sábado, 24 de outubro de 2020

Quando Clérigos Vão Debater Abertamente que o Papa é Herético? Bispo Schneider e Monsenhor Pope


No meu e-book sobre Papa Francisco, eu debati a possibilidade de que ele seja herético e naquele momento (há um ano), não se tinha a nova heresia de apoio a união civil de homossexuais. 

Como eu disse no meu livro, heresia é simplesmente definida como a obstinada negação pós-batismal de alguma verdade que deve ser acreditada com a fé divina e católica. Um herege material é alguém que não percebe que acredita em algo herético. Desde que sua ignorância não seja culpa deles, os hereges materiais não são culpados do pecado. Um herético formal, por sua vez, é alguém que percebe que acredita em algo herético e toma uma decisão consciente e livre em defesa da heresia, e assim são culpados pelo pecado. 

Francisco não pode ser simplesmente um herético material, pois ele tem ampla formação na fé.

Ontem e hoje, eu li mais duas reações à heresia homossexual defendida por Francisco abertamente e de forma obstinada (você leu alguma retratação até agora? E há comprovações de que ele defendeu essa heresia perversa às almas e às famílias desde 2003).

Uma das reações foi do monsenhor Charles Pope. Ele basicamente disse: "ei, Papa, por favor, pare de falar essas coisas, estão confundindo os católicos e dificultando imensamente meu trabalho na defesa da fé". E ainda atacou Bento XVI, e com razão.

Na tradução das palavras dele: 

"Quaisquer que sejam as razões e motivos do Papa, eles continuam sendo suas opiniões pessoais. Comentários feitos em entrevistas ou documentários não se qualificam como atos do magistério papal. Embora essas distinções possam ser razoavelmente claras para os teólogos, elas muitas vezes se perdem na maioria dos católicos, que nem sempre entendem essas distinções e não deveriam. O papa e outros clérigos não devem sobrecarregar os fiéis com a tentativa de ordenar e entender o que é dito, o que significa e se vincula ou sinaliza uma verdadeira mudança no ensino. Os papas e outros líderes da Igreja precisam ser mais discretos sobre o que dizem casualmente e evitar a tendência muito comum de conceder entrevistas abrangentes ou de ser objeto de documentários lisonjeiros que muitas vezes enfatizam demais o que o mundo quer ouvir.

As observações do papa aqui e em muitas ocasiões anteriores confundiram, desnortearam e entristeceram muitos católicos que buscam uma orientação clara em uma época de confusão. Este problema não é exclusivo do Papa Francisco. O Papa Bento XVI também deu uma série de entrevistas do tamanho de um livro, e alguns de seus comentários ali, junto com palestras públicas, também causaram confusão.

O meu apelo ao nosso Santo Padre, mais uma vez, seria que se abstenha de entrevistas com fontes seculares, conferências de imprensa em aviões e comentários improvisados. É melhor limitar-se a emitir declarações cuidadosamente revisadas por meio dos canais oficiais e falar muito menos em geral. Seus comentários sobre as mudanças climáticas, os modelos econômicos e a corrida presidencial nos Estados Unidos são um mero aborrecimento para alguns católicos. Mas quando ele opina de maneiras confusas sobre questões fundamentais como a família, a sexualidade e o sacramento do Sagrado Matrimônio, os efeitos podem ser devastadores."

Como padre, posso dizer suas observações aqui e, no passado, tornar meu trabalho de ensino e pregação muito mais difícil. Os dissidentes são encorajados e os fiéis desanimados. Também é muito estranho ter que “reclamar do papa” e lembrar às pessoas que as opiniões particulares do papa podem ser ignoradas e não vinculativas. É ainda mais difícil dizer que devo discordar publicamente dele. Os padres e bispos não devem ser colocados nesta posição. Faz-nos parecer insubordinados e levanta dúvidas sobre o que ensinamos a gerações de católicos que aprenderam a reverenciar o Papa e a orar por ele. A unidade da Igreja também é seriamente prejudicada por esses comentários improvisados."

...

Mas espera aí: o que faz mesmo um herético, senão confundir a fé e prejudicar a disseminação da Verdade de Cristo?

....

O bispo Schneider publicou mais um texto sobre as palavras de Francisco sobre união civil de homossexuais.

Basicamente, ele disse que Francisco "apoia a estrutura do pecado"!

Nas palavras dele traduzidas:

"Todo verdadeiro católico, todo verdadeiro sacerdote católico, todo verdadeiro bispo católico deve, com profunda tristeza e um coração choroso, lamentar e protestar contra o fato inaudito de que o Papa Francisco, o Pontífice Romano, o sucessor do apóstolo Pedro, o Vigário de Cristo na terra , proferido no documentário “Francesco”, que estreou em 21 de outubro de 2020 como parte do Festival de Cinema de Roma, seu apoio às uniões civis do mesmo sexo. Tal apoio do papa significa apoio para uma estrutura de pecado, para um estilo de vida contra o sexto Mandamento do Decálogo, que foi escrito com os dedos de Deus em mesas de pedra no Sinai (ver Êxodo 31:18) e entregue pelas mãos dos anjos aos homens (ver Gal. 3:19)."

Cada padre da Igreja e o Papa acima de tudo devem sempre lembrar aos outros estas palavras sérias de Nosso Senhor: “Quem põe de lado um dos menores destes mandamentos e ensina os outros em conformidade, será chamado o menor no reino dos céus” (Mt . 5:19). Todo papa deve levar muito a sério o que o Concílio Vaticano I proclamou: “O Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de Pedro que por Sua revelação eles poderiam tornar conhecida uma nova doutrina, mas que por Sua assistência eles poderiam manter inviolável e fielmente expor a Revelação, o Depósito da Fé, entregue por meio dos Apóstolos ”. (Constituição dogmática Pastor aeternus, cap. 4).

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Mas o que faz mesmo um herético  senão apoiar a "estrutura do pecado"?



16 comentários:

Emanoel Truta disse...

Boa tarde!

Prezado Pedro,

Salvo engano, um dos primeiros posts que comentei em seu blog foi sobre Chesterton. E naquele post lembrei que Chesterton falou sobre a próxima heresia: sodomia.

Salvo engano, também o padre Malachi Martin,em um de seus livros, diz que a sodomia já deveria ter sido condenada pelo Papa.

Resumo: parece que está é a nova heresia.

Valei-nos São Pio V, São Pedro Damião.

Viva Cristo Rei!

Viva a Imaculada Conceição.


Pedro Erik Carneiro disse...

Valei-nos São Pedro Damião!

Abraço, meu amigo

Elia Azzi disse...

É Triste. Bergolio agora Está escancarando sua ideologia marxista sem temor e sem pelo menos tentar uym minimo de disfarse. Está querendo mesmo ir a guerra, por isso criou tantas dioceses e patriarcados e eas encheu de ''progressistas''. Biden parece que , se eleito, vai copiar ele e encher a suprema corte de novos juizes 'progressistas''. A esquerda é realmente PROSTITUTA E BERGOLIO FAZ PARTE DESTE PROSTIBULO. INFELIZMENTE... ISSO DOI DIZER , MAS É A VERDADE

Anônimo disse...

Só herético não. Apóstata!

Os poderes deste mundo, TODOS corruptos se levantando contra A Verdade, A Vida e O Caminho para salvação.

2 Tessalonissenses II:3 Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,
4 O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.

Rafael Pauli disse...

Caro Pedro,

Os que pudessem ter algum poder eclesiástico sobra quem?

Lembro que atualmente temos 219 cardeais, desses 83 foram colocados por Papa Francisco, e em novembro ele vai elevar mais 13.

Ou seja, quase metade terá a tentação da "dívida moral". Seguirão a Cristo e denunciarão as trevas? Ou ficarão em silêncio, quando pior: ajudarão na eleição do sucessor seguindo a mesma linha?

O líder dos Jesuítas (Artur Souza) deu entrevista anos atrás afirmando que eles iriam lutar para manter a continuidade das reformas de Francisco. Ou seja, já afirmando que o próximo conclave terá muito mais ação política que a ação de Espírito Santo.

Creio que no último já foi assim.

Deus pode fazer milagres? Pode.

Mas Deus mesmo já falou que chegaria a hora do anti-Cristo. E esse só terá poder por conta da corrupção do clero.

Um abraço,

Rafael Pauli

Anônimo disse...

Boa tarde, Pedro!


Considero mais complexa a situação da união civil.

O instituto do casamento civil já se dá em oposição ao matrimônio católico e, apesar de ter pontos de tangência entre a instituição e o Sacramento, os princípios que os regem diferem muito.

Regida por princípios liberais como a liberdade e a procura pela felicidade (Carta de Independência dos EUA), é natural que o instituto do casamento civil caminhe para se transformar cada vez mais em um contrato, em que impera a vontade das partes. Nesse sentido, temos a lei do divórcio (que ataca a indissolubilidade), a proteção da união homoafetiva (que ataca a finalidade da geração da vida) e a proteção da união poliafetiva (que ataca a concepção monogâmica). A união poligâmica ainda não é tão protegida, no entanto, pela lógica, não há sentido proteger as duas anteriores e não a última. Portanto vejo como um caminho natural, pelo andar da carruagem, a legitimação da união entre três ou mais pessoas.

É pacífico que o Matrimônio é indissolúvel, entre duas pessoas, homem e mulher. No entanto, o que se coloca é se as demais uniões existentes na sociedade não merecem a devida proteção, dado que se respeita o princípio da "liberdade e da procura pela felicidade". Se um homem quer viver com outro homem, e o escolhe livremente, não merece ter seus interesses protegidos, em certa medida? Um homem que vive com outra mulher que não a que constituiu matrimônio, não deve ter reconhecida no âmbito civil sua nova relação? Seus filhos devem ser privados dos direitos, devem ser tomados como bastardos e ilegítimos?

Acho que seria interessante abordar esse ponto. Como o interesse dessas pessoas, que livremente decidiram se unir, e sua prole, seriam protegidos; ou se o não seriam absolutamente, apenas se reconhecendo direitos oriundos da relação matrimonial que segue em absoluto os princípios do Matrimônio católico (que, de fato, é a única relação reconhecida por Deus).


Grande abraço,

Jonas

Rafael Pauli disse...

Jonas...

Sei que o comentário acima não foi para mim.

Mas preciso pontuar que se São Pio X lêsse o seu comentário poderia dizer que quem o escreveu seria ou um Modernista Filosófico, ou então Modernista Reformador (de acordo com a Pascendi).

A partir do momento que você inseriu o "no entando..." você começa a cair no pensamento relativista, no liberalismo e aqui em outras palavras você começa a negociar com a Serpente no Jardim do Éden.

E aqui Jonas, você irá perder.

Medite seus questionamentos à luz nesse documento:
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20030731_homosexual-unions_po.html

Onde destaco:

"Não é verdadeira a argumentação, segundo a qual, o reconhecimento legal das uniões homossexuais tornar-se-ia necessário para evitar que os conviventes homossexuais viessem a perder, pelo simples facto de conviverem, o efectivo reconhecimento dos direitos comuns que gozam enquanto pessoas e enquanto cidadãos. Na realidade, eles podem sempre recorrer – como todos os cidadãos e a partir da sua autonomia privada – ao direito comum para tutelar situações jurídicas de interesse recíproco. Constitui porém uma grave injustiça sacrificar o bem comum e o recto direito de família a pretexto de bens que podem e devem ser garantidos por vias não nocivas à generalidade do corpo social."

E cuidado para não cair no erro de querer separar o Estado da Igreja.

Coincidentemente hoje, dia 25/10/2020 comemoramos a instituição da Festa de Cristo Rei pelo Papa Pio XI, o qual recomendo a leitura da Carta Encíclica “Quas primas” (11/12/1925):

- Que as nações reconhecessem que a Igreja dever estar livre do poder do Estado (Quas primas, 32).
- Que os líderes das Nações reconhecessem o devido respeito e obediência a Nosso Senhor Jesus Cristo (Quas primas, 31).
- Que os fieis, com a celebração litúrgica e espiritual desta solenidade, retomassem coragem e força e renovassem sua submissão a Nosso Senhor, fazendo com que ele reine em seus corações, suas mentes, suas vontades e seus corpos (Quas primas, 33).

Viva Cristo Rei!

Rafael Pauli disse...

(... e apenas para acrescentar ao comentário anterior)

No Capítulo 19 do Evangelho de São Mateus temos uma situação onde os fariseus tentaram colocar Jesus contra a parede, usando indagações parecidas:

"É permitido a um homem rejeitar sua mu­lher por um motivo qualquer?"
(versículo 3)

Jesus fala do único fim do matrimônio, passagem já conhecida.

Os Fariseus retomam a discussão querendo trazer contra Cristo a "flexibilidade de Moisés".

E ao invés de Jesus ceder à flexibilidade Ele foi muito objetivo:

“É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim. Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério”."

Todos nós sabemos que os adúlteros confessos não poderão herdar o Reino dos Céus.

Lembrando que no Capítulo 5 Jesus foi muito incisivo sobre adultério no versículo 27/28:

"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher já adulterou com ela em seu coração."

Por isso nós, se quiseremos ser verdadeiramente católicos, não deveremos jamais negociar com o mundo sobre leis espúrias que são totalmente contrárias às Leis de Deus. Não podemos ficar floreando pecados gravíssimos à luz de uma falsa misericórdia.

Ou então, querer modernizar os mandamentos de Deus para "se adequarem" à luz dos tempos atuais. Isso já foi condenado pela Igreja.

É difícil? Sim.

Porém Cristo mesmo diz, novamente no Evangelho de São Mateus (versículo 11):

"O Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam" (versículo 12)

Que São Thomas More seja um exemplo para nós, pois esse não cedeu, mesmo que custando a sua própria vida.

Anônimo disse...

Sr. Rafael Pauli,
excepcional comentário. Parabéns.
abraço,
Gustavo.

Rodrigo silva disse...

eu detesto dizer isso mas não é o fundo do poço!Francisco nomeou inúmeros cardeais esquerdistas ou seja o próximo papa será esquerdista e ainda mais ousado em pecados e heresias que Francisco.

Anônimo disse...

Bom dia, Rafael!


Sim, teus argumentos são bons, não é questão de ganhar ou perder, apenas de propor uma problemática que existe.

Realço este ponto que achei muito bom:

"Na realidade, eles podem sempre recorrer – como todos os cidadãos e a partir da sua autonomia privada – ao direito comum para tutelar situações jurídicas de interesse recíproco."

Talvez, portanto, a resposta seria a formação de um contrato que tivesse todos os efeitos da união sem chamá-lo de união, no entanto. Algo que permitisse uma convivência civil, sem nominá-lo de casamento.

Sobre "relativismo", não é essa a questão. Na verdade, o casamento e união civil são regidos por princípios objetivos diferentes do Matrimônio. Naqueles, os princípios da liberdade e da procura da felicidade (Carta de Independência dos EUA) são muito mais presentes; importa muito mais a vontade das partes, portanto seu desenvolvimento tende a privilegiar esta. Não é nem uma questão relativista, é uma posição muito objetiva, que privilegia a autonomia dos indivíduos. Repito, não é a união homoafetiva apenas que é contrária à doutrina católica, o próprio instituto do casamento civil moderno nasce em oposição ao Matrimônio.

Propões, portanto, que a única união reconhecida pelo Direito Civil seria o Matrimônio, realizado na Igreja Católica, regido por seus princípios. Nesse caso, muitos cidadãos perderiam a proteção a interesses privados que consideram importantes, como o caso do homem que teve um filho com outra mulher com quem vive estavelmente, porém fora do Matrimônio, e o considera como um legítimo filho seu, igual aos outros.

No caso dessas uniões de fato, tu serias favorável a um contrato que tivesse todos os efeitos do casamento civil, sem chamá-lo de casamento? Seria essa a tua posição, correto? Por exemplo, se o marido quisesse deixar herança para a atual companheira, com quem vive em adultério segundo a Igreja, tu aceitarias? Como verias este caso? Aceitarias como legítimos apenas o direito da esposa casada de acordo com a Igreja e o direito dos filhos oriundos apenas da relação reconhecida pela Igreja? Os demais ficariam sem direitos ou com direitos "menores"? Ou igualarias o direito da esposa em Matrimônio aos da adúltera?



Grande abraço,

Jonas

Isac disse...

IRRECONHEÇAM-SE SE AS ANTICRISTÃS E DIABÓLICAS UNIÕES ENTRE OS GLBTQ+ - QUE SE ARRANJEM!
EIS-NOS FRENTE A UMA POSSÍVEL CRISE ARIANA DOUTRO MODELO!
Não cedamos à pressão dos relativistas adeptos do modernismo de quererem conceder todos os direitos civis às parelhas de homossexuais em sentido amplo, pois daria a impressão de equiparação ao santo matrimônio católico a essas diabólicas pseudas e passionais uniões homoafetivas, apoiadas pela Serpente-maçonaria-SP - o quanto basta para avaliar seu conteúdo deletério!
Dessa forma, a SP visa destruir as famílias cristãs e assim, com mais facilidade, subjugar o povo alienado à fé católica para entregá-lo na bandeja ao anticristo!
Igualmente se pareceria mesmo em números com o arianismo em que 98% do episcopado caiu nas falácias de Ario e apenas uns quase nomeáveis prelados reagindo às presentes e refutáveis incompatibilidades doutrinárias!

Rafael Pauli disse...

Jonas,

A Igreja interpreta que filhos ilegítimos não possuem os mesmos direitos de filhos legítimos.

Lembrando que sou leigo e toda a autoridade está com a Santa Igreja. Por isso não cabe a mim achar nada, apenas seguir aquilo que a Igreja nos pede.

Porém acho perigosa a discussão pois ela iniciou-se sobre uma pergunta sobre filhos de casais homossexuais. E somente estamos tratando disso por dois fatores gravíssimos:

1) A afirmação escandalosa do Papa Francisco;
2) Pelo simples fato que um pecado gravíssimo se tornou banal: o divórcio.

Se o divórcio não fosse banal, dificilmente estaríamos discutindo essas questões. E dificilmente ocorreria o escândalo ocorrido dias atrás com o "tal documentário".

Porém agora com a banalidade, percebe-se que recorre-se à Santa Igreja para interpretar e até criar regras flexíveis à luz dos novos tempos, onde a fornicação, o adultério e a sodomia agora clamam por Misericórdia.

"Quem sou eu para julgar?"

Você consegue perceber que a discussão é em torno de flexibilizações sobre pecados que clamam vingança dos céus?

Percebo nos exemplos citados até uma espécie de chamada sentimental, como se aqui em nosso meio um filho ilegítimo fosse colocado, e aos presentes perguntado: "Essa pobre criança ficará sem direitos?"

A Igreja já ensinou sobre isso e não cabe a mim ficar achando ou deixando de achar. Os pais devem manter seus filhos, sendo eles legítimos ou não, fornecendo os direitos básicos até a vida adulta.

A Igreja é clara inclusive em seu Código de Direito Canônico quando não permite que filhos ilegítimos se candidatem ao Sacerdócio, pelo simples fato de terem nascido da imoralidade, e a gravidade que isso representa a uma vocação tão sagrada.

(se isso é seguido ou não, não tenho autoridade para discutir)

Toda e qualquer lei/contrato que queira legitimar essas uniões não são bem vistas aos olhos de Deus pois assim a Igreja nos ensina.

E toda e qualquer lei/contrato que seja, que queria igualar direitos de filhos legítimos com o de ilegítimos é um atentado ao Sacramento do Matrimônio, pois assim deseja-se igualar o fruto da vontade divina com o fruto do pecado.

E em resumo: um atentato contra o próprio Criador.

Tudo o que vem além, discussão mundanas ou o que for não me interessam e não me competem.

Abs,

Rafael Pauli


Anônimo disse...

Boa noite, Rafael!


Sim, tranquilo. Compreendi teu ponto :)

Muito obrigado pelo esclarecimento.



Grande abraço,

Jonas

Rafael Pauli disse...

Jonas,

Deus nos dá santos homens e santas mulheres para serem como prismas em nossa vida, refletindo o próprio Deus através deles.

Na nossa filiação através do batismo, na busca por uma vida justa e reta e amparados pelos sacramentos santificantes, somos levados a sermos Imagem e Semelhança de Nosso Criador.

"Sede perfeitos assim como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48)

Por isso dias atrás citei São Thomas More.

Hoje, 27/10/2020, comemoramos a vida do Beato Contardo Ferrini, jurista italiano que nasceu em 1959 e faleceu no final do ano 1902. Enfrentou problemas gravíssimos já em sua época, como o divórcio. E seguindo aquilo que a Igreja nos ensinou, manteve-se firme, sem cair nas falácias contemporâneas de sua época.

A boa nova do evangelho é sempre atual, não precisa passar por nenhuma atualização como os modernistas tentam, a boa nova se fez carne, habitou entre nós e hoje está sentado à direita do Pai como afirmamos no Credo.

Aqui um breve resumo do Patrono da Faculdade Paulista de Direito:

https://drive.google.com/file/d/1lqlQgDrBY9_ImfIUjLmWdC1k0NqjvcOf/view

Esteja sempre acompanhado de exemplos como esse.

Anônimo disse...

Srs Pauli e Jonas,
Parabéns pelo elegante e respeitoso debate. Argumentação ótima.
Abraço,
Gustavo.