sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Música Natal de 2024 - Para Quem Anda Sem Esperança.


Eu nunca estive tão triste e desaperançoso com a situação do Brasil, em termos políticos, sociais e econômicos. Simplesmente tenho dificuldade de ver solução, ou força social, religiosa ou política que possa reverter. A mentira e a falta de defesa ética dominam em todo lado que se olha.

A velha música acima fala de desepero em tempos de Natal. A banda que toca é uma banda cristã chamada Casting Crows, algo como selecionando corvos. Corvos costumam significar luto, tristeza. Apesar de eu os achar pássaros belíssimos. 

Este blog iniciou uma tradição de em todo dezembro sugerir uma música de Natal. Começou em 2018, com os 200 anos de Noite Feliz. No ano passado, eu falhei nisso, pois estava muito voltado para a condenação do gayzismo do Fiducia Supplicans de Francisco.

Este ano,  a sugestão é essa velhíssima canção chamada "I Heard the Bell on Christmas Day". É uma canção de Natal baseada no poema de 1863 "Christmas Bells" do poeta americano Henry Wadsworth Longfellow.

A canção ressalta o desespero que se observa no mundo, com guerras e estupidezes. A letra fala do narrador ouvindo sinos de Natal durante a Guerra Civil Americana, e vendo que "o ódio é forte e zomba" da ideia de que o nascimento de Cristo trouxe paz na terra aos homens de boa vontade, como diz a Bíblia (Lucas 2:14).

Depois de muita angústia e desânimo, a canção conclui com os sinos tocando com a resolução de que "Deus não está morto, nem dorme" e que sim há "paz na terra e boa vontade para os homens".

É uma belíssima canção. E sempre vale para nosso mundo que tanto desespero sugere. 

Feliz Natal a todos. Que os sinos toquem!!!

Abaixo vai a  letra da música:


I heard the bells on Christmas day
Their old familiar carols play
And mild and sweet their songs repeat
Of peace on earth good will to men

And the bells are ringing
Like a choir they're singing
In my heart I hear them
Peace on earth, good will to men

And in despair I bowed my head
There is no peace on earth, I said
For hate is strong and mocks the song
Of peace on earth, good will to men

But the bells are ringing
Like a choir singing
Does anybody hear them?
Peace on earth, good will to men

Then rang the bells more loud and deep
God is not dead, nor doth He sleep
The wrong shall fail, the right prevail
With peace on earth, good will to men

Then ringing singing on its way

The world revolved from night to day
A voice, a chime, a chant sublime
Of peace on earth, good will to men

And the bells they're ringing
Like a choir they're singing
And with our hearts we'll hear them
Peace on earth, good will to men

Do you hear the bells they're ringing?
The life the angels singing
Open up your heart and hear them
Peace on earth, good will to men

Peace on earth, Peace on earth
Peace on earth, Good will to men.

 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Site para Cardeais Conhecerem Cardeais.


Foi criado um site dedicado exclusivamente para explicar quem são os cardeais. São tantos e tantos, a Igreja extrapolou na mania de dar cargos. Lembro do paradoxo que identicaram no Reino Unido, quanto mais a Inglaterra perdia colônias mais o setor relacionado a cuidar das colônias contratava gente. Também lembro de outro paradoxo moderno, quanto mais avançada é a medicina mais a cultrua da morte avança. Em tempos em que muitos do clero se afastam da propagação do cristianismo pelo mundo existem cada vez mais cardeais.

Bom, mas divaguei. Vamos para o caso do site dos cardeais.  Foi criado o site "The College of Cardinals Report" que traz a biografia de cada cardeal e os analisa. É dito que a criação do site foi feita a pedido dos próprios cardeiais que desejavam conhecer os "colegas".  

O site nos apresenta de cara aqueles cardeiais que considera possíveis próximos papas , "papabili".



Entre os cardeais, só conversei pessoalmente com um deles na minha vida, cardeal Raymond Burke, que não é papabili (conservador demais para esses tempos sombrios) e só vi pessoalmente outro, cardeal Peter Erdo, da Hungria. Assisti a uma missa dele em Budapeste. Cardeal Erdo está entre os papabili. Gostei muito do cardeal Erdo. 

Além disso, só acompanho de perto o que dizem o cardeal Sarah e o cardeal Burke. Entre os papabili torço para Erdo e Sarah se tornarem papas.

Mas nao faço ideia da políticas e conversas internas entre os cardeais. Só sei que Francisco tem nomeado inúmeros, então, em tese, boa arte deve ser "progressista". Mas também sei que todos sabem da bagunça doutrinária e administrativa que Francisco trouxe para a Igreja. Francisco, para mim, é o pior papa da história, então o futuro papa, se quiser seguir realmente Cristo, terá uma montanha de problemas. 

São 253 cardeais, sendo 149 nomeados por Francisco (59%), 63, por Bento XVI e 41, por João Paulo II. Cardeal Erdo foi nomeado por João Paulo II, e os cardeais Sarah e Burke foram nomeados por Bento XVI. Dos 253, só 140 votam para escolher o novo papa, destes 110 foram nomeados por Francisco (78,5%). Apenas 6 nomeados por João Paulo II votam (entre eles, Erdo). 24 dos que foram nomeados por Bento XVI votam.

O site é muito importante para os cardeais e nós leigos. Obrigado aos criadores.



quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Dia dela - Nossa Senhora de Guadalupe


Nossa Senhora de Guadalupe, para mim, é uma dádiva profunda e gigante que me libertou e pacificou no dia dela.

Viva Nossa Senhora de Guadalupe, hoje e sempre!


terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Padre Wander de Jesus: O Caso João Paulo I, a Maçonaria e a Revolução em Francisco


Descobri este vídeo hoje com o Padre Wander de Jesus. Ele fala de coisas muito importantes e diz que Francisco é o ápice da infiltração maçônica da Igreja que chega ao ponto de dizer aos líderes globalistas que a "agenda está atrasada". Além disso, padre Wander fala do possível assassinato de João Paulo I, usando o depoimento do padre Charles Murr.

Todas as informações que ele nos fornece podem sofrer escrutínio e contraditório. Algumas são muito impressionantes. Não conhecia este padre. Mas vale a pena assistir. 



 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Golpes Contra a Direita na Europa

 

Este é um assunto que deveria estar com destaque em todos os jornais do mundo e sofrer escrutínio acadêmico universal.

Uma direita minimamente conservadora e não formada por esquerdistas disfarçados (tipo PSDB no Brasil) surgiu na Europa. E a esquerda está desesperada, pois esta Direita tem muio voto.

Com isso a Direita na Europa, partidos que desejam salvar a cultura cristã, está sofrendo golpes políticos em diversos países europeus. Ganha muito do voto popular mas não recebe o poder que deveria receber.  Sem falar no uso de força policial para calar os conservadores nas mídias sociais.

Destaca-se o que ocorre nos países mais ricos da Europa: Alemanha, França e Reino Unido, além do extremo absurdo que ocorre na Romênia.

Um assunto dessa magnitude recebe pouquíssima atenção.  Mas hoje vi um texto no Zero Hedge.  Traduzo abaixo:

A democracia está morta: um golpe contra os movimentos de direita está em andamento na Europa

por Tyler Durden. 

No passado, as elites progressistas geralmente não eram ameaçadas pelas campanhas dos antigos partidos de centro e centro-direita porque esses grupos há muito são administrados por falsos conservadores sem intenção de perturbar o desvio da Janela de Overton para a esquerda radical. Mas é claro que os tempos mudaram. A oposição legítima à extrema esquerda está aumentando na forma de partidos políticos lutando por fronteiras seguras e iniciativas anti-wokeness, e os progressistas estão furiosos.

Eles experimentaram o poder quase total e, embora afirmem ser os santos padroeiros da democracia, estão adotando abertamente ideais autoritários para manter esse poder.

Nos EUA, a extrema esquerda vem travando uma guerra de propaganda total e abusa do sistema legal há anos como um meio de impedir que os conservadores retornem ao governo. As táticas de lawfare utilizadas contra Donald Trump foram sem precedentes, mas acabaram falhando.  Na Europa, porém, os esquerdistas estão obtendo mais sucesso.

Na Alemanha, o establishment está tentando banir o cada vez mais bem-sucedido Partido AfD, alegando que eles representam um "retorno ao fascismo". Mais de 100 legisladores apoiaram a resolução, embora não esteja claro se uma votação será realizada. O AfD é o segundo partido mais popular na Alemanha e recentemente apresentou um candidato para chanceler nas próximas eleições de fevereiro. 

Todos os outros partidos políticos na Alemanha são variações do espectro progressista. Os esquerdistas dizem que se o AfD ganhar qualquer poder governamental significativo, eles se recusarão a trabalhar com eles, preferindo deixar o governo alemão em um estado de limbo em vez de aceitar a vontade dos eleitores. Deve-se notar que o governo de coalizão da Alemanha já está entrando em colapso e o país está em crise. 

Na França, o crescente sucesso de Marine Le Pen e seu Partido Rally Nacional foi recebido com extremo escárnio pelas elites progressistas.  O establishment sob Emmanuel Macron se envolveu em trapaças políticas depois que o Rally Nacional venceu o primeiro turno das eleições francesas. Os centristas estabeleceram uma coalizão com os esquerdistas radicais como uma forma de impedir que a direita tomasse o poder. A medida foi tecnicamente legal, mas considerada por muitos como um esforço imoral para negar aos eleitores franceses conservadores uma voz. 

As elites também estão tentando usar a guerra jurídica contra Le Pen, conjurando acusações de uso indevido de fundos da UE com a intenção de garantir que ela possa concorrer nas eleições de 2026. Como na Alemanha, deve-se notar que a própria coalizão que foi colocada em prática para manter a direita fora do governo agora entrou em colapso sob um voto de desconfiança do primeiro-ministro Barnier e a França está atualmente em crise.

Na Grã-Bretanha, não há um partido de direita para representar os interesses públicos. O atual regime progressista/globalista violou o espírito do voto Brexit e abriu as fronteiras do país para a imigração do terceiro mundo. Os resultados foram desastrosos. O governo e a mídia britânica agora passam a maior parte do tempo tentando esconder o aumento de crimes violentos cometidos por migrantes na Europa e no Reino Unido. Sem representação, o público britânico foi às ruas para protestar. 

Em resposta, os esquerdistas reprimiram a liberdade de expressão, prendendo pessoas que criticam a imigração aberta online. A democracia está completamente morta na Grã-Bretanha. 

Na Romênia, o Tribunal Constitucional cancelou pela primeira vez os resultados de uma eleição presidencial porque um candidato de "direita" venceu inesperadamente o primeiro turno. O governo alega que Calin Georgescu recebeu um impulso online em sua conta de campanha no TikTok de fontes russas e isso representou uma "distorção do voto".  O tribunal não produziu nenhuma evidência concreta para apoiar essa alegação, nem explicou como o tráfego russo artificial na conta TikTok de Georgescu se traduz em votos romenos.

Os tribunais estão agora determinando se apresentarão acusações criminais contra Georgescu. Afinal, eles não podem realizar outra eleição apenas para o candidato vencer novamente e provar que as acusações russas são uma farsa. Os promotores estão invadindo seus aparentes financiadores de campanha em busca de provas de interferência eleitoral. Georgescu diz que nunca teve qualquer vínculo com a Rússia ou qualquer outra entidade estrangeira; ele chamou o Tribunal Constitucional da Romênia de "tribunal da máfia" participando de um golpe contra o povo romeno.

Mais uma vez, esta é a morte completa da Democracia como a esquerda política a promove.     

A explosão do entusiasmo público por movimentos de direita na Europa com políticas legitimamente conservadoras (entre os mais jovens em particular) provou que a guinada para a esquerda não é o que a população quer; nunca foi.  No entanto, o establishment progressista considerou esta mudança no sentimento público inaceitável. Eles decidiram fazer tudo e qualquer coisa para manter o poder, mesmo que isso signifique abandonar os processos democráticos que eles afirmam defender.



sábado, 7 de dezembro de 2024

Francisco Aprova Peregrinação Gay para Jubileu 2025

 


Papa Francisco dedica um dia em 2025 (6 de setembro) para a peregrinação gay e todos da LGBT para celebrar jubileu 2025.

Diz o texto do jornal:

"O Jubileu de 2025 abrirá as portas para a primeira peregrinação expressamente dedicada aos gays e a todas as pessoas LGBTQIA+. ...

Uma novidade absoluta, escreve o jornal na Via del Tritone, especialmente se considerarmos que em 2000, ano do último Jubileu ordinário, o Vaticano se opôs firmemente à Parada Mundial do Orgulho Gay, que naquele ano se realizou em Roma, capital do cristianismo.  No final, o desfile aconteceu, mas não sem inúmeras polêmicas.

No calendário oficial do Ano Santo de 2025, revela ainda o jornal romano, "um momento de espiritualidade especial foi incluído no dia 6 de setembro, e a histórica Igreja barroca de Gesù atuou como promotora para acolher os peregrinos LGBT+, seus pais, os operadores e todos aqueles que gravitam em torno destas associações arco-íris, lideradas na Itália pela Tenda de Gionata".  O evento recebeu o título de “Igreja, casa de todos, cristãos LGBT+ e outras fronteiras existenciais” e foi incluído no calendário de eventos previstos.

O Papa aceitou a ideia do Padre Pino Piva, um jesuíta de Bolonha que sempre se dedicou ao mundo arco-íris" lemos novamente no Messaggero.  Depois, tendo ouvido também o parecer positivo do Cardeal Matteo Maria Zuppi e os acordos feitos com o Arcebispo Rino Fisichella, organizador do Ano Santo, foi possível traçar um programa definitivo e definir os dias em que este Jubileu será celebrado." 


O que dizer?

O Lepanto Institute disse que papa atrai a ira de Deus ao Vaticano e à Igreja Católica. 

Claro que sim.

Que terrível pontificado fruto da renúncia de Bento XVI!!!!


terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Pesquisa Educação no Mundo: Piorando e Tecnologia Ajuda a Piorar



A instituição Ipsos apresentou uma pesquisa sobre a educação mundial. A pesquisa envolveu 30 países e entrevistou diferentes gerações, desde boomers, que nasceram de 1946 a 1964, até a geração Z que nasceu até 2010. Entrevistar pessoas sobre perguntas que a resposta exige muito conhecimento não é tarefa fácil. Podem aparecer respostas contraditórias. A pesquisa mostra isso por exemplo com a Indonésia, que costuma ter notas muitas baixas em testes de edcuação, mas boa parte da população acha que a edcuação no país é boa. Enquanto no Japão, cujos alunos tiram notas muito altas nos testes, se avalia que a educação lá está muito ruim. Para se avaliar bem a educação é necessário ter tido uma ótima educação em casa ou na escola.  

Por outro lado, é muto importante termos a percepção da população sobre a educação, é ela que vai mover os políticos a fazerem algo.

Assim, por exemplo, o fato de nos Estados Unidos 33% acharem que a ideologia dos professores é um grande prejudicial para a educação é dado muito improtante. Essa preocupação é  maior entre todos os países avaliados, mas países como Espanha, Hungria. Polônia e Coreia tambem se preocupam com isso.

Interessante ver que as pessoas acham qur a tecnologia está sendo cada mais um prejudicial para a educação. Sim, eu como professor avalio que a tecnologias são terríveis em muitos aspectos. 

Em suma, é uma pesquisa que tem muito a dizer. Vale muito a pena uma análise.

Aqui vão alguns gráficos da pesquisa:








sábado, 30 de novembro de 2024

"Morte Assistida" no Reino Unido. Como Justifcaram o Não

 


A Câmara dos Deputados do Reino Unido aprovou "morte assistida" (eutanásia). Terror. Os que aprovaram justificaram o voto, pasmem, na "caridade" (pessoas teriam o direito de se matar se não vissem saída) e como justicaram os que foram contra?

Acima, tem a posição do historiador Tom Holland. Eu me interessei pela posição dele porque estou exatamente no momento lendo o excelente livo dele "Dominion: How the Christian Rvolution Remade the World".



Tom Holland no livro mostra como um homem que morreu pela pior das mortes, a morte dada aos priores criminosos e escravos, moldou e venceu eticamente o mundo.

Mas vejam como ele justificou apoiar o não, na imagem acima. Com ironia, dizendo que o estado inglês não consegue fornecer saúde nem justiça adequada para ser capaz de manter a eutanásia sob controle.

E como justificou Nigel Farage, o líder supostamente conservador do Reino Unido?

Vejam abaixo:



Ele disse algo como: "ei, eu sou caridoso também com as pessoas que querem se matar, mas acho que a lei pode se degenerar e matar pessoas".

Sim, alguns se levantaram dizendo que o Reino Unido agora está do lado da cultura morte.

Mas, em suma, como eu costumo dizer, desde que morei no Reino Unido: não existem conservadores relevantes no Reino Unido, todos são de esquerda eticamente. Assim, como a Igreja Anglicana está morta, estamos vendo o cristianismo lá em "morte assistida".


sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Tolkien: Comunismo, Nazismo e Guerra Civil Espanhola


Estou ecrevendo sobre o pensamento filosófico de Elisabeth Anscombe sobre guerra, em especial sobre a Segunda Guerra Mundial. Tolkien, o autor de Senhor dos Anéis, faleceu em 1973, é um ilustríssimo autor católico inglês, assim como foi Anscombe (que não é asism tão católica em suas análises). Além disso, Tolkien foi soldado de infantaria na Batalha de Somme, a batalha mais sangrenta da história para os ingleses.

Hoje, uma lacuna nos meus conhecimentos sobre Tolkien foi preenchida. Se Tolkien morreu em 1973, além de ter participado da Primeira Guerra, ele viu a Guerra Civil Espanhola, viu a Segunda Guerra, e viu a Guerra Fria.

O que Tolkien pensava de tudo isso?

Hoje descobri as respostas no livro "The Letters of J.R.R. Tolkien", de 1981., republicado em 2023.

Em resumo, Tolkien destestava o comunismo (e Stálin), o nazismo (e Hitler) e ficou do lado de Franco na Guerra Civil Espanhola. Sensacional. 

Há diversos sites na internet que mostram as opiniões de Tolkien em resumo do livro. Por exemplo, tem este aqui. E também há artigos sobre o pensamento de Tolkien sobre a Guerra Civil Espanhola, como este aqui.


quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Cardeal Muller Acusa Papa de Pecar Contra Espírito Santo?

 


O pecado contra o Espírito Santo é o único pecado que não tem perdão, assim disse o próprio Jesus Cristo (Mateus 12:32, Marcos 3:29, Lucas 12:10). O cardeal Muller escreveu um artigo sobre os setes pecados contra o Espírito Santo, no artigo vemos que não é nada difícil cometer este pecado imperdoável, e hoje em dia esse pecado é muito corriqueiro.

O título do artigo é "The Seven Sins Against the Holy Spirit: A Synoda Tragedy" (Os Sete Pecados contra o Espírito Santo: Uma Tragédia Sinodal". Claro, pelo título que o cardeal Muller vai criiccar fortemente o Sínodo da Sinodalidade. Sim, ele fez isso. Mas parece fazer muito mais. Ele disse que é pecado contra o Espírito Santo um papa demitir um bispo sem o devido processo canônico. Pode-se dizer que Francisco fez isso no caso do bispo Joseph Strickland. Foi assim considerado pelo site Breibart, que leu o texto de Muller e publicou artigo chamado "Ex-chefe do Vaticano acusa o Papa Francisco de ‘pecados contra o Espírito Santo’".

Além da questão da sindodalidade e da demissão de bispos sem o devido processo canônico, Muller ainda critica o pensamento radical ambientalista tão presente em Francisco. As palavras de Muller atingem Francisco em pelo menos três do sete pecados contra o Espírito Santo (o terceiro, o quarto e o sétimo).

Muller chega a usar a frase de Francisco: "todas as religiões são caminhos para Deus", sem citar o autor, apenas colocando entre aspas, para criticar fortemente este pensamento.

É um artigo excelente para ficarmos atentos a este pecado que é inperdoável e costumou provocar tantas análises desde sempre.

Traduzo o artigo de Muller abaixo:

Os Sete Pecados Contra o Espírito Santo: Uma Tragédia Sinodal

por Gerhard Cardinal Müller

22. 11 . 24

Quem tiver ouvidos ouça o que o Espírito está dizendo às igrejas” (Ap 2:11). Esta passagem das Escrituras é frequentemente citada para justificar uma chamada “Igreja sinodal”, um conceito que pelo menos parcialmente, se não completamente, contradiz a compreensão católica da Igreja. Facções com segundas intenções sequestraram o princípio tradicional da sinodalidade, ou seja, a colaboração entre bispos (colegialidade) e entre todos os crentes e pastores da Igreja (com base no sacerdócio comum de todos os batizados na fé), para promover sua agenda progressiva. Ao executar uma reviravolta de 180 graus, a doutrina, a liturgia e a moralidade da Igreja Católica devem ser tornadas compatíveis com uma ideologia neognóstica woke.

Suas táticas são notavelmente semelhantes às dos antigos gnósticos, sobre os quais Irineu de Lyon, que foi elevado a Doutor da Igreja pelo Papa Francisco, escreveu: “Por meio de suas plausibilidades habilmente construídas [eles] atraem as mentes dos inexperientes e os levam cativos. . . . Esses homens falsificam os oráculos de Deus e se mostram maus intérpretes da boa palavra da revelação. Por meio de palavras especiosas e plausíveis, eles astuciosamente atraem os simplórios a indagar [em um entendimento mais contemporâneo]” até que sejam incapazes de “distinguir a falsidade da verdade” (Contra as Heresias, Livro I, Prefácio). A revelação divina direta é armada para tornar aceitável a auto-relativização da Igreja de Cristo (“todas as religiões são caminhos para Deus”). A comunicação direta entre o Espírito Santo e os participantes do Sínodo é invocada para justificar concessões doutrinárias arbitrárias (“casamento para todos”; oficiais leigos no comando do “poder” eclesiástico; a ordenação de diaconisas como um troféu na luta pelos direitos das mulheres) como resultado de uma percepção mais elevada, que pode superar quaisquer objeções da doutrina católica estabelecida.

Qualquer um que, apelando à inspiração pessoal e coletiva do Espírito Santo, busque reconciliar o ensinamento da Igreja com uma ideologia hostil à revelação e com a tirania do relativismo é culpado de várias maneiras de um “pecado contra o Espírito Santo” (Mt 12:31; Mc 3:29; Lc 12:10). Isto é, como será explicado abaixo em sete aspectos diferentes, nada mais do que uma “resistência à verdade conhecida” quando “um homem resiste à verdade que reconheceu, a fim de pecar mais livremente” (Tomás de Aquino, Summa Theologiae II-II, q. 14, a. 2).


1. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Considera Espírito Santo como uma pessoa divina

É um pecado contra o Espírito Santo se alguém não o confessa como a pessoa divina que, em unidade com o Pai e o Filho, é o único Deus, mas o confunde com a divindade numinosa anônima dos estudos religiosos comparativos, o espírito popular coletivo dos românticos, a volonté générale de Jean-Jacques Rousseau, o Weltgeist de Georg W. F. Hegel, ou a dialética histórica de Karl Marx, e finalmente com utopias políticas, do comunismo ao transumanismo ateísta.

2. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Considera  Jesus Cristo como a Plenitude da verdade e da Graça

É um pecado contra o Espírito Santo se alguém reinterpreta a história do dogma cristão como uma evolução da revelação, refletida em níveis avançados de consciência na igreja coletiva, em vez de confessar a plenitude insuperável da graça e da verdade em Jesus Cristo, o Verbo de Deus feito carne (João 1:14–18).

Irineu de Lyon, o Doutor Unitatis, estabeleceu de uma vez por todas, contra os gnósticos de todos os tempos, os critérios da hermenêutica católica (isto é, epistemologia teológica): 1) Sagrada Escritura; 2) tradição apostólica; 3) a autoridade de ensino dos bispos em virtude da sucessão apostólica.

De acordo com a analogia do ser e da fé, as verdades reveladas da fé nunca podem contradizer a razão natural, mas podem (e entram) em conflito com seu uso ideológico indevido. Não há a priori nenhuma nova percepção científica (que são sempre falíveis em princípio) que possa anular as verdades da revelação sobrenatural e da lei moral natural (que são sempre infalíveis em sua natureza interna). O papa não pode, portanto, nem cumprir nem decepcionar as esperanças de mudança nas doutrinas reveladas da fé, porque “este ofício de ensino não está acima da palavra de Deus, mas a serve, ensinando apenas o que foi transmitido” (Dei Verbum, 10).

O único e eterno paradigma do nosso relacionamento com Deus sempre permanece o Verbo feito carne, cheio de graça e verdade (João 1:14–18). Em contraste com a ilusão de superioridade intelectual dos antigos e novos gnósticos com sua crença na autocriação e autorredenção do homem, a Igreja sustenta que a pessoa de Jesus Cristo é a verdade plena de Deus em uma “novidade” intransponível para todas as pessoas (Irineu de Lyon, Contra as Heresias, Livro IV, 34, 1). Porque: “Não há salvação em nenhum outro, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).

3. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita a Unidade da Igreja em Cristo

É um pecado contra o Espírito Santo quando a unidade da Igreja no ensino da fé é entregue à arbitrariedade e ignorância das conferências episcopais locais (que supostamente se desenvolvem doutrinariamente em ritmos diferentes) sob o pretexto da chamada descentralização. Irineu de Lyon declara contra os gnósticos: “Embora dispersa por todo o mundo, até os confins da terra... a Igreja Católica possui uma e a mesma fé em todo o mundo” (Irineu de Lyon, Contra as Heresias, Livro I, 10, 1–3).

A unidade da Igreja universal “em corpo e um Espírito” é cristológica e sacramentalmente fundamentada. Pois: “um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por todos e em todos” (Ef. 4:5–6). E é contrário à mesma “unidade do Espírito” (Ef. 4:3) enredar os portadores da missão geral da Igreja (leigos, religiosos e clérigos) em uma luta por “poder” no sentido político, em vez de compreender que o Espírito Santo efetua sua cooperação harmoniosa. Para cada um de nós, “falando a verdade em amor... deve crescer em tudo naquele que é a cabeça, em Cristo” (Ef. 4:15).

4. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita o Episcopado como Instituição de Direito Divino

É um pecado contra o Espírito Santo, que, por meio do sacramento das Ordens Sagradas, nomeou bispos e padres como pastores da Igreja de Deus (Atos 20:28), depô-los, ou mesmo secularizá-los, puramente a critério pessoal, sem um processo canônico. Critérios objetivos para medidas disciplinares contra bispos e padres são apostasia, cisma, heresia, má conduta moral, um estilo de vida grosseiramente não espiritual e incapacidade óbvia para o cargo. Isso é especialmente verdadeiro para a seleção de futuros bispos quando o candidato, nomeado sem exame cuidadoso, não “tem uma compreensão firme da palavra que é confiável de acordo com o ensino (sana doctrina)” (Tito 1:9).

5. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita a Lei Moral natural e Valores Não Negociáveis

É um pecado contra o Espírito Santo quando bispos e teólogos apenas oportunisticamente apoiam o papa publicamente quando ele apoia suas preferências ideológicas. Ninguém pode permanecer em silêncio ao defender o direito à vida de cada pessoa, desde a concepção até a morte natural. Pois o papa é o mais alto intérprete autêntico da lei moral natural na terra, na qual a palavra e a sabedoria de Deus brilham na existência e no ser da criação (João 1:3). Se a lei moral natural, que é evidente na consciência de todo ser humano (Rm 2:14), não constitui a fonte e o critério contra os quais julgar as leis (sempre falíveis) do estado, então o poder político desliza para o totalitarismo, que atropela aqueles direitos humanos naturais que deveriam formar a base de toda sociedade democrática e estado constitucional. Foi o que o Papa Pio XI declarou na encíclica Mit Brennender Sorge (1937) contra as Leis Raciais de Nuremberg formalmente válidas legalmente do estado alemão: “É à luz dos comandos desta lei natural que toda lei positiva, seja quem for o legislador, pode ser avaliada em seu conteúdo moral e, portanto, na autoridade que exerce sobre a consciência. As leis humanas em flagrante contradição com a lei natural são viciadas com uma mancha que nenhuma força, nenhum poder pode consertar” (Mit Brennender Sorge, 30).

6. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita a Igreja como Sacramento da Unidade Humana

É um pecado contra o Espírito Santo quando a divisão política e ideológica da sociedade desde o Iluminismo Europeu e a Revolução Francesa é incorporada a uma filosofia restauradora ou revolucionária da história e quando a Igreja una, santa, católica e apostólica é, portanto, paralisada ao colocar internamente facções "progressistas" contra "conservadoras".

Pois a Igreja em Cristo não é apenas o sacramento da comunhão mais íntima da humanidade com Deus, mas também um sinal e instrumento da unidade da humanidade em seu propósito natural e sobrenatural (Lumen Gentium, 1).

O discernimento dos espíritos não é realizado com vistas a objetivos políticos, mas teologicamente, a respeito da verdade da revelação, que é apresentada na doutrina infalível da fé da Igreja. Assim, o critério objetivo da fé católica é a ortodoxia em oposição à heresia (e não a vontade subjetiva de preservar ou mudar aspectos culturais contingentes).

Com o próximo aniversário de 1700 anos do Concílio de Niceia (325), podemos ter o seguinte lema em mente: É melhor ir para o exílio cinco vezes com Santo Atanásio do que fazer a menor concessão aos arianos.

7. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita a Natureza Sobrenatural do Cristianismo, que se opõe à sua instrumentalização para propósitos mundanos.

O pecado mais atual contra o Espírito Santo é quando a origem e o caráter sobrenaturais do cristianismo são negados para subordinar a Igreja do Deus Trino aos objetivos e propósitos de um projeto de salvação mundano, seja a neutralidade climática ecossocialista ou a Agenda 2030 da "elite globalista".

Qualquer um que realmente queira ouvir o que o Espírito está dizendo à Igreja não confiará em inspirações espiritualistas e chavões ideológicos woke, mas depositará toda a sua confiança, na vida e na morte, somente em Jesus, o Filho do Pai e o Ungido do Espírito Santo. Somente ele prometeu aos seus discípulos o Espírito Santo da verdade e do amor por toda a eternidade: “Aqueles que me amam guardarão a minha palavra, e meu Pai os amará, e viremos a eles e faremos morada neles. . . . Mas o Advogado, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos disse” (João 14:23–26).

Gerhard Cardinal Müller é ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Evidências Científicas para Existência de Deus: Começo, Entropia e Ajuste Fino.

 


No excelente site Magis Center, especializado em ciência e religião, foi disponibilizado um ótimo artigo sobre as evidências científicas para a existência de Deus

Vou traduzir o que diz o texto aqui a partir do momento que começam as explicações. 

Evidências científicas para Deus (Insights e explicações)

Magis Center11 de novembro de 2024


Primeiro, precisamos discutir que tipos de evidências e argumentos científicos podem ser aplicados.

Quando Dizemos "Evidências Científicas para Deus", O Que Queremos Dizer Exatamente?

Geralmente, uma "hipótese" é uma possível explicação para algo que observamos. Em termos estritamente científicos, no entanto, uma hipótese também deve ser testável. Se você não pode executar um experimento para provar ou refutar a hipótese, então, no que diz respeito aos cientistas, não é uma hipótese.

Não há, para o bem ou para o mal, experimentos científicos que provem ou refutem a existência de Deus. Experimentos científicos devem ser conduzidos no mundo natural e físico ao nosso redor. Deus, se ele existe, é sobrenatural e transfísico: não faz parte do mundo físico à nossa frente.

Se não pode haver um experimento científico para provar a existência de Deus, como pode haver evidências científicas para Deus?

Acontece que você pode ter evidências para algo mesmo que não tenha um experimento para isso.

Por exemplo, imagine alguém lhe perguntando: "Você acredita que eu te amo?" Você pode acreditar ou não. De qualquer forma, sua crença não dependeria de um experimento que provasse que a pessoa o amava. Sua crença dependeria, no entanto, de suas observações sobre essa pessoa, o que serviria como evidência de se você deveria ou não acreditar nessa pessoa.

Da mesma forma, embora a ciência possa não ser capaz de projetar um experimento para provar a existência de Deus, ela pode fornecer inúmeras observações que apontam para Sua existência.

Nesta postagem, veremos dois grupos de observações:

  1. Evidências de que o universo teve um começo
  2. Evidências de que o universo é bem ajustado.
O universo teve um começo, e isso é evidência científica para Deus?

Para entender essa linha de evidências, vamos supor que a ciência indique que o universo teve um começo. Como isso seria evidência para Deus?

Um antigo princípio filosófico afirma que nada vem do nada. Se o universo teve um começo, então ele teve que vir de algo; caso contrário, ele teria vindo do nada, o que é impossível.

Ex nihilo nihil fit (nada vem do nada). —Princípio filosófico defendido pela primeira vez por Parmênides

Além disso, se o universo teve um começo, ele teve que vir de algo diferente de si mesmo. 

Evidentemente, o próprio universo não poderia ter existido antes de seu próprio começo. Algo mais deve ter existido.

O universo, lembre-se, é a soma total de todas as coisas físicas e naturais. Assim, o “algo mais” que existia antes do universo não poderia ter sido uma coisa natural e física. Seria parte do universo, não separado dele se tivesse sido tal coisa.

Assim, se o universo teve um começo, ele teve que vir de um ser sobrenatural e transfísico.

Consequentemente, se a ciência indica que o universo teve um começo, então essa é uma evidência poderosa de um ser sobrenatural e transfísico que criou o universo. Em outras palavras, essa é uma evidência poderosa de Deus.

Mas a ciência, de fato, indica que o universo teve um começo? O Modelo Padrão afirma que o universo observável se expandiu repentinamente de uma pequena singularidade há cerca de 13,8 bilhões de anos — um evento conhecido como “O Big Bang”. Há muito pouco além de especulação sobre que tipo de existência física poderia ter havido antes do Big Bang.

Apesar do limite que o Big Bang coloca em nosso conhecimento, a ciência pode fornecer dois argumentos fortes para o porquê da existência física ter tido um começo. O primeiro é chamado de Prova Borde-Vilenkin-Guth, e o segundo é evidência da entropia.

Evidência científica para um começo: a Prova Borde-Vilenkin-Guth

Para entender a prova Borde-Vilenkin-Guth (BVG), precisamos começar com a Lei de Hubble-Lemaitre. Esta lei afirma que as galáxias estão se afastando da Terra (nosso ponto de observação) a velocidades proporcionais à sua distância. Quanto mais longe elas estão de nós, mais rápido as observamos se afastando.

A lei "Hubble-Lemaître" descreve a velocidade na qual os objetos se movem em um universo em expansão.

A explicação científica padrão para isso é que o espaço está se expandindo. Consequentemente, quanto mais espaço houver entre nós e outra galáxia, maior será a expansão. Portanto, da nossa perspectiva, as velocidades das galáxias aumentam ao longo do tempo.

Imagine que você pudesse pular em uma nave espacial e ir em direção a uma dessas outras galáxias a 100.000 mph. Como a galáxia está se afastando de você, sua velocidade relativa a essa galáxia será menor que 100.000 mph. Se a galáxia estiver se afastando a 20.000 mph, por exemplo, então sua velocidade relativa a ela será de 80.000 mph.

Tendo esse ponto em mente, chegamos ao início da prova BVG. Como as galáxias estão se afastando de nós cada vez mais rápido ao longo do tempo, as velocidades relativas dos objetos que se movem em direção a elas diminuiriam ao longo do tempo. Portanto, as velocidades relativas de tais objetos devem ter sido mais rápidas no passado.



Em algum ponto finito no passado, as velocidades relativas teriam atingido a velocidade da luz. Os cientistas geralmente concordam que a velocidade da luz é a velocidade máxima possível. Portanto, esse ponto teria que marcar o início do tempo e do universo como o conhecemos. Mesmo que se descubra que há uma velocidade maior que a velocidade da luz, isso não minará a teoria — ela apenas afirma que há uma "velocidade máxima".

Suponha, no entanto, que uma velocidade maior que a velocidade da luz fosse descoberta em nosso universo. A prova de Borde-Vilenkin-Guth não seria minada. Para a prova de BVG, não importa qual seja a velocidade mais alta, mas apenas que deve haver uma velocidade máxima (seja ela qual for). As velocidades passadas eventualmente a atingiriam, desde que houvesse uma velocidade máxima.

Além disso, sempre deve haver uma velocidade máxima possível em qualquer universo ou multiverso. Para entender o porquê, você deve imaginar que a energia física poderia ter uma velocidade infinita. Se sua velocidade fosse infinita, ela estaria em todos os lugares ao mesmo tempo. Isso criaria um problema de múltiplas manifestações de energia e uma série de contradições intrínsecas.

Assim, deve haver um começo de cada universo ou multiverso com uma taxa média de expansão maior que zero — como o nosso universo, que vem se expandindo desde o Big Bang.


Evidência científica para um começo: Entropia

A segunda linha de evidência científica para um começo vem da entropia.

Para entender essa evidência, é preciso entender que os sistemas físicos tendem a se mover do desequilíbrio para o equilíbrio. Por exemplo, há uma diferença de temperatura entre um cubo de gelo e um copo de água. Quando você coloca o cubo de gelo no copo de água, ele derrete e resfria a água. O sistema físico acaba com a mesma quantidade de energia, mas distribuída de forma mais uniforme, ou seja, em equilíbrio.

Quando a energia de um sistema físico se move, ele perde parte de seu desequilíbrio geral. O cubo de gelo não pode derreter novamente; ele já derreteu. Você pode congelar novamente a água no copo, mas para isso é preciso colocar energia no seu freezer: o sistema geral ainda tende ao equilíbrio.

Com o tempo, o universo necessariamente se move do desequilíbrio para o equilíbrio. Estatisticamente, ele tem que fazer isso.

Se o universo sempre tivesse existido, ele estaria em equilíbrio máximo hoje; toda a energia estaria uniformemente distribuída por ele. Nenhum movimento ou trabalho, no sentido científico, seria possível.

O universo, no entanto, não está em tal estado; portanto, ele não pode ter existido sempre. E como o universo existe agora, mas nem sempre existiu, ele deve ter tido um começo.

Essas duas evidências científicas — a prova de Borde-Vilenkin-Guth e a evidência da entropia — deixam claro que o universo teve um começo. Juntamente com o princípio de que "nada vem do nada", elas são fortes evidências de que o universo se originou de um ser sobrenatural e transfísico separado dele. Em outras palavras, elas são fortes evidências científicas de Deus.

Evidência científica para ajuste fino: mais evidências de Deus

Certas condições são necessárias para que qualquer forma de vida complexa surja em um universo. Quando os cientistas examinam essas condições, eles concordam que elas são extremamente improváveis. Como essas condições são extremamente improváveis, os cientistas ficam com duas explicações possíveis.

A primeira explicação é o design sobrenatural.

A segunda explicação é que nosso universo é um entre muitos inimagináveis. As condições dentro desses universos precisariam variar aleatoriamente. Se houvesse o suficiente delas, então seria provável que um universo como o nosso existisse.

Antes de decidir qual explicação é mais provável, devemos examinar algumas das condições que tornam nosso universo tão improvável.

Quais exemplos de ajuste fino podem ser evidências de Deus?

Você pode seguir este link para uma explicação mais aprofundada de diferentes exemplos de ajuste fino, mas o seguinte é um resumo dos exemplos mais importantes.

  • Para que a vida se desenvolva, o universo precisa começar com uma entropia muito baixa (muito equilibrio, muita ordem e altíssima energia). O físico matemático Roger Penrose calculou que as chances de nosso universo começar com uma entropia tão baixa puramente por acaso eram de 1 em 10^10^23;
  • Para que a vida se desenvolva, ela precisa de planetas habitáveis. O físico Paul Davies determinou, no entanto, que se a constante gravitacional ou a constante de força fraca fossem diferentes em 1 em 10^50, o universo teria se expandido ou colapsado catastroficamente. Galáxias não teriam se formado, muito menos estrelas ou planetas habitáveis.
  • Da mesma forma, pequenas diferenças na constante de força nuclear causariam nenhum hidrogênio ou apenas hidrogênio. De qualquer forma, uma vida complexa não teria sido possível de se desenvolver.
  • Pequenas mudanças na constante gravitacional ou na estrutura fina teriam resultado em todas as estrelas sendo anãs vermelhas ou gigantes azuis. Esses tipos de estrela não são adequadas para a vida.
Esta é uma evidência científica para Deus ou para o multiverso?

Examinamos duas linhas de evidências científicas para Deus. Uma indica o início do universo, e a outra indica que ele é bem ajustado.

Sugerimos que ambos os conjuntos de evidências indicam a existência de um criador sobrenatural e transfísico. Mas e se, em vez disso, fossem evidências para um multiverso?

De acordo com a explicação do multiverso, nosso "universo" é apenas um entre muitos. Nosso universo individual pode ter tido um início — provavelmente o Big Bang — mas o multiverso pode estar eternamente produzindo universos-bolha, pelo que sabemos. Portanto, se há trilhões de "universos" dentro do multiverso, não é surpreendente que um tão bem ajustado como o nosso possa surgir por acaso.

A teoria do multiverso é atualmente a alternativa mais forte ao design sobrenatural, mas tem várias fraquezas:

  • Por definição, o multiverso e todos os outros "universos" seriam inobserváveis. Consequentemente, o multiverso não é uma ideia cientificamente testável. Nenhuma observação que você fizer provaria ou refutaria o multiverso.
  • O princípio conhecido como Navalha de Ockham afirma que todas as coisas sendo iguais, explicações simples são preferíveis às complicadas. O multiverso é uma explicação muito complicada, exigindo trilhões de universos-bolha — e algum tipo de sistema para gerar mais!
  • Além disso, se o multiverso existisse, ele ainda exigiria um começo. O multiverso teria que ser inflacionário, pois supostamente deveria estar ocupado produzindo mais universos. Ele também teria que ter uma velocidade máxima possível finita — caso contrário, a energia poderia ter uma velocidade infinita e estaria em todos os lugares ao mesmo tempo. Assim, o multiverso também estaria sujeito à prova de Borde-Vilenkin-Guth e ainda exigiria um começo.
  • Finalmente, todas as teorias atuais do multiverso exigem condições muito específicas para funcionar. Isso as coloca, mais uma vez, dentro do reino do ajuste fino.
  • Assim, além de questionáveis, as teorias do multiverso não são suficientes para explicar o começo da realidade ou o ajuste fino presente nela.
Como tal, essas teorias não devem impedir que a evidência científica de Deus seja aceita. Quer a realidade tenha começado ou não durante o Big Bang, ela ainda precisava ter um começo. Quer haja ou não muitos outros universos, a realidade precisa ser finamente ajustada para funcionar como funciona. Deus pode não ser uma hipótese científica, mas dado o estado atual da ciência, a evidência certamente sugere que Deus existe.

Para mais informações sobre o começo do universo e se a ciência pode dar evidências de um criador transcendente, lei o livro  do Padre Spitzer, The Soul's Upward Yearning, abaixo.




domingo, 24 de novembro de 2024

Hezbollah no Brasil e na América Latina


No ano passado, a polícia federal do Brasil, fez uma operação chamada "Trapiche" e prendeu três suspeitos terroristas do Hezbollah no Brasil. A operação contou com o apoio dos Estados Unidos e de Israel. As informações é que o Hezbollah tinha como alvo judeus e instituições judaicas, incluindo sinagogas. Os suspeitos já estavam recrutando mais brasileiros para o grupo.

O primeiro artigo que publiquei sobre terrorismo islâmico foi sobre células terroristas na Tríplice Fronteira (fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai). Publiquei nos Estados Unidos em um livro chamado Global Security: Flexibility, Issues, and the Thin Lines on the War Against Terrorism. O assunto de terroristas islâmicos na América Latina náo é recente.

Atualmente, por conta da guerra de Israel contra o Hezbollah no Líbano, o mundo está alerta sobre onde o Hezbollah tem presença. Hoje, li um texto no site Zero Hedge, alertando para a necessidade de que os Estados Unidos estejam atentos à presença do Hezbollah na América Latina. O texto lembra o caso do Brasil do ano passado.

Traduzo, o texto do Zero Hedge abaixo: 

Terror ao Sul: Hezbollah na América Latina

A reeleição de Donald Trump causou repercussões em regimes que apoiam o terror e são contra Israel. No Oriente Médio, o Catar alegou que rescindiria seu antigo asilo para a liderança do Hamas, e o Irã está supostamente recalibrando sua retaliação aos recentes ataques aéreos de Israel. Mas a nova Administração Trump também deve se concentrar na América Latina, onde nações cúmplices permitiram que o Hezbollah prosperasse. Os EUA devem restringir a arrecadação de fundos regional ativa do Hezbollah, que não apenas apoia ataques contra Israel, mas também atividades criminosas transnacionais, incluindo trazer drogas e potenciais terroristas pela fronteira sul dos Estados Unidos.

Tanto Luis Arce, presidente socialista da Bolívia, quanto Nicolás Maduro, o presidente autoritário da Venezuela, não apenas fizeram comentários terrivelmente antissemitas, mas cortaram completamente os laços diplomáticos com Israel. Maduro lamentou a morte do terrorista e membro fundador do Hezbollah, Hassan Nasrallah, expressando apoio ao grupo terrorista enquanto condenava Israel.

No início dos anos 90, o Hezbollah bombardeou a embaixada israelense em Buenos Aires e dois anos depois o centro cultural judaico Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA). Em novembro de 2023, a polícia no Brasil frustrou os planos de um grande ataque terrorista a vários alvos judeus no país — lar da segunda maior população judaica da América Latina, atrás apenas da Argentina.

O patrono do Hezbollah, a República Islâmica do Irã, facilita a presença do Hezbollah na América Latina ao construir relacionamentos vantajosos com países de tendência autoritária na região.

Em julho de 2023, a BBC relatou que o Irã e a Bolívia assinaram um acordo bilateral para expandir a "cooperação nas áreas de segurança e defesa". O ministro da defesa iraniano, Mohamed Reza Ashtiani, reconheceu que o acordo envolveu "a venda de equipamentos e o treinamento de pessoal", incluindo a compra de drones iranianos pela Bolívia. O Irã e a Venezuela assinaram um acordo de cooperação de 20 anos em 2022 para aumentar os laços nos setores de petróleo, petroquímico, econômico e militar.

A Bolívia e a Venezuela são ricas em urânio e outros recursos. Em 2009, o Irã ajudou engenheiros venezuelanos com "sondas aéreas geofísicas e análises geoquímicas (para encontrar) depósitos de urânio", conforme relatado pela EcoAmericas. Em contraste, embora a presença de depósitos de urânio seja conhecida na Bolívia, o governo rotulou as informações sobre o tópico como "reservadas", o que significa que a localização, o tamanho e o potencial para mineração não são divulgados publicamente. Na mesma época em que a Venezuela e a Bolívia descobriram depósitos de urânio em suas regiões, um relatório secreto do governo israelense obtido pela AP News descobriu que: "A Venezuela e a Bolívia estão fornecendo urânio ao Irã para seu programa nuclear". De fato, no final de outubro de 2024, a Bolívia produziu seu primeiro combustível nuclear para um reator de pesquisa.

Além disso, ambos os países estão ligados a mercados de narcotráfico, nos quais o Hezbollah e outros grupos terroristas estão envolvidos. Historicamente, a Bolívia é um dos maiores produtores de folha de coca. Devido à sua abundância, a Bolívia naturalmente desempenhou um grande papel no tráfico de drogas da América Latina e forneceu cerca de 15% do mercado de cocaína nos Estados Unidos durante a década de 1980. De acordo com um comunicado de imprensa da Casa Branca de 2022, a crescente produção de cocaína da Bolívia representa uma ameaça à saúde pública dos EUA devido ao aumento de overdoses relacionadas à cocaína. Em 2009, o presidente da Bolívia na época, Evo Morales, expulsou a Agência Antidrogas dos EUA (DEA) do país após quase três décadas de presença.

A Venezuela também está envolvida no mercado de cocaína. Por meio da colaboração com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), um conhecido aliado do Hezbollah, a Venezuela serve como um principal centro de exportação de cocaína para os Estados Unidos e a Europa. No início da Administração Biden, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou várias acusações de narcoterrorismo contra o regime de Maduro, incluindo o próprio Nicolás Maduro, por conspirar com as FARC para facilitar e lucrar com o comércio de cocaína.

Em março de 2020, o ex-político venezuelano-sírio, Adel El Zabayar, foi indiciado pelo Departamento de Justiça por conspirar com Nicolás Maduro e outros líderes do regime em um plano de narcoterrorismo envolvendo dissidentes colombianos das FARC, cartéis de drogas mexicanos e agentes do Irã, Síria, Hamas e Hezbollah para realizar ataques planejados nos Estados Unidos. No mês passado, Mijal Gur Aryeh, embaixador de Israel na Costa Rica, condenou a Venezuela e a Bolívia por hospedar terroristas do Hezbollah e do Irã. No início deste ano, Patricia Bullrich, a ministra da Segurança da Argentina, também afirmou que "a Bolívia hospeda centenas de membros da Força Quds", um braço da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC).

Pessoas em listas de observação de terroristas foram presas na fronteira sul dos Estados Unidos, e pelo menos um agente do Hezbollah tentou entrar ilegalmente no país. Desde o ataque de 7 de outubro a Israel, o Hezbollah lançou mais de 8.000 foguetes contra o estado judeu, fazendo com que “mais de 70.000” israelenses evacuassem suas casas.

A presença do Hezbollah na América Latina deve alarmar as autoridades de defesa ocidentais. Enquanto a organização terrorista continua a disparar mísseis contra Israel diariamente, ela também está aumentando seu envolvimento em atividades criminosas transnacionais, à medida que seus financiadores, a República Islâmica do Irã, aumentam sua influência na região. A nova Administração Trump, com o recém-nomeado Secretário de Estado Marco Rubio — um oponente inflexível de regimes repressivos — deve trabalhar em estreita colaboração com seus aliados latino-americanos e Israel para destruir a arrecadação de fundos do Hezbollah na região, que não apenas permite atividades terroristas no Oriente Médio, mas também ameaça a fronteira sul com drogas ilícitas e terrorismo em potencial.


sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Papa Francisco, Israel, Hamas e China.


Em livro que vai ser publicado, papa Francisco usou a palavra "genocídio" para lançar suspeitas contra Israel em Gaza, após os terríveis ataques teroristas do Hamas de 7 de outubro de 2023. Bom a definição de genocídio é difícil, desde a Convenção da ONU de 1948, mas espera-se a procura preemeditada de destruição total ou em grande parte de um grupo (étnico, religioso, racial, etc). Não são mortes de inocentes colaterais, meesmo que muitas, em um ataque militar (caso contrário, virtualmente todos os países na Segunda Guerra, fizeram genocídio).

Mas o papa não é de estudar muito o que vai falar. 

O jornalista católico inglês Damian Thompson fez uma análise geral da política internacional de Francico, a partir de sua declaração sobre a Guerra contra o Hamas em Gaza.

Traduzo abaixo:

O Papa está Usando Dois Pesos Duas Medidas contra Israel?

Por Damian Thompson

Em um livro publicado esta semana, o Papa Francisco declara que "de acordo com alguns especialistas, o que está acontecendo em Gaza tem as características de um genocídio". Ele está certo. Alguns especialistas usam essa palavra para descrever a campanha militar de Israel contra o Hamas, que matou mais de 43.000 pessoas. Mas outros especialistas discordam profundamente.

A solução do Papa? "Devemos investigar cuidadosamente para determinar se ela se encaixa na definição técnica formulada por juristas e organismos internacionais." Isso levanta algumas questões. Quem somos "nós"? Ele não pode estar se referindo ao Vaticano, que não tem experiência neste assunto. Presumivelmente, ele está se referindo ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia, que está considerando uma acusação de genocídio apresentada pela África do Sul. Esse caso está custando ao governo liderado pelo CNA cerca de US$ 10 milhões, o que é muito dinheiro, considerando que está falido. Talvez alguém devesse “investigar cuidadosamente” relatos de que o caso está sendo financiado pelo ministério das Relações Exteriores patologicamente antissemita do Irã.

E também deveríamos perguntar se o líder de 87 anos da Igreja Católica já se antecipou a qualquer decisão do Tribunal  (que, em qualquer caso, seria inútil e inexequível). Os palestinos alegam que quando Francisco os encontrou no ano passado, ele descreveu as ações de Israel como um genocídio.

No entanto, ele não usou a palavra para descrever um exercício de limpeza étnica: a condução de uigures muçulmanos pela China para campos de concentração, onde as mulheres são forçadas a se submeter à esterilização e abortos. Na verdade, Francisco manteve-se completamente em silêncio, além de uma única referência rápida aos uigures como um povo "perseguido" em 2020. Isso porque em 2018 o Vaticano assinou um acordo com Pequim que deu ao Partido Comunista o controle sobre a nomeação de bispos católicos chineses em troca de benefícios não revelados. Os detalhes permanecem em segredo.

O Papa não pode levar toda a culpa pelo pacto sórdido com a China. Seu principal player foi seu secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, que na semana passada insistiu que "não há contradição entre ser autenticamente chinês e bons cidadãos e ser cristão". Sério? Cristãos chineses autênticos são proibidos de educar seus filhos na fé e forçados a comparecer a serviços que divinizam o presidente Xi e o partido. Não é de se espantar que o cardeal Joseph Zen, o heróico ex-bispo de Hong Kong, descreva Parolin como um "mentiroso descarado" com opiniões "doentias".

Parolin pode ser uma criatura deste pontificado, mas a história recente da Igreja Católica está cheia de oportunistas escorregadios que bajularam ditadores. É possível defender o silêncio de Pio XII diante das atrocidades nazistas; o falecido historiador judeu Sir Martin Gilbert estimou que o papa em tempo de guerra, que apoiou os planos de assassinar Hitler, salvou "centenas de milhares de vidas".

Dito isso, sob Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, a diplomacia do Vaticano foi desonrada por seu apoio a ditadores de direita e lavagem de dinheiro para proteger seus ativos. E durante a Guerra Fria, os departamentos do Vaticano eram rotineiramente infiltrados por espiões comunistas que empurravam a Igreja para uma acomodação ingênua com a União Soviética e seus satélites.

Mesmo assim, não há precedentes para os bizarros compromissos morais da política externa do Vaticano sob um peronista não reformado que, como relatei, tem repetidamente protegido seus aliados abusadores sexuais da justiça. Papas anteriores às vezes traíam católicos locais para reforçar sua autoridade central; sem dúvida, a cínica concordata de Pequim se enquadra nessa categoria histórica, embora nenhum dos predecessores recentes de Francisco teria aprovado um acordo tão absurdamente estúpido.

O que distingue este Papa são suas genuflexões embaraçosas a uma esquerda internacional que o tratou como um astro quando foi eleito pela primeira vez, mas agora mal reconhece sua existência. Em parte, isso se deve ao fato de ele não ter feito as mudanças nas doutrinas sobre ordenação de mulheres ou homossexualidade que eles esperavam; principalmente porque os campeões atuais da ortodoxia globalista, em comparação com os de 2013, nunca foram educados para dar a mínima para o que a Igreja Católica pensa sobre qualquer coisa.

No entanto, Francisco continua se agarrando a palhas, identificando política externa e outras posições políticas agradáveis ​​à esquerda liberal e, em seguida, tentando comprometer a Igreja Católica com elas. E ele faz isso desajeitadamente, sem se preocupar em esconder preconceitos pessoais contra (por exemplo) o estado de Israel ou políticas conservadoras de fronteira que não são compartilhadas pela maioria dos católicos praticantes. Isso o leva a alianças com inimigos do ensino católico tradicional que não acham que seu apoio vale muito — o que, para ser justo, não vale mesmo.



quarta-feira, 20 de novembro de 2024

O Mosaico de Megiddo: "Jesus Cristo é Deus", Ano 230.


Está em exibição em Washington aquilo que é considerado o maior objeto arqueológico bíblico depois dos Manuscristos do Mar Morto.

São os Mosaicos de Megiddo. Megiddo é o nome de uma prisão de segurança máxima onde foram encontrados os mosaicos, em Israel, perto da Galiléia. 

Os Mosaicos faziam parte de uma casa ou local de culto cristão no ano 230, mais de cem anos do imperador romano Constantino aceitar o cristianismo. 

Parte do Mosaico diz:

"O  adorador de Deus Akeptous ofereceu a mesa a Deus Jesus Cristo como um memorial."

Nós temos três coisas extremamente significativas:

1) Jesus Cristo foi reconhecido como Deus;
2) Foi erguido um altar, uma mesa, para exaltar Cristo;
3) Romanos já adoravam Jesus Cristo (o local na época do Mosaico era estabelecimento de soldados romanos). 

Demais. Imperdível, para quem pode ir.

O Mosaico vai voltar para Israel após a exibição no Museu da Bíblia em Washington.

Vou colocar aqui mais dois vídeos para quem se interessar mais pelo assunto:








terça-feira, 19 de novembro de 2024

Ciência Politizada - Como Corrigir?

 


O cientista político e matemático Roger Pielke Jr escreveu um artigo tratando das raízes da descrença na ciência: a politização da ciência. Para ver que isso é verdade não precisa ser cientista, basta pesquisar no Wikipedia, que virou site com viés de extrema esquerda.

Mas vou tecer alguns comentários.

Eu estou escrevendo sobre ética da guerra, nas minhas leituras, sobre guerra e filosofia, eu vi o quanto as guerras influenciaram a filosofia. Desde Sócrates que foi herói de guerras ou Xenophon, seu aluno, que foi guerreiro mercenário, até chegar aos nossos dias. As guerras infliuenciaram a filosofia (a política), e a filosofia (política) influenciou as guerras.

Assim, também ocorre com as descobertas científicas, o que seria de Descartes sem as descobertas científicas ( e sem as guerras religiosas), ou Kant sem Newton, ou Oppenheimer sem a bomba atômica, que é uma enorme descoberta científica e também a mais poderosa arma? A ciência infliuencia a filosofia (política), e a filosofia (política) também influencia a ciência.

Outro diz, eu vi o matemático John Lennox contar que a BBC lhe convidou para dar uma entrevista. O tema seria escolas religiosas. Ele perguntou: "por onde vamos começar, pelas escolas que ensinam o ateísmo?" Lennox quis dizer que qualquer escola ensina religião, mesmo a que diz que nao ensina. A BBC desistiu da entrevista (by the way, isso é muito corriqueiro comigo, alguém me chama para uma entrevista eu faço aguns comentários, e a pessoa desaparece. E estou longe de ser um John Lennox).

O que quero dizer é que os cientistas e os guerreiros estão inseridos em um contexto social e político, assim a própria formaçao deles leva essa traço. Não é possível fugir disso completamente.

O que quero dizer é que o problema não é a "politização". É pior: é a desonestidade mesmo. O problema é a impureza no coração dos cientistas, a ganância por ganhar dinheiro  que pisa nos pilares da produção científica. Em uma sociedade que tem um viés esquerdista, o cientista que quer "se dá bem" fala o que os esquerdistas querem ouvir.

Dessa forma, a raiz da desconfirança com a ciência é bem mais profunda, "está no coração dos homens", como disse Cristo.

Mas traduzo abaixo os últimos patágrafos do texto do Pielke Jr aqui:

"A ciência — a busca sistemática do conhecimento — funciona porquea comunidade adere a um conjunto compartilhado de normas. Uma formulação amplamente discutida, articulada pelo sociólogo  Robert K. Merton na década de 1930, sustenta que, para a ciência funcionar, quatro coisas principais têm que acontecer: 1) Os cientistas devem colaborar; 2) reconhecer que as descobertas científicas não são baseadas em quem está fazendo uma afirmação; 3) insistir que as instituições científicas (como periódicos) devem ser desinteressadas em vez de defensoras de uma causa; e 4) expressar ceticismo em relação às afirmações e sempre submetê-las a escrutínio.

Nos exemplos que contei, cada uma dessas normas foi violada, pois os editores de periódicos aparentemente buscaram proteger ou mesmo transformar a publicação científica em uma arma para proteger ou promover uma perspectiva consideradaimportante além da ciência. Mas quando a autocorreção na ciência é interrompida, a ciência deixa de funcionar. Isso, por sua vez, ameaça a confiança pública e a tomada de decisões eficaz.

O contexto maior aqui revela uma espécie de omertà científica entre especialistas e jornalistas. Embora muitos cientistas tenham falado sobre as origens da Covid-19, muitos também enfrentaram ataques pessoais e ameaças às suas carreiras, tanto de seus colegas quanto de jornalistas de grandes veículos. A pesquisa climática pode ser ainda pior. Minhas próprias experiências são bem conhecidas: fui atacado pela Casa Branca, investigado pelo Congresso e expulso de um trabalho de redação no 538 de Nate Silver por esforços com o apoio de um bilionário obscuro — tudo pelo pecado de publicar um resumo de uma pesquisa precisa, mas indesejada, revisada por pares. As pressões sociais e profissionais na pesquisa climática são imensas.

A única maneira de a ciência nessas áreas voltar aos trilhos é com uma liderança mais forte e comprometida com as normas científicas. Isso significa colocar as coisas em ordem, mesmo — e talvez especialmente — quando isso pode significar a retratação de um artigo com significado político. Editores de periódicos que fazem isso e se encontram na proverbial mira precisarão ser apoiados por conselhos editoriais e editores que também têm a coragem de respeitar as normas científicas.

Garantir a integridade científica na pesquisa publicada é uma escolha. Essa escolha é consequente e vai muito além dos benefícios de curto prazo e prejuízos que resultam de uma decisão de retratação específica. É em tais escolhas que a confiança pública duradoura na ciência, em última análise, repousa."


sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Padre Argentino é Condenado como Cismático por Francisco por Escrever "Habemus Antipapam?"

 


O padre argentino Fernando Maria Cornet, que escreveu o livro "Habemus Antipapam?" contra o Papa Francisco,  e era pároco das igrejas de San Donato e San Sisto em Sassari, na Itália, foi condenado como cismático pelo Papa Francisco e foi laicizado. 

Cornet foi ordenado em 1992 na Argentina e enviado para a Itália em 1999. Depois de um ano em Roma, o sacerdote mudou-se para Cerdeña. Em declaração em seu canal no YouTube, o ex-padre admitiu que esperava uma punição, principalmente por meio da publicação de seu livro. “Sou perseguido por alguém que ocupa ilegitimamente um lugar que não lhe corresponde”, afirma Cornet, que acusa o Papa de levar a Igreja à crise “com decisões ilegítimas, e designações de obispos, também ilegítimos”. 

Para ver o canal de youtube do agora ex-padre cliquem aqui.

No site sobre o livro se diz:

"Durante quase dez anos Bento XVI repetiu várias vezes: “Só há um Papa”, sem nunca indicar qual deles, Francisco, é um, e a imagem de “dois Papas vivos” levantou muitas questões. A presente investigação pretende responder a três questões suscitadas por esta situação particular: a primeira é o que realmente fez Bento XVI com a sua “Declaratio”, aquele documento lido em 11 de fevereiro de 2013 perante os Cardeais, aprofundando assim o significado real e autêntico daquela Declaração; a segunda diz respeito à legitimidade ou não de Francisco para ser considerado Papa da Igreja Católica, aprofundando-se assim na sua figura, na daqueles que durante anos pressionaram pela sua eleição, e no Conclave em que foi eleito; a terceira examina quais seriam as consequências para a Igreja se Francisco fosse julgado não como Papa, mas como Antipapa, investigando assim o estatuto canónico em que todo o Corpo Místico de Cristo se encontraria após tal julgamento."

Bom, concorde-se ou não com o ex-padre, não podemos deixar de reconhecer a montanha de confusão e heresias que Bento XVI nos meteu com sua renúncia.


quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Bispo Strickland Pede Que Bispos Denunciem Francisco como Herético

 


Bispo Strickland foi afastado do cargo na sua diocese de Tyler (Texas) no ano passado pelo Papa Francisco. Este ano, quando fez justamente um ano deste afastamento, Francisco proibiu missas tradicionais latinas em Tyler. Em clara perseguição ao bispo.

Ontem, durante a reunião da conferência de bispos dos Estados Unidos, o bispo Strickland rezou o rosário fora do local do encontro e leu uma carta em que pede que os bispos americanos denunciem que Francisco "não ensina a fé católica". Não sei por que ele não usou a palavra herético, mas se um papa não ensina a fé católica ele ensina heresias ou está mudo. Francisco não é mudo, muito pelo contrário, fala até demais. Então...

Há inúmeros exemlos que mostram que Strcikland tem razão, em falas, documentos assinados e comportamentos de Francisco. Nesta semana mesmo há o pontificado de Francisco se rebaixando mais uma vez à crise imaginada da mudança climática financiada por globalistas anticristãos, como se isso fosse uma doutrina católica,  durante a COP-29. Exatamente, como diz Strickland, o pontificado de Francisco procura fazer uma nova religião, "macaca da Igreja".

Traduzo abaixo a carta de Strickland:


O QUE SERÁ NECESSÁRIO?

Uma Carta Aberta aos Meus Irmãos Bispos (e aos fiéis leigos!)

13 de novembro de 2024

Bispo Joseph Strickland


Caros Bispos,


O QUE SERÁ NECESSÁRIO?

Vocês se reúnem aqui hoje, apóstolos atuais, enquanto a Igreja e, portanto, o mundo estão empoleirados na beira de um penhasco. E ainda assim vocês que são encarregados de guardar almas escolhem não falar uma palavra sobre o perigo espiritual que abunda.

Hoje estamos na cúspide de tudo o que foi profetizado sobre a Igreja e as abominações que surgiriam nestes tempos, um tempo em que todo o inferno ataca a Igreja de Jesus Cristo, e um tempo em que os anjos caídos do inferno não buscam mais entrar em seus salões sagrados, mas em vez disso ficam lá dentro, espiando por suas janelas e destrancando portas para dar boas-vindas a mais destruição diabólica.

Acho que São Judas tinha homens como muitos de vocês em mente quando descreveu homens que festejam “juntos sem medo, alimentando-se a si mesmos, nuvens sem água, que são levadas pelos ventos, árvores do outono, infrutíferas, duas vezes mortas, arrancadas pelas raízes, ondas furiosas do mar, espumando sua própria confusão; estrelas errantes …” (Judas 1:12-13).

Muitas pessoas perguntaram o que será necessário para que mais do que alguns bispos finalmente se manifestem contra as falsas mensagens que fluem constantemente do Vaticano sob a liderança do Papa Francisco, e eu me faço a mesma pergunta repetidamente:

O QUE SERÁ NECESSÁRIO?

Você não sabe que Nosso Senhor enviará Seus anjos vingadores para amontoar brasas de fogo sobre as cabeças daqueles que foram chamados para serem Seus apóstolos e que não guardaram o que Ele lhes deu?

E ainda assim quase todos vocês, meus irmãos, ficaram em silêncio assistindo enquanto o Sínodo sobre a Sinodalidade acontecia, uma abominação construída não para guardar o Depósito da Fé, mas para desmantelá-lo, e ainda assim poucos foram os gritos ouvidos de vocês — homens que deveriam estar disostos a morrer por Cristo e Sua Igreja.

O documento final do Sínodo foi divulgado, ainda assim com a prestidigitação que é tão característica do Vaticano controlado por Francisco. Ao chamar a atenção para as questões que preocupavam muitos, eles escorregaram no que sempre foi seu objetivo real sem que ninguém percebesse. O que eles buscavam em primeiro lugar era o desmantelamento da Igreja de Cristo, substituindo a estrutura da Igreja como Nosso Senhor a instituiu por uma nova estrutura de "sinodalidade" de inspiração diabólica que, na realidade, é uma nova Igreja que não é de forma alguma católica.

Agora vemos as palavras proféticas do Venerável Arcebispo Fulton Sheen se desdobrando diante de nossos olhos: “Porque sua religião será a irmandade do Homem sem a paternidade de Deus, ele estabelecerá uma contra-igreja que será o macaco da Igreja, porque ele, o Diabo, é o macaco de Deus. Ela terá todas as notas e características da Igreja, mas ao contrário e esvaziada de seu conteúdo divino, será um corpo místico do Anticristo que em todos os aspectos externos se assemelhará ao corpo místico de Cristo...” (Transmissão de Rádio; 26 de janeiro de 1947).

Com o impulso para a “sinodalidade”, vemos que os inimigos de Cristo estão colocando diante de nós, como Sheen diz: “uma nova religião sem uma cruz, uma liturgia sem um mundo vindouro, uma religião para destruir uma religião, ou uma política que é uma religião – uma que dá a César até mesmo as coisas que são de Deus.”

O QUE SERÁ NECESSÁRIO?

Uma compreensão rudimentar do papado nos deixa com a realidade de que o Papa Francisco abdicou de sua responsabilidade de servir como o guardião principal do Depósito da Fé. Todo bispo faz esta promessa solene de guardar o Depósito da Fé, mas o ofício petrino existe principalmente para ser o guardião dos guardiões e o servo dos servos. São Pedro recebeu o ofício que leva seu nome quando, após a ressurreição, Cristo lhe perguntou três vezes: “Você me ama?” e São Pedro respondeu: “Você sabe que eu te amo”, curando assim sua traição enquanto Cristo suportou Sua paixão. E quem é esse Jesus que Pedro professa amar? Ele é, claro, a Verdade Encarnada; assim, São Pedro está afirmando que ama a Verdade. Isso nos deixa com esta pergunta: "O Papa Francisco ama a Verdade que Jesus Cristo encarna?" Infelizmente, suas ações e suas políticas que promovem uma versão relativizada da verdade que não é verdade de forma alguma nos impulsionam a uma conclusão devastadora: o homem que ocupa a Cátedra de São Pedro não ama a verdade e busca remodelá-la à imagem do homem.

Não pode haver bispo que não esteja ciente das declarações que o Papa Francisco fez que são negações inequívocas da fé católica. Por exemplo, Francisco declarou publicamente que Deus deseja a existência de todas as religiões e que todas as religiões são um caminho para Deus. Nesta declaração, o Papa Francisco negou uma parte integral da fé católica. Quantas almas se perderão se aceitarem sua declaração errônea de que todas as religiões levarão à salvação? O que acho tão difícil de entender é que os apóstolos modernos, homens que são ordenados para serem guardiões da fé, se recusam a reconhecer isso e, em vez disso, ignoram ou até mesmo promovem essa falsidade mortal. Todo bispo e cardeal deve declarar pública e inequivocamente que Francisco não ensina mais a fé católica. Almas estão em jogo!

Portanto, pergunto novamente:

O QUE SERÁ NECESSÁRIO?

Como sucessores dos apóstolos, esta situação deve forçar os bispos da Igreja de Cristo a responder à pergunta fundamental nós mesmos: "Nós realmente amamos Jesus Cristo, a Verdade Encarnada?" Com um Papa que está se opondo ativamente às verdades divinas da nossa fé católica, a responsabilidade recai sobre os bispos do mundo de professar seu próprio amor a Nosso Senhor, de guardar o Sagrado Depósito da Fé e de se opor a qualquer tentativa de desmantelar a Verdade.

Vamos retornar à conversa fatídica entre nosso Senhor ressuscitado e São Pedro. Quando Pedro responde: "Senhor, tu sabes que eu te amo", Jesus responde: "Apascenta meus cordeiros" e novamente "Apascenta minhas ovelhas". Como Pedro deve alimentar os cordeiros de Cristo? Com ​​a Verdade, é claro — com o próprio Jesus Cristo que É a Verdade.

E ainda assim, onde estão aqueles homens que o Senhor chamou para apascentar Suas ovelhas? Onde estão os sucessores dos apóstolos que prometeram defender as ovelhas com suas vidas? Eles se sentam a alguns metros de distância, dando tapinhas nas costas uns dos outros, ouvindo palavras que sabem sem sombra de dúvida que não são a Verdade, brincando com a escuridão e blasfemando a própria Verdade que os apóstolos originais morreram para preservar.

O QUE SERÁ NECESSÁRIO?

Vocês têm palavras daqueles que falaram na Sagrada Escritura, sabedoria da Sagrada Tradição da Igreja e orientação de antigos Papas e uma grande multidão de santos de que falsos mestres viriam e que a santa fé seria atacada, e ainda assim a maioria de vocês saiu para a batalha sem armadura, e então reagiu como alguém perplexo que sua pele foi perfurada por flechas envenenadas. Vocês receberam tudo o que era necessário para garantir que suas cabeças não fossem viradas pelas mentiras de Satanás. Por que então vocês saíram sem a armadura de Deus? É SUA responsabilidade, quando virem flechas envenenadas de falsidade caindo sobre os homens, chamá-los e dizer: "Vistam a armadura de Nosso Senhor que é a Verdade, e vocês não serão feridos."

E aos fiéis, eu coloco a mesma questão –

O QUE SERÁ NECESSÁRIO?

E se seus pastores não se reunirem? E se todos eles aceitaram trinta moedas de prata e permanecem em silêncio diante da falsidade que perfura ainda mais as mãos e os pés de Nosso Senhor? Então o que será necessário para você falar?

Muitos podem dizer que não é sua responsabilidade; você pode viver a Verdade silenciosamente em seu coração. No entanto, falar a Verdade nunca pode ser simplesmente responsabilidade de outra pessoa porque Deus gravou a Verdade no coração de cada pessoa. Portanto, a Verdade é propriedade de cada homem como um presente sagrado de Deus. E nunca ninguém pode dizer que não tinha Verdade neles – e nunca um homem pode alegar corretamente que para encontrar a Verdade ele teve que recolhê-la do vento, ou ele só poderia recolhê-la das palavras de outro. A alma reconhece a Verdade e é nutrida por ela, e aqueles que murcham por falta de Verdade não murcham porque não receberam nenhuma porção da Verdade em sua própria alma. De fato, a Verdade tem sido tão suprimida repetidamente por tal pessoa – e lhe foi dito tantas vezes para “se abaixar” – até que não ousa levantar a cabeça. E é por isso que um homem se encontra em um estado tão triste – e por que quando ele grita – “Não é culpa minha que eu não tivesse a Verdade ou que eu não a conhecesse quando a encontrei” – ele fala em erro.

Nosso Senhor Jesus Cristo, concedendo livre arbítrio àqueles que Ele ama, que é cada pessoa sem exceção, deu o dom da Verdade a cada um de nós, de modo que se há alguma predisposição no coração de um homem, então é a propensão da alma de vibrar com Sua Verdade. Portanto, a alma, quando privada da Verdade, fica adormecida até que murche em algo frio e duro. Você não viu como até mesmo os anjos das trevas reconhecem a Verdade e não podem fazer outra coisa senão o que Nosso Senhor lhes ordena - e ainda assim eles se esforçam para esconder a Verdade de todos os homens para a condenação eterna de cada homem?

Então eu pergunto novamente - O QUE SERÁ NECESSÁRIO? VOCÊ MORRERÁ POR ELE?

Bispo Joseph E. Strickland

Bispo Emérito de Tyler, Texas