A foto acima é um clássico nos Estados Unidos. Obama estaria supostamente se rebaixando ao encontrar o rei da Arábia Saudita e estimulou o debate que falei ontem sobre se Obama é ou não muçulmano. Apesar de que há fotos também de Obama se rebaixando para o imperador japonês. Vai ver é mania do cara.
Hoje, o Wall Street Jornal traz uma reportagem sobre os interesses da Arábia Saudita em se juntar aos Estados Unidos na luta contra o Estado Islâmico na Síria. A reportagem conta detalhes da reunião que ocorreu no dia 11 de setembro (data interessante pois dos 19 terroristas que atacaram as torres gêmeas no dia 11 de setembro de 2001, 15 eram sauditas).
O jornal deixa claro que os sauditas só entraram na coalizão contra o Estado Islâmico com a promessa de Obama que iria derrubar o ditador sírio Bashar Assad. A Arábia Saudita detesta o ditador pois ele é uma aliado do Irã (Assad segue uma doutrina islâmica chamada alawita que é próxima dos xiitas). Em 2013, os Estados Unidos tentaram derrubar o ditador, mas com a posição da Rússia em defender a Síria, os Estados Unidos recuaram e assim enfureceram os sauditas.
Diz o jornal:
When Mr. Kerry touched down in Jeddah to meet with King Abdullah on Sept. 11, he didn't know for sure what else the Saudis were prepared to do. The Saudis had informed their American counterparts before the visit that they would be ready to commit air power—but only if they were convinced the Americans were serious about a sustained effort in Syria. The Saudis, for their part, weren't sure how far Mr. Obama would be willing to go, according to diplomats.
Além de exigir que os Estados Unidos derrubem Assad, os sauditas também argumentam que o líder xiita do Iraque al-Maliki deve cair.
No fim, é a briga sunita contra xiitas.
Na coalizão islâmica contra o Estado Islâmico, os Estados Unidos, supostamente (não se sabe muito bem como eles atuam), contam com Iêmen, Catar, Jordânia e Emirados Árabes.
Bom, Iêmem é um país em que o governo não domina totalmente o território. Há grupos terroristas islâmicos que dominam em partes do país.
Catar é dito financiar muitos grupos terroristas. Eu já mostrei aqui um jornalista americano dizendo que Obama deveria ser rígido contra o Catar porque o país financia o terrorismo global.
Jordânia é liderado por um rei que se diz descendente de Maomé e eu já mostrei aqui os sofrimentos dos cristãos no país durante a visita do Papa a Jordânia.
Emirados Árabes é um país muito pequeno e rico. Aqui no blog, eu mostrei que o clube de futebol Real Madrid resolveu se associar ao país, mas foi obrigado a retirar a cruz de Cristo de seu símbolo para comprar uma pequena ilha no país.
Além de países, Obama resolveu citar na ONU ontem um líder religioso muçulmano que seria moderado, e apoiaria as ações americanas contra o Estado Islâmico.
Mas este líder religioso, chamado Abdallah Bin Bayyah, já pediu a morte de todos os soldados americanos e de todos os judeus.
E para piorar, a própria facção síria "moderada" que os Estados Unidos dizem que fortalecerão com armas para combater o Estado Islâmico declarou que é contra os bombardeios americanos no país contra o Estado Islâmico.
Diz o o jornal Los Angeles Times:
It's not yet clear whether Washington's purported allies in Syria are completely on board with the U.S. offensive against Islamic State. One of the administration's favored moderate rebel factions, Harakat Hazm, part of the Free Syrian Army alliance and a recipient of U.S. missiles and training, issued a statement Tuesday denouncing the "external intervention" — that is, the U.S.-led bombing campaign in Syria — as "an attack on the revolution."
Em suma, na melhor das hipóteses, os Estados Unidos não têm amigos confiáveis. Eles estão mais próximos de serem inimigos.
(Agradeço a informação do Los Angeles Times e sobre o Bin Abayyah ao site Weasel Zippers)
Um comentário:
Estou começando a acreditar que essa religião não é pela paz coisa nenhuma!
Um abraço,
Gustavo.
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