segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Se na Moeda Tivesse Imagem de Deus ( Cristo) ou Nossa Senhora?

Li hoje interessante artigo de Sean Macdowell, sobre aquela passagem em Mateus 22:16-22

"16.Enviaram seus discípulos com os herodianos, que lhe disseram: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda a verdade, sem te preocupares com ninguém, porque não olhas para a aparência dos homens. 17.Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido ou não pagar o imposto a César?”. 18.Jesus, percebendo a sua malícia, respondeu: “Por que me tentais, hipócritas? 19.Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto!”. Apresentaram-lhe um denário. 20.Perguntou Jesus: “De quem é esta imagem e esta inscrição?”. 21.“De César” – responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. 22.Esta resposta encheu-os de admiração e, deixando-o, retiraram-se."

Baseado em um livro chamado Politics for Christians, de Francis Beckwith (que parece muito bom), Macdowell pergunta caso a moeda tivesse a imagem de Deus. 

Humm...que interessante.  

Essa passagem da Bíblia é sempre lembrada para dizer que o cristianismo separa a religião da política, que não se deve inserir teologia no debate politico, para defender a posição ateia de Max Weber, para manter estado laico, e por aí vai.

Mas Cristo, antes de declarar  "Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, Ele pediu para ver a moeda primeiro!

Fiquei pensando nisso também, porque além da política, muita gente quer afastar a economia ou finanças de aspectos religiosos, teológicos ou filosóficos. 

Escrevi um livro sobre ética para economia, tenho bastante experiência com "agentes de mercado. Em geral, qualquer debate ético sobre comportamento econômico/financeiro faz estes agentes silenciarem, saírem da mesa, e acharem que a pessoa que fala é um idiota inocente, que vai ficar pobre.

Chesterton disse que qualquer debate é um debate teológico. Ele tinha razão.

Onde vamos passar o asfalto? inclui um debate teológico.

Ao dizer isso, não estou dizendo que devemos ter líderes políticos religiosos, nem um estado teocrático, mas que devemos colocar Deus, em tudo, até no uso do dinheiro, público ou privado.


7 comentários:

Marcelo Matteussi disse...

Acho que este é o ponto principal: a separação Igreja/Estado estaria centrado na ideia de que o Vaticano não irá nomear um cardeal para ser presidente do Brasil, ou seja, o estado não deve acolher como critério de investidura em cargo público uma nomeação da Igreja Católica ou de outra denominação religiosa qualquer. Ou então que as encíclicas papais valham como lei formal dentro do país. Porém, isso não significa, de forma alguma, que o estado possa ou deva excluir aprioristicamente que qualquer religioso se submeta aos mesmos critérios de seleção oponíveis aos demais para ocupar funções públicas (concurso, nomeação ou eleição), ou que os eleitores não possam eleger ministros de confissão religiosa para cargos eletivos, se o povo partilha da mesma visão de mundo. O raciocínio contrário foi obviamente elucubrado pelo ateísmo militante para guerrear ao cristianismo em países de maioria cristã.

No mais, ele gera situações absurdas, como por exemplo, ser plenamente lícito promover uma ideologia assassina e genocida como o comunismo, mas não poder suscitar-se os valores do Evangelho de Cristo no espaço público. É preciso, ademais, lembrar que a Constituição de 88, com todos os seus infindáveis problemas e mesmo contaminações ideológicas, acolheu a laicidade (neutralidade) e não o laicismo (hostilidade à fé).

Anônimo disse...

O $ENHOR DEU$ PELA ÓTICA ANTI CRISTÃ ATUAL, SOBREPÕE-SE AO SENHOR DEUS VERDADEIRO!
O deu$ homem também se associou ao primeiro, preferencialmente, porque ambos sintonizam-se harmonicamente!
Além do mais, inexiste Estado laico, porém, ateu militante, ideologista e chantagista, querendo se passar por algo que não é e nem será, apenas visando ludibriar os incautos!
Os social-comunistas sempre se apresentam como pertencentes a um Estado laico!
Quanta patifaria e cafagestagem dos vermelhos, assim como todos os lulopeStistas e iguais golpistas partidecos martelo e foice associados!

Horácio Ramalho disse...

Saudações. Caro Professor, às vezes fico imaginando como deveria ser a classe dos que governam o nosso país, se estes colocassem Deus como alicerce de tudo. Como seria a nossa organização política,administrativa, econômica, militar e diplomática. Imaginar governantes que tratam o dinheiro dos cidadãos como de fato o é, algo que pertence ao povo e portanto, deve ser empregado para o seu bem estar. Imagino o nosso príncipe e aqueles que governariam estados e municípios, ministros e secretários pensando sobre suas decisões: como elas farão as pessoas serem melhores e assim, ficará melhor a vida no país? Penso nos magistrados, da corte constitucional até a primeira instância, pedindo a Sabedoria Divina para julgarem com justiça os casos e não se colocando em pedestais, como se fossem parte de um panteão. Imagino também o povo, não sendo obrigado pelas autoridades ao pagamento de impostos, mas se obrigando a compartilhar uma parte de seus proventos com aqueles que estão na pobreza, como os cristãos no início da missão da Igreja, que vendiam o que tinham e colocavam aos pés dos apóstolos. Penso como seria a relação entre povo é governantes se ambos fossem guiados pelos maiores mandamentos: amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Políticos não enveredariam para a corrupção nem os cidadãos para o crime, seja ele qual fosse. O Estado não seria esse câncer que impede nosso potencial reprimido, punindo e dificultando a vida dos verdadeiros empreendedores. Na verdade, seria um veículo para exercer a caridade em escala nacional, pois com Deus no coração, ninguém faria o que se faz hoje para se alcançar poder, riqueza ou prazer. A impunidade, a pobreza, a falta de infraestrutura e de liberdade econômica acabariam. Até nossa previdência seria diferente, pois seria um modelo que representaria o amor, a lealdade e o dever dos cidadãos para com as famílias, onde ninguém ficaria privado do pão de cada dia ou teria que escolher entre remédios ou comida. Realmente, não seria o paraíso, porque isto é impossível nesta realidade. Mas teríamos um país melhor e mesmo os eventuais problemas gerados pelo pecado nos corações de alguns, seriam melhor abordados e solucionados. Um príncipe e governantes que agiriam como prudentes pais de família e administradores fiéis, como nas parábolas contadas por Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo imitado por povo é governantes, seria nosso modelo e inspiração de vivência em sociedade. Rezemos muito para que o Rei do Universo, o Rei dos Reis, Cristo Jesus, pela intercessão da Virgem Mãe e Augusta Rainha dos Anjos para que um dia tenhamos o país que sonhamos.

Pedro Erik Carneiro disse...

Muito bom, Horácio. Realmente Estado e justiça não seriam esse câncer com o temor a Deus por todos.

Grande abraço
Pedro Erik

Pedro Erik Carneiro disse...

Verdade,Marcelo. O ateismo militante não se conforma com estado laico, querem a destruição do cristianismo. O ódio a Cristo é que domina.

Abraço

Anônimo disse...

Com todo respeito, Horácio Ramalho, "para que um dia tenhamos o país que sonhamos", é questão de ficar apenas em sonhos, pois nós, dualistas - mal-bem - estamos contaminados pelo pecado original!
Assim, faz-nos imperfeitos por natureza nesse mundo, sujeitos às mais diversas fraquezas.
A realidade desse sonho se concretizará apenas àquele que for salvo, ipso facto, isentado de toda e qualquer fragilidade e insensatez!

Isac disse...

UMA, DENTRE MAIS FISSURAS DE DESENCONTROS ENTRE CATÓLICOS E PROTESTANTES NO SÉC XVI FOI A REVELÂNCIA DAQUELES À USURA!
Há muitos outros motivos, como adesão de Lutero ao Iluminismo, facilitando a cisão, mas esse foi um dos pontos mais relevantes, pois até os países protestantes são mais ricos que os católicos.
Mesmo dentro do país, caso Alemanha, foi anunciada essa diferença pelo próprio papa Bento XVI - as regiões católicas são mais pobres - ou seja, a visão e avidez desses para os lucros são bem mais reticentes, preferindo dar a César o que é desse e ao Senhor o que Lhe pertence!