sábado, 25 de janeiro de 2025

Controle do Crime Organizado na Economia

 

O gráfico acima mostra, em uma escala de zero a dez, o nível que o crime organizado contra as atividas econômicas. Brasil está no mesmo nível do Paraguai (8), enquanto o México é 9, e a Venezuela e a Colômbia está em quase 100% (nível 9,5). Fiquei assustado em ver o nível na Itália (9), único país europeu pessimamente colocado.  

O gráfico mostra os principais pontos de crime organizado ao redor do mundo, com base em dados do Índice Global de Crime Organizado. Itália está no quinto lugar geral, entre os piores. O Brasil estaria em 13o lugar na pesquisa e piorou recentemente (enquanto El Salvador melhorou). Portugal é melhor que os Estados Unidos, está na posição 58. (Estados Unidos estão na posição 48). Vejam a abaixo os treze piores:


O site Zero Hedge comentou a pesquisa e destacou o Brasil. Vou traduzir o que diz o texto:

Estes são os piores pontos críticos do crime organizado do mundo

por Tyler Durden

Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025 - 22h30

Grupos do crime organizado aumentaram nas últimas décadas, auxiliados pelo aumento de drogas sintéticas, tecnologias criptografadas e operações multinacionais.

Por exemplo, uma importante máfia brasileira tem 60.000 afiliados espalhados por 26 países, além de seus 40.000 membros. Além disso, os criminosos estão cada vez mais diversificando suas operações, envolvendo-se em atividades como contrabando de pessoas, tráfico de drogas e exploração de cadeias de suprimentos de alimentos.

Metodologia

O Índice Global de Crime Organizado analisa 193 países com base em sua escala de atividade criminosa. Ele inclui três componentes principais:

Influência e estrutura do ator criminoso: por exemplo, grupos de estilo mafioso, redes criminosas, atores incorporados ao estado

Escala e impacto do mercado criminoso: por exemplo, tráfico de armas, comércio de heroína, tráfico de pessoas

A resiliência de cada país ao crime organizado: por exemplo, sistema judicial, transparência governamental

No geral, os países foram pontuados em uma escala de 0 a 10 pela extensão em que os grupos do crime organizado exercem controle sobre suas atividades econômicas diretas.

A América Central e a América do Sul têm a maior concentração de crime organizado globalmente, com a atividade criminosa mais disseminada na Venezuela e na Colômbia.

Em particular, os criminosos são conhecidos por práticas sérias de extorsão, contrabando de pessoas e tráfico ilegal de armas. A crise econômica na Venezuela, que forçou milhões a fugir, contribuiu para o aumento do contrabando e tráfico de pessoas, com vítimas sendo alvos até mesmo além da fronteira colombiana-venezuelana.

No México, os criminosos estão cada vez mais mirando a indústria alimentícia, incluindo abacates, tortilhas, batatas e limas, entre outros.

Mianmar também se destaca como um importante centro de tráfico de pessoas, com cerca de 120.000 vítimas sendo usadas para trabalho forçado em centros de golpes. Esses centros de golpes, que geram bilhões de dólares, operam em grande parte ao longo da fronteira da China e Mianmar, onde as vítimas são atraídas por vantagens significativas.

Enquanto isso, o comércio ilícito de armas é generalizado na Somália. O grupo jihadista, al-Shabab, se infiltrou em estruturas políticas e econômicas, servindo como um ator-chave no tráfico ilegal de armas. Estima-se que o grupo fature US$ 100 milhões somente com suas atividades de extorsão.


Um comentário:

Eduardo Ramos disse...

Sim, meu caro Amigo! Parece que a condição humana, por si só, não será capaz de evitar tanto sofrimento no mundo.