Paulo e Silas rezavam e cantavam hinos a Deus; os outros companheiros de prisão escutavam.
26. De repente, houve um terremoto tão violento que sacudiu os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e as correntes de todos desprenderam-se.
27. O carcereiro acordou e viu as portas da prisão abertas. Pensando que os prisioneiros tivessem fugido, puxou da espada e estava para se suicidar.
28. Mas Paulo gritou: «Não faças isso! Nós estamos todos aqui».
29. Então o carcereiro pediu tochas, correu para dentro e, a tremer, lançou-se aos pés de Paulo e Silas.
30. Conduzindo-os para fora, perguntou: «Senhores, que devo fazer para ser salvo?»
31. Paulo e Silas responderam: «Acredita no Senhor Jesus, e serás salvo tu e todos os da tua casa

São Paulo libertou a mulher de dois exploradores: o demônio e os patrões. No caso, não importa que o demônio dizia a verdade (que São Paulo era enviado de Deus), demônios dizem muitas vezes a verdade para levar para o mal caminho, para a escravidão espiritual.

Mas a  bispa não acha isso, não gostou da atitude de São Paulo, ela acha que São Paulo não entendia a importância da diversidade de crenças. São Paulo deveria entender a diversidade e deixar a escrava fazendo adivinhações. Ela ainda acha que São Paulo mereceu ser preso e açoitado!!

Que loucura!! Lembrem que a bispa se diz cristã. Ela simplesmente está condenando o maior teólogo bíblico, São Paulo, o homem que deu as bases teológicas cristãs, que escreveu metade do Novo Testamento!

Padre Barro concluiu com perfeição seu texto. Ele disse (traduzo em azul):

What is at the root of this deeply wrong-headed homily is a conflation of early 21st century values of inclusion and toleration with the great Biblical value of love. To love is to will the good of the other as other. As such, love can involve -- indeed, must involve -- a deep intolerance toward wickedness and a clear willingness to exclude certain forms of life, behavior, and thought. When inclusivity and toleration emerge as the supreme goods -- as they have in much of our society today -- then love devolves into something vague, sentimental and finally dangerous.

How dangerous? Well, we might begin to see the devil himself as beautiful and holy.

O que está na raiz desta homilia profundamente equivocada (da bispa) é uma fusão de valores do início do século 21 de inclusão e tolerância com o grande valor bíblico do amor. Amar é querer o bem do outro como outro. Como tal, o amor pode envolver - na verdade, deve envolver - a profunda intolerância para com a maldade e uma vontade clara de excluir certas formas de vida, comportamentos e pensamentos. Quando a inclusão e a tolerância surgem como os bens supremos - como acontece em grande parte da nossa sociedade de hoje - então o amor se transforma em algo vago, sentimental e, finalmente, perigoso.

Quanto é perigoso? Bem, podemos começar a ver o diabo como uma pessoa bela e santa.

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É isso aí, o mundo está jogando fora o cristianismo e convidando o Diabo para dar sua opinião.



2 comentários:

Estanislau Tallon Bozi disse...

Meu Amigo,

Penso que o feminino de "bispo" é "episcopisa".

Fica a sugestão, para você verificar.

Um abraço,

Stan

P.S.: Não publique este comentário

Pedro Erik Carneiro disse...

Obrigado, Stan.

Mas é que no Brasil muita gente já chama de bispa, fica mais claro, mas vou colocar um parêntese.

Abraço,
Pedro