domingo, 1 de novembro de 2020

Vídeo: Nós DEVEMOS falar sobre Religião em Público. Minha Tática.


Ótimo vídeo. Merece uma tradução. Espero que alguém faça,  pois o que acontece se não debatermos e não defendermos a nossa fé em público, na escola, nas universidade, no zap, em família, etc?

Não seremos respeitados, para começar. E seremos dominados por outra fé (ateísmo, gayzismo, muçulmanos, "humanistas", péssimos cristãos, etc.). Teremos que aceitar outra fé e ensinar nossos filhos outra fé.

"Privatizar" a religião é aceitarmos a nossa morte. É aceitar e estar do lado dos que mataram Cristo. 

Devemos ser a LUZ do MUNDO!

Caridade e justiça é a combinação exigida para qualquer ação ou simples conversa.  Assim, no debate sobre religião devemos ter como princípio ser caridosos e justos. Isso significa ser doce e irascível ao mesmo tempo, para alguns parecerá sermos doce, para outros, irascível,  intolerante,  intransigente.  E se os santos chegam aos céus por estarem banhados no sangue de Cristo,  não devemos esperar recompensa mundana. 

Dito o princípio, eu tenho a minha linha de procedimento sobre como conversar sobre religião. Vejam se gostam:

1) Procuro ser conhecido como católico e defensor da fé de alguma maneira oportuna. Em especial, não deixo minha fé ser ofendida em público se alguém que conheço ou não a ofende. Isto é, eu posso não começar o debate, mas se alguém fizer ou falar alguma coisa que ofenda minha fé, então ele e quem estiver em volta dele vai conhecer minha opinião.

2) Nao sou babá de ateu. Sendo conhecido pelas pessoas como católico, aí não costumo ter muitos problemas sociais, mas sei que posso ter problemas materiais que eu considero como cruz  que dedico a Cristo (meu chefe pode ser contra minha fé, por exemplo e daí perco algum jeito de ser promovido por ser considerado uma "pessoa difícil"). Mas, socialmente, aquelas que são contra minha fé se afastam (ótimo). Engraçado é que já vi muitos que odeiam minha fé ficarem meio descontrolados quando me veem e procuram justificar a vida que levam, como se eu fosse um padre confessor, eu trato-os bem mas procuro não levar a sério isso, eles que se virem com um padre. Aqueles que são a favor da fé se aproximam (ótimo também). Aqueles que discordam em parte por vezes vêm me perguntar algo, daí eu respondo com caridade e justiça. Depois disso, não fico perseguindo quem me perguntou sobre a minha fé, ele que se vire em aprender e estudar. Não sou babá de ateu ou católico sem conhecimento da fé. Como disse Cristo: eles já têm a Bíblia e seus profetas.

3) Minha fé não depende de padres ou do papa, muito menos de politicos ou acadêmicos  Minha fé não depende de ninguém. O fundamento é Cristo.  Se alguém usa palavras de um padre ou do papa  não me diz muito. O diabo usou a Bíblia contra Cristo.  E hoje em dia com Francisco atacando praticamente todos os dogmas da Igreja é que palavras de clérigos me importam menos. Tenho PhD, natural que eu não me impressione com isso.  Mas digo a todos que já vi ao vivo as maiores estupidezes ditas por celebrados acadêmicos.  E já li muita estupidez dita por premios nobeis. Titulos mundanos são pó frente a Cristo. 

4) Misturo sim política e religião.  Como disse Chesterton,  todo assunto é assunto teológico.  Sentar ou não na cadeira de um ônibus lotado é assunto moral, então é ético, então é filosófico, então é teológico.  Usar bernurda na festa também.  Usar bernuda na missa, então.  

5) Uso lógica e as falácias logicas. Ateu costuma se achar racional,  mais inteligente. Lógica mostra que eles são estúpidos com facilidade.  Se não respeitam a Doutrina da Igreja, a lógica é otima arma de evangelização. Eles idolatram a lógica.  Mas Deus é lógica também (João  14:1). O Deus cristão é não-contraditorio. Gosto muito de mostrar que, em geral,  ateus, agnósticos,  etc, usam falácias lógicas.

6) Tomo cuidado para começar assuntos sobre religião e política em grupos de zap. Geralmente, não preciso lidar com isso, os grupos costumam ser discretos. Mas pode surgir necessidade por conta de alguma ofensa a minha fé ou por tratar de alguma doutrina católica, como o debate homossexual. Peço a Deus que me inspire no momento adequado para começar a conversa ou retrucar. Se eu já falei e todo mundo silenciou ou reagiu contra, dei meu recado. Vou ver se devo continuar ou não naquele grupo de pessoas. Mas meu recado foi dado (essa é a minha principal preocupação, que os ateus saibam que existe defesa da fé).

7) Por vezes, o problema é com ex-catolicos  decepcionados com a Igreja.  Neste caso, quando falo, a pessoa se afasta.  Não há muito o que fazer.  É a pessoa que precisa resolver primeiro.  

8) Por vezes, a pessoa me confunde com uma pessoa "normal", politicamente correta, apoiadora do gayzismo ou mudança climática.  Bom, neste caso, acho que uma pequena frase já mostra para a pessoa que não é nada disso. Falo por exemplo um  "por que?" ou "acho que não". Daí,  a conversa toma outro rumo.

9) Eu não converto ninguém.  É Cristo que faz isso.  Isso ajuda a me pôr limites também. No máximo das possibilidades sou instrumento de Cristo para repassar a luz Dele.

10) Eu acredito no livre arbítrio.  Se a pessoa insiste no erro, na ofensa a minha fé, não é problema meu. Como a minha Igreja,  eu acredito no livre arbítrio. Então,  se alguém decide pela escuridão, não posso fazer nada.  Só sei que o erro vai dar errado. Não fico insistindo no debate,  especialmente se vejo que estou andando em circulos, que não se procura a verdade,  mas só um tipo de falsa vitória em debate. Vitória só após esta vida 

11) Se sinto que errei em algo, peço logo desculpas. 

12) Estudar e estudar teologia. Rezar e rezar.  Em geral, ninguém sabe nada de teologia. São cegos guiando cegos. O que dificulta muito o debate. Rezo para usar as melhores palavras e da melhor maneira. Não necessariamente a melhor maneira é maneira adocicada. Pode ser a hora de ser irascível. 

Devemos falar e debater religião constantemente na família, nas escolas, na universidade, no trabalho, no ZAP...



9 comentários:

Isac disse...

APRECIO EM MEIO A PROTESTANTES ETC., FALAR QUE SOU CATÓLICO E EXPLICAR PORQUE NÃO ME ASSOCIO ÀS SEITAS!
As centenas de protestantes com que me deparei até hoje nada conseguiram e alguns abruptamente mudaram de conversa por não conseguirem me subverter; evangelizo o quanto posso com pessoas em geral, especialmente em vários sites.
Com alguns não dá para conversar por serem muito ignorantes e nenhum conhecimento da Igreja.
Trabalhei numa media empresa protestante na qual só existiam 2 católicos e alguns não me apreciavam por que não conseguiam me contrargumentar!
Seu modo de agir nesse ponto coincide muito com o meu, pois sou firme e resoluto para responder; quanto mais levantam a voz, mais abaixo o tom de voz das minhas respostas, embora firmes, resolutas!

Gustavo Abadie disse...

Muito bom.

Elia Azzi disse...

Sempre me interessei por isso ...sempre crtiquei o estado laico...sempre disse que cristãos precisam assumir seu próprio destino e não aceitar a tutela de ninguém ...a tutela de um estado laico que na pratica nada é mais que um estado ateu que combata sobremaneira o cristianismo.Sempre critiquein a decisão da igreja depois o concilio vaticano II dE SE RETIRAR DA VIDA PÚBLICA e ACEITAR SER TUTELADA PELOS SECULARISTAS..O resultado tá ai: Europa ocidental islamizada e o ocidente indo pro mesmo brejo..Vou começar transcrever o vídeo...se conseguir transcrever 1 minuto por dia , minha meta é levar 3 semanas para concluir o serviço com tradução e legendas... , pois trabalho e meu tempo livre está pouco. Se precisar de ajuda na tradução não vou te poupar.heheheh....

AGORA CHEGA de falar...Maõs a obra..

Pedro Erik Carneiro disse...

Gratissimo Elia. Faça quando puder. Não vou poder lhe ajudar. Estou muito ocupado. Mas é um video importante. Me envie quando puder que publico no blog com creditos para você.

Abraço, fique com Deus.

Anônimo disse...

Olá, Pedro!


Achei interessante o seguinte ponto:

"3) Minha fé não depende de padres ou do papa, muito menos de politicos ou acadêmicos Minha fé não depende de ninguém. O fundamento é Cristo. Se alguém usa palavras de um padre ou do papa não me diz muito."

Acredito que não há sentido Cristo ter erigido a "Pedra" se quando suas palavras atacam minhas convicções eu as ignoro ou as relativizo. É muito mais quando suas falas se contrapõem às minhas convicções políticas e religiosas que devo reconhecer o Papa como a Pedra. De outro modo, não creio no Papado, e, sim nas minhas convicções: o Papado só seria legítimo quando se confundisse com minhas crenças subjetivas; quando se contrapusesse a elas restaria sem legitimidade. Me parece uma relativização da autoridade papal com bases subjetivíssimas.

Se o Papa não serve de guia, a razão sempre esteve com os protestantes, reconheçamos. Os argumentos de Lutero para separação da Igreja eram que suas doutrinas não eram mais cristãs, que Roma era corrupta e havia se desviado do reto caminho e que o Papa era o anticristo. Acaba-se tomando o Papado como uma mera instituição humana, regida pela política mundana, sem nenhuma relação com a Providência Divina. E, se assim o é, não há qualquer sentido em ter um Papa.


Isto dito, concordo totalmente com a defesa pública do Catolicismo. Não só é moralmente necessário como a manifestação pública da fé é protegida pela Declaração dos Direitos Humanos:

"Artigo 18
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular."

https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos#:~:text=Declara%C3%A7%C3%A3o%20Universal%20dos%20Direitos%20Humanos%201%20Todos%20os,castigo%20cruel%2C%20desumano%20ou%20degradante.%20More%20items...%20

Inclusive já invoquei esse artigo para defender o papel da religião no debate político e a legitimidade de alguém considerar suas crenças religiosas no voto. Defender que uma pessoa desconsidere a religião ao votar é uma violência que ataca a dignidade da pessoa humana por exigir uma separação radical entre seu "ser religioso" e seu "ser cidadão", aspectos que são indissociáveis naquele que crê de verdade.

O que acontece é que o debate deve ser feito com educação e com bons argumentos. Há ateus inteligentíssimos e com vasto conhecimento... não dá para um católico que nem sequer leu Marx querer ensinar marxismo pra pessoas que passaram anos estudando seus escritos. É necessário humildade, leitura honesta dos contrapontos, leitura honesta dos escritos e a propositura de argumentos que sejam legítimos e bem embasados. E muita oração mesmo :D


Grande abraço,

Jonas

Pedro Erik Carneiro disse...

Jonas, ser Papa e ser guia dos cristãos são coisas diferentes. Sao Pedro ou Sao Paulo são mais guias para a Igreja? Devemos quase a totalidade de nossa doutrina a Paulo. E Paulo soube reagir a uma ação errada de Pedro.

A Igreja precisa de um lider, igreja precisa de hierarquia. Cristo sabe disso. Mas sabe também que papa precisa ser respeitado se respeita Cristo. Se não, São Paulo nos ensinou o que fazer.

O papa ou qualquer padre são as pessoas mais poderosas do mundo. Só eles podem nos alimentar com Cristo na Eucaristia.

Ser Papa é uma gigantesca responsabilidade para ele. Mas ele não necessariamente é um guia. Na maior parte das vezes na história da Igreja os guias foram os santos.

Durante a Segunda Guerra, Pio XII foi guia? Infelizmente não. E ele foi um excelente papa em outros aspectos.

Então se alguém usa alguma fala papal para me contrapor não me amedronta. Não me diz muito.

Veja eu disse: "não diz muito". Diz algo sobre o papa e sobre a Igreja.
O Papa deve e pode me ensinar a ser católico. Mas alguns não fizeram isso.

Dito isso. Rezo pelos papas pois eles têm poder imenso, mais do que os outros clérigos, para construir ou destruir a Igreja.

Sobre a liberdade religiosa pregada pela ONU, ela tem muitos problemas. Mas este não é assunto do post.

Abraço,
Pedro Erik

Anônimo disse...

Boa noite, Pedro!



Sim, entendo. Mas veja, toda a lei necessita de um intérprete e, para evitar o surgimento de interpretações em vários sentidos, a criação de facções e para manter a unidade da Igreja, Cristo erigiu a "Pedra" e lhe deu as Chaves para ligar e desligar. No momento em que a interpretação legítima se desloca do Papado para pertencer a um filósofo, a um político, a um ideólogo, a um dissidente ou a mim mesmo o Papado perde o sentido.

Concordo que Paulo é guia: porém, sua doutrina estava subordinada a autoridade de Pedro, o primeiro Papa. Em eventual polêmica sobre a interpretação de determinado ponto, a posição de Pedro é a que predomina. Caso não fosse assim, o Papa se torna algo desnecessário, pois qualquer um pode desafiar a interpretação da Igreja dizendo que a sua é a verdade católica. Tu podes dizer que Francisco está errado, outro pode dizer que Bento XVI estava errado, outro pode dizer que ambos estavam, e, enfim, se estabelece a confusão que a eleição da "Pedra" teria como função evitar.

Por exemplo: diremos que o Papa não é guia... mas e, então, quem seria o guia? Quem teria o poder para dizer que tal Papa é guia, ou que tal não é, ou que esta fala está de acordo com o catolicismo e esta outra não? Podemos dizer que o guia é Cristo... mas qual Cristo? O de Lutero, o de Calvino, o "Jesus histórico", o dos tradicionalistas (destes tradicionalistas ou daqueles?), dos progressistas, dos direitistas, dos esquerdistas, o "meu Cristo" ou o "teu Cristo"?

Reconhecendo o Papa como a Pedra colocada por Cristo tendo em vista a unidade, é necessário concluir que o Papado não é uma instituição humana, que não está a mercê de políticas mundanas e que é regido por Deus. Se essa autoridade do Papa é relativizada, o Papado perde a finalidade pela qual Cristo o instituiu e se dá razão aos protestantes. O argumento de Paulo, aliás, é levantado sempre quando converso com meus amigos evangélicos, que o utilizam exatamente para rejeitar o Papado.


Sobre o artigo da ONU, o citei para esclarecer que a Declaração dos Direitos Humanos defende a livre manifestação pública da religião, apenas. Portanto a repressão da religião nos espaços públicos atinge um direito largamente reconhecido no plano internacional e que a maioria dos acadêmicos brasileiros costuma reconhecer. Portanto é possível defendê-lo tranquilamente a partir de um pressuposto comum.


Grande abraço,

Jonas

Leonardo Santana de Oliveira disse...

Por isso que desde 2013 aponto Bergoglio como falso apóstolo,lobo em pele de cordeiro!

Stan disse...

Excelente síntese de como nos portar em público.

Vou salvar suas dicas.

Sucesso!!!

Forte e fraterno abraço,

Stan