sexta-feira, 25 de junho de 2021

Padre John Hunwicke: "Papa Francisco é Arrogante e Blasfemo"

Francisco novamente se veste de "angry pope" e ataca os tradicionalistas, tentando usar até São Paulo para ficar do lado dele. Ele parece achar que ele é a "boa nova" e não Cristo.

Dessa vez, disse Francisco (traduzo abaixo):

"Hoje não faltam pregadores que, especialmente através dos novos meios de comunicação, podem perturbar as comunidades. Eles se apresentam não primordialmente para anunciar o Evangelho de Deus que ama o homem em Jesus Crucificado e Ressuscitado, mas para insistir, como verdadeiros “guardadores da verdade” - assim se autodenominam - na melhor maneira de ser cristãos. E afirmam veementemente que o verdadeiro cristianismo é aquele a que aderem, muitas vezes identificado com certas formas do passado, e que a solução para as crises de hoje é voltar para não perder a autenticidade da fé. Também hoje, como então, existe a tentação de se fechar em algumas das certezas adquiridas nas tradições do passado. Mas como podemos reconhecer essas pessoas? Por exemplo, um dos traços dessa forma de proceder é a inflexibilidade. Diante da pregação do Evangelho que nos torna livres, que nos alegra, essas pessoas ficam rígidas. Sempre a rigidez: tem que fazer isso, tem que fazer aquilo ... A inflexibilidade é típica dessas pessoas. Seguir o ensinamento do apóstolo Paulo em sua Carta aos Gálatas nos ajudará a compreender que caminho seguir. O caminho indicado pelo Apóstolo é o caminho libertador e sempre novo de Jesus Crucificado e Ressuscitado; é o caminho do anúncio, que se realiza com a humildade e a fraternidade - os novos pregadores não sabem o que é humildade, o que é fraternidade. É o caminho da confiança mansa e obediente - os novos pregadores não conhecem nem mansidão nem obediência. E este caminho manso e obediente leva adiante na certeza de que o Espírito Santo opera na Igreja em todas as épocas. Em última análise, a fé no Espírito Santo presente na Igreja nos leva adiante e nos salvará."

Mas se tem um apóstolo que não é manso é São Paulo. O site The American Catholic mostrou justamente São Paulo em Gálatas, alertando contra a idolatria (alô, Pachamama) e a sodomia (Gálatas 5: 18-21).

Em Gálatas, Paulo está combatendo a ideia de que cristãos deveriam se circuncisar, era um debate cristianismo e judaísmo, tratava da liberdade frente a circuncisão e outras leis práticas do judaísmo (o judaísmo é ortopraxis, enquanto o cristianismo é ortodoxia). 

Paulo de maneira alguma defende liberdade contra a Tradição. Aliás, a Tradição é tão importante quanto a Bíblia para o catolicismo (vejam no catecismo).

Em Gálatas, é justamente quando Paulo diz "se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!" (Gálatas 1:9)

Vendo isso, o padre John Hunwicke reagiu dizendo que novamente Francisco repudia o papado de São Pedro e que ele se mostra arrogante e até blasfemo.

Uma vez que ser Papa é simplesmente "guardar a fé", proteger a fé contra seus inimigos no mundo e não se vestir de mundo.

Vou traduzir abaixo o que disse padre Hunwicke, que acha que Francisco é arrogante e blasfemo (vejam abaixo):

"Francisco diz que vai nos contar tudo sobre a Carta de São Paulo aos Gálatas. Mas você não precisa esperar que ele faça isso. Mesmo neste pontificado, você tem permissão para ler as epístolas de São Paulo por si mesmo. E aqui está a declaração programática que lança esta magnífica Epístola em seu caminho:

"Se alguém está pregando para você um evangelho contrário ao que você recebeu [par 'ho parelabete], que seja amaldiçoado [anathema esto]."

S. Paulo diz em Gálatas exatamente o que o Vaticano I ensinou. Regras "que você recebeu" OK. Se alguém ensina o contrário, Anathema.

A abordagem de Francisco é a mesma agora que foi em sua homilia de 2017 na Vigília Pascal, que analisei em Defending the Faith Against Present Heresies (pp 207ss). Francisco afirma que aqueles que discordam de seus próprios novos dogmas estão em uma situação análoga àquela daqueles que discordaram do Senhor ... ou (neste discurso recente) discordaram de S. Paulo.

Mas isso não é apenas arrogante, é quase inacreditável. Também é uma blasfêmia. Francisco  não é Jesus. Não deve haver Terceira Era com novos ensinamentos. A versão da Lei de Moisés foi "cumprida" pela de Jesus, Francisco não é um Terceiro Legislador enviado para substituir Jesus.

Francisco é tão determinado, tão agressivo, tão persistente e tão ofensivo quando ataca seus críticos que eu suspeito que, no fundo, ele saiba que está errado. Mas, tendo se enterrado em um buraco, ele não vê alternativa a não ser continuar cavando. No entanto, há uma alternativa: é chamado metanóia, arrependimento. A razão pela qual o orgulho é um pecado tão desastroso é que ele torna a metanóia terrivelmente difícil.

Francisco leu partes do Novo Testamento e propôs uma fórmula "Os vilões são aqueles que aderem rigidamente ao Velho e não querem ouvir o Novo". Porque. prima facie, isso se encaixa no ensino de Jesus e na reação daqueles que se opuseram a ele, Francisco está alegremente confiante de que ele pode encaixar o mesmo modelo hermenêutico neste período presente dentro de seu próprio pontificado ... com ele mesmo no centro do palco, coberto de tinta graxa e fazendo um Olivier no confortável papel de Jesus.

A razão pela qual ele não pode fazer isso (e não deve ter permissão para se safar com esse truque espalhafatoso) é que o que ele, Francisco, ataca tão constantemente é o Novo; a Boa Nova que vive nas palavras do Evangelho de Jesus e no testemunho de São Paulo."



7 comentários:

Unknown disse...

Papa Francisco e seu novo homem de palha como disse Eric sammons. A infovaticana postou: “También hoy, como entonces, está la tentación de encerrarse en algunas certezas adquiridas en tradiciones pasadas”. Yo me pregunto que, si son certezas, por tanto, un conocimiento seguro de algo, por pura definición, por qué han de ser desechadas; sería irracional. Irracional como diz Infovaticana certezas do passado que agora não se valem mais.

Anônimo disse...

Sou o anônimo crítico do CVII, e que no post anterior debateu a defesa do Papado, mesmo que quem o ocupa tenta diminuir tal função.

E aqui uma coisa está totalmente ligada à outra.

O Papa Francisco talvez seja o Papa mais coerente que tem ao Concílio Vaticano II. Os Papas anteriores embora progressistas não chegaram ao nível de coerência que o Papa Francisco chega.

Existe um paradoxo muito grande entre os dois últimos Concílios, e isso é uma grande ironia pois o CVII deveria ser uma continuação do CVI (pausado devido à Guerra).

O que vemos na prática é que o CVII foi na verdade uma ruptura.

Num artigo que é fácil achar no Google, o autor ao elogiar o CVII diz:

"...menos de cem anos depois, o Vaticano II abriu a Igreja católica ao mundo moderno e às suas conquistas e relançou a colegialidade episcopal e a unidade intrínseca do povo de Deus, laicos, sacerdotes e bispos." (Marco Rizzi)

Esses frutos do CVII e sua maldita colegialidade faz com que hoje a Alemanha diga que é "caminho sem volta" às suas mudanças satânicas.

Conceitos que desde Jean-Jacques Rousseau e Revolução Francesa trazem à Igreja Católica.

Rousseau ao negar a existência de uma autoridade, colocando o poder ao povo.

A Franco-Maçonaria da Revolução Francesa e sua correlação:

Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
CVII: Liberdade Religiosa, Ecumenismo e Colegialidade.

Totalmente contrário ao que São Paulo nos ensina:
"... aquele que resiste à autoridade rebela-se contra a ordem estabelecida por Deus” (Romanos 13,1-2)

Não por menos Oo Cardeal Suenens dizia que o Vaticano II havia sido o 1789 na Igreja.

Na lamentável Gaudium et spes temos:

“Crentes e incrédulos estão geralmente de acordo neste ponto: tudo sobre a Terra deve ser ordenado ao homem como a seu centro e a seu cume”.

Depois dizem que o problema foi a interpretação.

Adilson disse...

Faz meses, muitos meses, que estou muito triste com o atual papado. Todavia, creio que a tristeza que me abate e me perturba não se origina apenas dos problemas que surgiram, e surgem, com o atual papado. Sim, com o papa Francisco surgiram muitos problemas.

Aliás, este riquíssimo e piedoso blog tem trazido vários dos problemas. Mantendo-se firme, dedicado e trabalhando arduamente, o dr Pedro tem disponibilizado sua mão-de-obra gratuita para nos trazer notícias não apenas do Vaticano, mas também de várias partes do mundo. Especialmente dos EUA, onde o mundo concentrou seus olhares nos últimos 5 anos. Dou graças a Deus por homens como dr Pedro. Eis um homem, que apesar dos comentários fora de contesto, e muitas vezes ofensivos a sua pessoa, ele tem se mostrado paciente e caridoso. Tudo que posso fazer por você, dr Pedro, é orar. E sempre que posso lembro-me de rogar pelo senhor em minhas orações

Sei o que o senhor passou com advento desse mal chinês. Maria Santíssima o ampare e o fortaleça.

Voltando ao primeiro parágrafo.

Como dizia: não é apenas os problemas ligados ao papa Francisco que me entristece profundamente. Na verdade é a situação geral da Igreja Católica Romana, especialmente no Brasil. São tantos problemas, tantas divisões, tantas discórdias, tanta falta de unidade, tanta falta de lideranças. Aliás, tenho vários problemas a resolver dentro da Igreja, e por causa de toda essa confusão, venho, faz muitos anos, tentando resolver, sem sucesso.

Como posso verificar e perceber que me entristeço não apenas com o papa Francisco e sua administração, mas com a situação geral da Igreja, real e verdadeira parte do problema? Simples: olhando para os santos e para os verdadeiramente piedosos.

Leio são Luiz Maria G de Montfort, comparo com o nosso tempo e pronto.
Leio santo Afonso, comparo com o nosso tempo e pronto.
Leio sobre Fátima, comparo com o nosso tempo e pronto.
Leio Thomas de Kemps, comparo com o nosso tempo e pronto.
Leio sobre são padre Pio, comparo o nosso tempo e pronto.
Leio sobre são João da Cruz que apanha do clero de sua Ordem, comparo com o nosso tempo, e pronto;
Leio são Vicente Ferrer.


Enfim: mas rezo para que Deus nos levante mais homens simples e práticos, como padre Neves, e também homens que tenham mais alcance, como o padre Paulo Ricardo, que já critiquei muito, e hoje já não o faço. Desejo que eles se levante e nos conduza.

Como disse certa vez este blog: o atual papado é a consequência máxima de algo que vem desenrolando na Igreja de Roma.

Minha conclusão: como não tenho amplos conhecimentos da História da Igreja, nem autoridade intelectual para apontar o que devo (sim, devo, 1a pessoa: não posso colocar esse fardo sobre os outros) fazer, então, me manterei rezando o santo Rosário pelo atual papado, sem esquecer, é claro, de todos os que se dedicam apontar erros e problemas. Nada tenho contra eles, pelo contrário: só posso silenciar. Mas silenciar sem criticar ou condenar. Eis minha postura que tenho adotado.

Deus o abençoe, dr Pedro. Deus o fortaleça

Pedro Erik Carneiro disse...

Gratissimo, meu ilustre amigo Adilson.

Voce pode acreditar com todas as suas forças, preciso muito de orações.

Tenha certeza que você e sua família contam com minhas orações.

Muito obrigado,
Pedro Erik

Isac disse...

O PAPA FRANCISCISCO ESTARIA AGRESSIVO POR ESTAR CADA VEZ MAIS CONFRONTADO E CONFINADO À SOLIDÃO E - ATÉ PELOS SEUS?
Nosso profeta atual e eficiente, D Viganó, demasiado culto e destemido, coloca os pingos nos is vinculados ao papa Francisco.
Quem ousou confrontá-lo deu-se mal, estaria enciumado, vingando ou por outros fúteis motivos pelo justo e meritório prestígio detido por ele entre esses, incluindo-se conservadores - né, de Mattei?
Quanto supostos erros do papa Francisco, vicinei-me desde a vinda ao Rio e em nada condenar os comunistas anti catequese, perversores da infância-juventude, devassos, abortistas etc., além de saqueadores a nação, repassando nossos parcos recursos para outros (des)governos despóticos comunistas-maçonaria, a que também são vassalos!

Anônimo disse...

Vez em quando venho aqui comentar.
Já critiquei o fato de que a atual situação da Igreja sob os progressistas se deve à covardia dos conservadores do passado: estes simplesmente abandonaram as paróquias deixando-as sob o domínio de progressistas. Não reagiram, não se manifestaram, não se impuseram, não batalharam. Não resistiram. Simplesmente se foram. Se foram ou para associações religiosas, ou se transformaram. Não sei precisar. Seria preciso o pesquisar o que houve. É fato: é como se, de repente, BOOM!, os progressistas já existissem e liderassem como se nada tivesse existido antes deles. Exemplo disso é o caso de Recife: soube que por lá simplesmente não multiplicação de paróquias nas periferias. Fica até a pergunta: será que realmente havia aquela mentalidade católica, semelhante aquela da França e Portugal?

Hoje li algo INTERESSANTE que ilustram bem o que venho tentando dizer em meus comentários.

No Church Militante nos trás uma matéria mostrando conservadores se manifestando contra a diocese, que exige certa postura de uma sociedade religiosa para que contribua com o Novus Ordus local. Quem está certo ou errado, não vem ao caso; porém, o mais interessante na notícia é que se vê um claro exemplo do que deveria ter ocorrido há décadas aqui no Brasil: resistência. Há grupos de católicos EXIGINDO do bispo respeito ao que eles querem. Como se pode ver, quando se resiste e se luta, pode-se se justificar e dizer: sim, nós lutamos.

Segue o link da notícia: https://www.churchmilitant.com/news/article/laity-protest-latin-mass-hating-archbishop

Anônimo disse...

Com certeza Bergolio é o papa mais honesto em relação ao CV2.
No catolicismo há a famosos os idolatria papista, que fez com que conservas aceitassem as heresias de Paulo 6.