quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O Legado de Obama

Na maior parte de minha carreira profissional eu trabalhei com questões internacionais, então os meus colegas de trabalho gostam de saber a minha opinião sobre os mais diversos temas. Sobre os EUA, eu sou conhecido como o "critico de Obama", o "cara que não gosta do Obama".

O que eles perguntam para mim raramente são um desafio, pois, infelizmente no Brasil, mesmo doutores, têm péssimo conhecimento sobre o acontece no mundo, grande parte se restringe a ler notícias de jornais brasileiros, que são péssimos em questões internacionais.

Então, sendo assim de pouco conhecimento em termos de assuntos internacionais, eu procuro explicar apenas um tema.

Quando a pessoa me diz: "eu gosto do Obama", eu procuro desafiá-la em apenas um tema, e respondo: "Diga uma coisa que você gosta mais nele, eu lhe provo que você está errado".

Com meus amigos economistas, é mais fácil mostrar que os Estados Unidos entraram no beco sem saída econômico, que o déficit lá ficou insustentável, que os EUA crescem cada vez menos e que os dados de empregos por lá não servem.

Com meus amigos de relações internacionais, é mais fácil ainda provar que Obama foi um desastre em política externa.

Tenho também amigos que, mesmo se dizendo católicos, gostam que Obama apoia casamento gay, daí o debate passa ser mais teológico e doutrinário. Sem falar naqueles que gostam que Obama aprova o aborto de forma generalizada.

Mas hoje li um artigo que mostra o legado de Obama pelo método de mostrar que são os condidatos populares para substituí-lo.

Obama, ao contrario do que se pensa no Brasil, não é popular nos Estados Unidos. A aceitação dele é muito baixa, ele chegou a ter momentos pior do que o Bush. Tem mais gente que não apoia ele do que gente que apoia, nos EUA. Obama não será chamado para apoiar nenhum candidato do partido dele, porque ele não atrai votos.

É uma vertente interessante ao do texto, porque geralmente o povo escolhe o sucessor de acordo com o atual mandante do cargo. O povo elegeu Dilma, olhando para o Lula, e vai eleger o sucessor de Dilma, olhando para Dilma.

Obama dividiu tanto os Estados Unidos que os mais populares para substituí-lo querem tocar fogo no circo, são dois radicais, um é comunista, Bernied Sanders, o outro é um libertário, Donald Trump. Os dois são do mesmo tipo: "querem destruir".

Vejamos parte o artigo que é Daniel Henninger, do Wall Street Journal.

Obama’s Legacy: Trump and Bernie

By 
DANIEL HENNINGER
There is Barack Obama’s State of the Union and there is the state of the union anyone else can see.
The new year began with an underground nuclear-bomb test in North Korea, the worst first week for the Dow since 1897, and Iran forcing 10 U.S. sailors to their knees.
But the man delivering the State of the Union is “optimistic” because “unconditional love” will win.
Let’s get just one SotU venting out of the way before considering what Mr. Obama has wrought for his country and its politics as he turns into his final year.
It is beyond any conceivable pale that Mr. Obama would fail at least to note the 14 Americans gunned down in San Bernardino by committed Islamic terrorists, even as he stood there lecturing the country, at least three times, about not turning against others’ religion. In the past, he said, we have “turned toward God.” Ugh.
In fact, seven years of the Obama presidency have left the United States with a historically weak economy and a degraded national politics. The causal legacy of those two realities are— Donald Trump and Bernie Sanders.
Mr. Obama said in his speech that the economy is producing jobs, which is true, and that it is “peddling fiction” to say the U.S. economy “is in decline.” Really?
The U.S. economy’s average annual growth rate since World War II has been about 3%. In Mr. Obama’s seven years it has been about 2%. Some 65% of people think the U.S. is on the wrong track. You can discover a lot about the wrong track in that missing 1% of economic growth, Mr. Obama’s “new normal.”
The president is correct that the economy is creating jobs, but an alternative view would be that he has proven it is not possible to kill an economy with a GDP of $16 trillion.
Here’s what the new normal looks like. The gold standard of new job creation is business starts. Indeed, Mr. Obama said his new online tools “give an entrepreneur everything he or she needs to start a business in a single day.” Perhaps not everything.
...
For example, Kauffman’s report also notes that the rate of entrepreneurship among people age 20-34—who hire employees like themselves, new breadwinners—began dropping fast in 2011. The president said Tuesday that ObamaCare would help new-business formation. It is doing the opposite. Millennials, assumed to be the Obama base, have entered adulthood to endure a decade of slow growth.
The leaders of Communist China lie awake at night worrying about creating 10 million new jobs every year to prevent a revolution. The elected leader of the U.S. lies awake every night thinking about jobs making . . . windmills and solar panels.
And we’ve got a revolution.
People wonder what accounts for the rise of Donald Trump and Bernie Sanders. Maybe the better question is how the Obama years could not have produced a Trump and Sanders.
Both the Republican and, to a lesser extent, Democratic parties have elements now who want to pull down the temple. But for all the politicized agitation, both these movements, in power, would produce stasis—no change at all.
Donald Trump would preside over a divided government or, as he has promised and un-promised, a trade war with China. Hillary or Bernie will enlarge the Obama economic regime. Either outcome guarantees four more years of at best 2% economic growth. That means more of the above. That means 18-year-olds voting for the first time this year will face historically weak job opportunities through 2020 at least.
Under any of these three, an Americanized European social-welfare state will evolve because Washington—and this will include many “conservatives”—will answer still-rising popular anger with new income redistributions.
And for years afterward, Barack Obama will stroll off the 18th green, smiling. Mission, finally, accomplished.


5 comentários:

Adilson disse...

Boa tarde, nobre Pedro!

Após um tempo ausente, como sempre, eis-me aqui. Boa postagem, como sempre! A seguinte frase me chamou a atenção: "O que eles perguntam para mim raramente são um desafio, pois, infelizmente no Brasil, mesmo doutores, têm péssimo conhecimento sobre o acontece no mundo, grande parte se restringe a ler notícias de jornais brasileiros, que são péssimos em questões internacionais".

Você simplesmente matou, triturou! Eis algo tenebroso! Vou mais além: especialmente em humanas, há um exército de professores universitários semianalfabetos intelectualmente. É como se eles se fechassem para o mundo e fincassem as caras apenas no livros. Especialmente nas universidades públicas, onde os sálarios sáo ótimos, isso é alarmante!

Abraço!

Pedro Erik Carneiro disse...

O baixo conhecimento em professores universitários é alarmante mesmo, meu amigo.

Acho até que é problema mundial, já ouvi muita bobagem dita por ilustres doutores em vários países.

As universidades no mundo parecem que deixaram de ser centros de ensino básico.

Abraço,
Pedro Erik

Adilson disse...

Olá, Pedro. Novamente.

Não poderia deixar de comentar novamente. O último parágrafo com tua fala, diz assim: "Obama dividiu tanto os Estados Unidos que os mais populares para substituí-lo querem tocar fogo no circo, são dois radicais, um é comunista, Bernied Sanders, o outro é um libertário, Donald Trump. Os dois são do mesmo tipo: 'querem destruir'".

Tô com uma dúvida: você considera Trump um radical. Bem, como desconheço os pontos de Trump, além daqueles sobre a imigração, eu gostaria de saber se esse radicalismo Trump é em sentido positivo ou negativo, considerando o grande "avanço" (avanço em caos econômico, moral e prejuízos internacionais) que os democratas e outros esquerdistas conseguiram realizar. Poderia apontar ao menos 3 pontos em que o radicalismo de Trump assusta os democratas e sua militância?

Pedro Erik Carneiro disse...

Caro Adilson,

Eu diria que Donald Trump é um cara sem nenhuma convicção, depende do momento e onde dá mais retorno. Por exemplo, ele já foi um dos maiores doadores para campanha dos Clinton, hoje ataca até o período de Bill Clinton. Do lado cristão, suas opiniões sobre aborto, também sairam de uma financiador pró-aborto, para se dizer pró-vida atualmente, sem explicar muito. Sobre comércio já atacou a China e depois disse que faria acordo comercial com a China.

Em suma, o cara diz o que tá afim, e não liga para princípios.

Diz hoje que atacaria o Estado Islâmico, será?

Ele é um excêntrico, com dinheiro e desprezo por todos seus opositores, que podem ser qualquer um, dependendo do momento.

Um cara sem princípios e vaidoso pode fazer muita desgraça.

Abraço,
Pedro Erik

Vic disse...

Obama é um Lula piorado, pertencente ao PT dos EUA, além de ser bem mais astuto e saber melhor dissimular suas intenções malévolas.
Só de esse cara apoiar e ser comunista(abortista) e do Islã dos ISIS da vida - ultra oportunista: alterna apoios, dependendo da hora - mostra o seu péssimo caráter e a podridão interna!