terça-feira, 31 de agosto de 2021

Meu Catolicismo de Infantaria e o Catolicismo Feliz de Peter Kreeft


Eu gosto de Peter Kreeft, considero ele um grande apologista. Mas tenho muita dificuldade com o que chamo de "catolicismo feliz" dele, diante dos enormes problemas que enfrentamos hoje em dia. Muita gente que conheço faz como ele, esconde os problemas da Igreja em meio de sorrisos e frases inteligentes e usando palavras de santos (na melhor das hipóteses). Para mim, essa abordagem feliz é preguiçosa e ainda estimula o erro.

Eu vejo a Igreja sendo destruída a partir do próprio Papa, e considero que Francisco é declaradamente herético com documento assinado passado em cartório (ele assinou documentos heréticos, não apenas falou (muitas) heresias). Escrevi um livro inteiro para mostrar isso. 

Fiquei interessado quando vi um vídeo no qual o entrevistador iria fazer a grande pergunta sobre o "enorme elefante na sala" para Kreeft. O que você acha do Papa Francisco?

Kreeft respondeu assim (vou traduzir), a partir do minuto 0:45.

"Bem, papas são pessoas, como coisas boas e más, Francisco tem instintos franciscanos, um homem santo, ama os pobres, ele quer ser um bom católico, mas infelizmente ele é um jesuíta, e isso traz muitos obstáculos, ele tem feito algumas decisões ridículas, especialmente  com os comunistas chineses, e com algumas pessoas que ele escolheu, mas não acho que ele seja herético, ou que seja uma pessoa má. Ele tem coisas boas e ruins. E nós superaremos isso, nós teremos outro papa católico".

Percebam como ele fala: em meio a sorrisos.

Percebam como ele foge de questões que realmente importam (questões dogmáticas e do magistério), para apontar apenas erros como se Francisco fosse um político (erros em lidar com a China e em apontar pessoas).

Percebam como ele deixa claro que ele não aprova Francisco, dizendo no final que "superaremos isso".

Depois (a partir do minuto 1:50), Peter Kreeft vai criticar a postura dos católicos, que estão se parecendo com os não católicos e ficando divididos entre esquerda e direita.

É verdade, que o mundo está muito político, e sendo dividido, mas também não gosto dessa abordagem, pois quem fala se coloca acima da esquerda e direita que ele imagina. Acho melhor quando a pessoa se define e diz de que lado a pessoa está.

Além de ficar muito político, o mundo está ficando muito efeminado. Melhor termos mais gente tendo opiniões do tipo "se sim, sim, se não, não".

E Kreeft parece defender um tipo de ying yang, de como é bom viver com opostos. Isso simplesmente não é catolicismo. Catolicismo é busca da perfeição da Verdade (Cristo). 

Kreeft conclui deixando tudo a cargo do Espírito Santo. Isso também não é catolicismo. Deus quer  ver nossa busca pela Verdade, em palavras e ações.

Nós podemos e devemos sempre praticar um catolicismo feliz, mas ver a felicidade em justamente defender Cristo e sua Igreja. E não esconder problemas em meio a sorrisos.








Um comentário:

Isac disse...

Dizem que não aprecia ser chamado de papa, mas bispo de Roma, ficando isso a critério pessoal.
Há um critério que rola por aí querendo dizer se v é da esquerda ou da direita, embora considere católico ou não, o mais adequado, optando entre candidatos medíocres o menos ruim, o que menos mal pode fazer!
De imediato, excluem o quanto possível os social-comunistas - 2 lâminas da mesma tesoura - no mesmo ideal de comunizar, embora por itinerários diferentes!