quinta-feira, 30 de setembro de 2021

É Melhor que Papas sejam Líderes Políticos com Territórios Consideráveis?

John Zmirak traz um bom debate sobre se foi bom ou ruim os papas perderem os Estados Papais em 1870 para a Itália. A Igreja hoje em dia, graças ao Tratado de Latrão de 1929, possui um pequeníssimo território (Vaticano), mas os papas já foram donos de  vasto território na Itália, por mais de mil anos (de 756 a 1870), como mostra o mapa acima de 1796.

A ideia básica que é comumente ouvida é que o fim dos Estados Papais foi bom, pois assim os papas se dedicaram exclusivamente para questões espirituais.

Zmirak confirma esse lado benéfico, mas adiciona que também teve um lado muito ruim que apareceu muito claramente no século XX, os papas a se comportarem como se fossem professores acadêmicos de Harvard, distantes da realidade da vida, traçando políticas utópicas, muitas vezes antireligiosas e até anti-católicas. 

Começamos a ver muitos papas defendendo poder global, sendo contra a pena de morte, sendo contra guerras em geral, sendo a favor de doação maciça de dinheiro a ditadores no mundo. Se eles fossem donos de territórios consideráveis, com cidadãos pagando impostos e exigindo serviços e proteção, não teriam tantas ideias estúpidas.

Hoje em dia, nós temos um papa que pensa e fala sempre politicamente, a política é a alma dele, e não questões doutrinárias, assunto  ele sempre demonstra pouquíssimo conhecimento e apreço ao ponto de promover claras heresias.

Imagino um estado sendo comandado por Francisco. O site The American Catholic diz que ele não seria capaz de comandar uma barraquinha que vende sucos. Hehehe. Em todo caso, de incompetência explícita no poder, o mundo não está carente.

No meu livro Ética Católica para Economia, eu mostrei como os papas se perderam no século XX no momento que passaram a defender instituições internacionais como a Liga das Nações e a ONU, depois daí, foi ladeira abaixo em matéria de sugestão gerenciamento político das pessoas e dos países. Sem falar que, como mostro no meu outro livro sobre Teoria da Guerra Justa, os papas se perderam no momento em que passaram a ser contra guerras de forma indiscriminada, coisa esdrúxula e estranha para o ponto de vista de qualquer doutor da Igreja, como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.

Zmirak toca em alguns pontos que eu analisei nos meus livros, sendo que meus livros são bem mais completo sobre esse assunto, hehehe. Comprem os livros e comprovem.

Abaixo, tradução da parte final do texto de Zmirak:

Como o Vaticano se transformou em uma ONG Woke

Este movimento começou com o Papa Paulo pontificando no Popolorum Progressio que a solução certa para a pobreza global era ... ajuda externa maciça, de contribuintes ocidentais a governos do terceiro mundo. (Isso acabou sendo um desastre, como os leigos conservadores previram rapidamente, fazendo pouco além de inundar as contas bancárias suíças de ditadores africanos com chapéus de pele de leopardo.)

Em seguida, veio a especulação infundada de João Paulo II de que a pena de morte não era mais necessária, graças aos nossos avanços na criminologia. Em suas reflexões em evolução sobre uma doutrina estabelecida desde o Pacto de Noé, João Paulo simplesmente deixou de fora a razão principal para a pena de morte. Ele abandonou qualquer menção de impor justiça aos piores malfeitores. (Como os criminosos de guerra de Nuremberg, a quem Pio XII havia instado a serem enforcados rapidamente.) Em vez disso, João Paulo manteve apenas o argumento utilitarista sobre a autodefesa social. Assim, o argumento central da justiça saiu da maioria dos debates cristãos sobre o assunto, no buraco da memória. Ficamos parecendo hedonistas utilitários.

Pior ainda foi a afirmação confusa do Papa Bento XVI de que nosso planeta precisa de um governo planetário - a fim de conter os abusos financeiros e pôr fim às guerras. Ninguém dentro do Vaticano aparentemente pensou em lembrar ao papa que a competição entre governos em todo o mundo ajuda a frear a tirania. Nem que o regime global mais provável que surgisse seria uma ditadura da qual não haveria exílio, não haveria escapatória. Exceto no espaço sideral. (“Ajude-me, Obi-Wan, você é minha única esperança!”)

O utopismo clerical imprudente explodiu como uma piñata em câmera lenta com a eleição do Papa Francisco, cujo alinhamento ideológico com as elites globalistas e a esquerda radical que examinarei na próxima vez, em contraste com a sábia liderança cristã do líder húngaro Viktor Orban.


Um comentário:

Isac disse...

VIKTOR ORBÁN CONHECE MUITO BEM OS SEUS PERIGOSOS ADVERSÁRIOS ANTI MAGIARES, ESPECIALMENTE OS MUÇUS!
Esse governante me convence até ao presente momento! É osso duro de roer e Francisco necessita urgentemente, prá ontem, tomar uma lições de vida com ele!
Aliás, sob todos os ângulos, inclusive de patriotismo e catolicismo da Igreja católica apostolar, mas prefere carregar na "cacunda" as predições de S Pio V dedicado aos audazes e temerários!
Salvo engano, Francisco confessou-se cabeça-dura, e ainda mais agora um revolucionário, peronista e com as esquerdas-NOM - e sem posição definida, a não ser a dos caniços encontrados nos brejos!
Vem aí o Sinodooco II, versão 2021-2023; que se prepare para mandar em todos umas pedradas nazoreia e nós na cola, despejando torpedos!